31.5.06

 

Olhos (RPS)



Todas as mulheres têm olhos bonitos. Os olhos são todos bonitos.
Os olhares é que já o são em bem menor número.

30.5.06

 

Cerejas (RPS)



Consumo pouca fruta. A família e os próximos censuram-me por isso e pressionam em sentido contrário. É a vida.
Mas há uma excepção: cerejas. Inspirado por dois recentes posts do meu amigo Funes, trago aqui a minha fruta preferida. E desafio qualquer um(a) para um concurso de cuspir caroços. Não será muito bonito, de acordo, mas é divertido.

29.5.06

 

Eu sou um anormal (RPS)

Desde o fecho definitvo da Voxx que, de rádio, só ouço Informação.
Esta tarde, porque fui forçado a andar bastante de carro e também a umas esperas dentro dele, fiz um esforço e ouvi várias rádios, durante algum tempo. Não dá mesmo. Não dá para levar com a ditadura das play-lists mainstream, com a agravante de me parecerem praticamente iguais de estação para estação.
Como se não bastasse o igualitarismo musical nivelado por baixo, também os animadores são hoje todos iguais. Falam todos do mesmo modo. Mais: gostam todos das mesmas coisas. Por exemplo: este calor. Fantástico! - gritam. Anda o comum mortal a labutar, de um lado para o outro, com 35 graus e para a malta da rádio isso é óptimo. Ah! E gostam todos de praia. Estão no fresco do ar condicionado das cabines e lamentam não poderem estar na praia. Foda-se! Não há um cabrão de um animador(a) que deteste calor excessivo, praia e areia? Não. Definitivamente: eu sou mesmo um anormal.

28.5.06

 

Do acriticismo e da acefalia enquanto atitudes patrióticas (RPS)

Cito de cor, mas estou certo de que mantenho fidelidade total à ideia expressa há uns dias por Ferreira Fernandes, nas páginas do Correio da Manhã:

Já chega de anúncios com futebol, de bandeiras de futebol, de suplementos sobre futebol. O país que se interesse por aquilo que é de facto importante: o futebol.

Pois é, até eu - que gosto de futebol e de falar sobre futebol com os meus amigos ou outros que gostam da bola - ando enjoado.
Face à publicidade, somos todos impotentes. Não há como dar a volta. Mas o mesmo não se passa com outro tipo de iniciativas, como a recente bandeira das mulheres. É de palhaçadas deste tipo que cada cidadão devia demarcar-se de forma clara.
Estava eu em Londres e recebi mensagens sms (a pagar roming...) de um amigo meu - homem bom, lúcido, inteligente, superior - encantado com as imagens do Jamor. Manifestou-se, até, emocionado, com o hino cantado por Dulce Pontes. Ainda bem que ele estava no Porto. Temi que, caso se encontrasse em Lisboa, rapasse bigode, pelos das pernas e à volta do umbigo e fosse para Oeiras, a fim de participar em tão belo evento.
Na verdade, isto da selecção, esta montagem emocional de cariz patrioteiro-balofo afecta mesmo alguns dos melhores que o país tem.

De volta a Ferreira Fernandes: percebo a ideia deste articulista que admiro, Não concordo sempre com ele, mas escreve bem e com muito sentido de humor. Neste caso, a tese dele faz sentido, mas em tempos de normalidade. O que não é o caso. Ferreira Fernandes propõe-nos que falemos do importante, o futebol. Santa ingenuidade...
Não sabe Ferreira Fernandes que, por estes tempos, não podemos discutir futebol? Não sabe ele que - assim reza o discurso oficial e oficioso - temos que estar todos unidos, em prol de um mesmo objectivo? Os dados estão lançados: as escolhas do sr. Scolari estão feitas, não devemos discordar de nada nem por nada em questão. A selecção do sr. Scolari tem de ser, a partir de agora, a de cada um de nós para ser a de todos nós. Vamos dar as mãos e emocionados torcer pelos srs. Scolari e Madaíl.
A verdadeira atitude patriótica, nesta hora, é a do acriticismo. A da acefalia colectiva.

Não contem comigo.

24.5.06

 

Louise Brooks (RPS)



Ouvi falar dela pela primeira vez há uns bons anos, ao meu velho amigo Zé: Louise Brooks. Ele fez um comentário algo entre o libidinoso e o respeitoso - pode parecer contraditório, mas não é.
Há duas ou três semanas ocorreu-me este facto, enquanto jantávamos, na Lage do Senhor do Padrão, com outros amigos.
No dia seguinte, ele enviou-me um sms, dizendo que a conversa lhe tinha reavivado a admiração por Louise Brooks. Chamou-me a atenção para umas páginas na web. Também andei por lá.
A biografia de Brooks é muito interessante. Gosta-se dela, mesmo sem ver fotos. Fotos que, contudo, vêm comprovar o bom gosto do meu velho amigo Zé.




Em 1955, na exposição 60 Anos de Cinema realizada no Museu de Arte Moderna, em Paris, foi colocado na entrada do prédio, em grande destaque, um imenso poster de Louise. Perguntado porque havia escolhido Louise para aquela posição de honra, no lugar de Greta Garbo ou Marlene Dietrich, atrizes bem mais populares, o director da Cinemateque Française, Henri Langlois, fez a declaração que se tornaria eterna: "Não existe Garbo. Não existe Dietrich. Existe apenas Louise Brooks".





Louise nasceu em Kansas, Estados Unidos, em 14 de Novembro de 1906.
Teve uma carreira breve em Hollywood, tendo participado de 24 filmes entre os anos 1925 e 1938.
Foi (...) uma atriz à frente de seu tempo (...) era dotada de uma personalidade fortíssima, e uma vontade determinada (...) o seu temperamento era por demais explosivo, e Louise, ao não aceitar as normas vigentes na ainda jovem Hollywood, incomodou muito aos donos de estúdios, o que de certa forma explica (...) ter sido colocada de lado.



23.5.06

 

Rir para não chorar (RPS)

Manuel Maria Carrilho é um tipo inteligente e politica e intelectualmente interessante. Mas tem um problema: ele próprio. O problema de Manuel Maria Carrilho chama-se Manuel Maria Carrilho. Aquilo que conheço de Carrilho, que é apenas o que resulta das suas intervenções públcias, não me deixa dúvidas sobre o seu incomensurável ego, o seu ressabiamento permanente e o seu carácter rasteiro e mesquinho.
Não li o livro dele. Porque o caso dele não me interessa. Não tenho dúvidas, contudo, de que existem jornalistas "vendidos" e acho bem que se faça um debate sério sobre o comportamento dos media. É irónico que seja Carrilho a abrir o debate, mas poderemos encarar isso como o único contributo positivo dele para com a sociedade portuguesa.
Mas, de todo este episódio, o que me parece mais relevante é que o patibular Emídio Rangel virou arauto da moral e paladino do bom jornalismo. É de morte! Acho que no debate de ontem, na RTP, ninguém o confrontou com o jornalismo feito, por exemplo, pelo programa Os Donos da Bola. Este Rangel é de rir. Para não chorar.

 

Vamos a eles! (RPS)

Como treinador de bancada que sou (i'm the special one!), não concordo com todas as escolhas e com tudo quanto Agostinho Oliveira faz. Mas estou totalmente com a selecção de Esperanças. Ou sub-21, ou lá o que é.
Não, não é pela medonha bandeira nem pelo hino pateta, pelos quais não me sinto psicológica nem emocionalmente representado. Nem tão pouco é por esse conjunto de oito letras que formam a palavra P-O-R-T-U-G-A-L, termo com que me identifico.
Estou com a selecção porque vejo que Agostinho é um tipo sério e de boa fé. As falhas, os erros, as más más opções que revela ou possa vir a revelar não obedecem a critérios de guerrilha, de afrontação, de afirmação do ego ou mesmo a critérios obscuros que ninguém entende. Não sei qual é o onze para mais logo, mas, se for diferente do meu, respeitarei as opções do treinador. Ele merece. Os jogadores também.
Vamos a eles!

 

O distraído (RPS)

Leio, na imprensa, um desabafo de Ludovic Giuly, o avançado francês do Barcelona, não convocado para o Mundial:
- A minha situação é única. Sou Campeão da Europa e não estarei na Alemanha.
Caro Giuly: andas distraído há quatro anos...

22.5.06

 

Confirma-se... (RPS)

Confirmado. Tal como há 15 anos, Londres mantem-se a little old fashioned, and a little modern... A little traditional, and a little bit punk rock.
Tal como há 15 anos, tradicional e cosmopolita. Conservadora e aberta a tudo - como em tudo na vida, são coisas conciliáveis, assim haja bom senso. E o bom senso britânico ajuda muito.
Tal como há quinze anos, deparei-me com um povo admirável.
Tal como há quinze anos, deparei-me com uma organização admirável.
Fica a certeza de que qualquer pessoa viveria lá facilmente, mesmo alguém como eu que nunca ambicionou "ir lá para fora" (entre os universitários, então, é muito comum esse desejo. Não sabem para onde nem fazer o quê, apenas querem ir. Nunca entendi).

Foi bom rever coisas que estão exactamente na mesma quinze anos depois. É bom sabermos que estão exactamente na mesma há décadas ou há séculos.
Pude rever Covent Garden, Leicester Square, o Soho... Belgrave e o Hyde Park... Strand e Aldwich, onde a Bush House, sede da BBC, continua suavemente esmagadora. Pena não poder ter voltado a entrar e rever, por exemplo, o estúdio onde ninguém mexe há mais de 60 anos porque foi aí que (o ridículo) De Gaulle fez o seu mais famoso discurso, apelando, via rádio, à resistência dos franceses. Revi Oxford Street, Regent Street e os néons de Picadilly. Sim, parecem diferentes de todos os outros néons do mundo. Parecem, não: são mesmo diferentes. O ar de Londres também é diferente. É único.

E em Londres, tudo pode acontecer. Aliás, basta cruzar, a pé, a Ponte de Westminster, junto ao Big Ben, para tudo poder acontecer. Como, por exemplo, encontrar uma amiga que vive e trabalha no Porto e que não via há um ano, apesar de, ao telemóvel ou por sms, estarmos sempre a dizer "temos que nos encontrar"... Encontrámo-nos, finalmente! Na Ponte de Westminster...
E, no dia seguinte, ao cruzar, de novo, a ponte, pode acontecer algo de improvável outra vez. Como, por exemplo, virarmos figurantes de um filme. Um tipo, de pijama, roupão e chinelos, atravessa com ar perdido a ponte e, subitamente chiam os travões de um carro da Polícia. De lá, saem dois agentes que o agarram, enfiando-o no automóvel. As pessoas olham, mas não páram - se a Polícia britânica apanhou o homem, sabe porque o fez.
Não perguntem como se chama o filme, se era um filme "normal" ou publicitário ou de outro género. Só sei que nós entramos no filme. Não perguntem quem é o realizador ou quem era o actor. Não foi identificado e, para desilusão das meninas, não era o Hugh Grant. Que elas também não encontraram em Portobello - nem sequer à porta da Travel Book...



Pois... Há quinze anos, tinha falhado Portobello. Descobri agora que não se pode falhar Portobello nem Notting Hill.

De tudo quanto se diz de Londres, só há uma mentira: a city that offers everything. Não oferece nada a ninguém - vende tudo e vende muito caro. É preciso muito disto:



De diferente, em Londres, só encontrei a ausência de caixotes do lixo em tudo quanto seja espaço fechado, como as estações de Metro. Foram retiradas depois do 7 de Julho. Mas não há lixo no chão. Melhor... agora há: uma garrafa pequena de água do Luso, deixada na estação de Embankment.

18.5.06

 

Weekend (RPS)



A little old fashioned, and a little modern.
A little traditional, and a little bit punk rock.
A city that offers everything.

Li isto algures. Parece-me uma boa definição, tendo em conta minha experiência de há quinze anos. A partir de amanhã, vou conferir se a definição mantem actualidade.

 

Barça! (RPS)


Se eu tenho um segundo clube, é seguramente o Barcelona. Por isso, fiquei contente com o desfecho da Liga dos Campeões.
Parabéns, Barça! Igualaste o Futebol Clube do Porto em número de títulos europeus!

 

Dentuça (SM)


Ronaldinho parece estar feliz em permanência. E com o caneco então a alegria permanece permanente. O dentuça até chegou a pensar que já era impossível lá chegar...tinham ficado todos para trás, um a um. E o Arsenal com menos um parecia aguentar-se com o um a zero até ao fim.Mas o Barça colorido como é, a parecer uma União de Nações, marcou, bisou e arrumou com os ingleses. Dá cá um sorriso, pá!

 

Diga lá de que se queixa...? (SM)

Hoje há consultório jurídico gratuito para todos numa iniciativa da Ordem dos Advogados. Das 9 às 2030 é possível ouvir os advogados do burgo perguntarem e nós a respondermos.

-então meu caro amigo de que se queixa, quem é o mauzão que lhe anda a fazer a vida negra?

-ah sôtor é o vizinho que não me larga por causa de uma placa de fórmica que pus no lado de fora da minha marquise da frente, é estética, estética, mas graaaaande, que é isto e que é aquilo; pôs-me um processo.

Em nome da justiça para todos, mas só por um dia, que nos outros vamos andar todos juridicamente muito melhores. É a caridadezinha, tão linda.

17.5.06

 

Será o Scolari? (RPS)


 

Reflexão política (RPS)

No congresso do PSD que vem aí, vencerá quem tiver mais votos.
No congresso da FRETILIN que também vem aí, vencerá quem tiver mais catanas.

 

Lupin, o terceiro (SM)



Alguém me disse que há filme novo do Lupin em DVD; o burlão, ladrão, engatatão criado pela monkey punch está assim de regresso. Vai ser bom ver de novo velhos amigos.

Será melhor ainda confirmar que a música continua boa, a espada de aço de Goemon continua inqebrável, que a magnum de jigen atira certeira e saber se LUPIN continua apaixonado pela fujiko mine.

E o velho Zenigata, traz as algemas?


16.5.06

 

Globalmente a pensar e a agir (SM)

Cavaco Silva diz que o país precisa pensar global e agir global.Vá, vamos lá todos fazer um esforçozinho e pensar globalmente em agir um pensamento global.Ou agir pensadamente numa acção de pensamento globalmente global. Ou uma globalidade de pensamento em que se aje globalmente pensando.Enfim faça-se pensando e agindo com global honestidade.Tá bem?

 

Esta não é a minha selecção (SM)

Esta é a pandilha que durante três dias caotizou São Paulo. Esta é a selecção que Lula da Silva não consegue controlar; são "canarinhos" de amarelo pálido que farão o presidente re-candidato tremer nas próximas eleições. E o país já deve estar a berrar por "Collor,Collor".

15.5.06

 

Esta não é a minha selecção (RPS)




 

Vai no Batalha (RPS)

O Batalha faz parte das minhas memórias. Não é, contudo, no meu Porto, um local que olhe ou sinta com particular afecto. Por nada de especial, apenas porque sim.
Mas este facto não impede que tenha ficado satisfeito com a notícia da reactivação do Batalha, ainda que num novo registo. É penoso ver espaços com história ao abandono.
Este fim de semana fui, pela primeira vez, ao Batalha, a pretexto de ver e ouvir a Sandra Rolão. E gostei. Gostei francamente.
Voltarei ao Batalha.

(foto roubada ao melhor de todos)

14.5.06

 

Top 5 dos melhores futebolistas de sempre (RPS)

1.


2.


3.


4.


5.

13.5.06

 

De regresso! (RPS)

Felizmente, Aristóteles reconsiderou e está de volta!

12.5.06

 

Estão bem um para o outro (RPS)



Não me vou deter no livro de Carrilho. Noto, apenas, terem ambos dito que há jornalistas que se vendem a agências de comunicação. Não conheço nenhum caso, mas não duvido que haja. Emídio Rangel jura mesmo que jornalistas há que se vendem e se prostituem na praça pública.
Mas é outra a frase de Rangel que retenho: o mau jornalismo tem vindo a impor-se e a ganhar muitas batalhas ao bom jornalismo.
Estaria ele a pensar nesse belo programa que patrocionou em tempos, os Porcos da Bola?
De facto, juntou-se uma bela parelha no lançamento do célebre livro. Estão bem um para o outro.

10.5.06

 

Série "O que é feito dele?..." V e último (RPS)



A ilustração deste post está incompleta. À direita do tabuleiro falta a imagem que retenho desde os meus oito ou nove anos: uma imagem a preto e branco de um homem alto, esguio, de barbicha, de óculos (com as lentes levemente fumadas ou ligeiramente grossas, não sei bem...) vestido com um casaco de fazenda aos quadrados, camisa às riscas e gravata às pintas. O quadro ficava completo com o ponteiro que tinha na mão e servia para indicar movimentos de peças no tabuleiro de xadrez. Chamava-se João Cordovil.

Estávamos na década de 70, antes, ainda, de 74, e Cordovil explicava diariamente os lances feitos nesse dia por Bobby Fischer e Boris Spassky, num confronto em que se decidia o Campeão do Mundo. Não que as pessoas, nessa época, se mostrassem particularmente mais amantes do xadrez do que hoje, mas esse combate entre Fischer e Spassky era muito mais que um jogo de xadrez para decidir um Campeão do Mundo: era um confronto da Guerra Fria, entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Não me recordo do teor dos comentários de Cordovil nem sequer o termo comunismo fazia já parte do meu léxico, mas lembro-me de ser por Fischer e de achar Spassky sinistro, odioso.

Foi por essa época que pedi lá em casa um livro de xadrez. Foi-me oferecido num aniversário por um tio: ABC do Xadrez, não me recordo do nome do autor. Nesse livro - que está algures num caixote, lá na cave - aprendi o pouco que sei de xadrez. Como com muitas outras coisas noutras ocasiões, o entusiasmo passou-me relativamente depressa. Mas nunca esqueci João Cordovil.

 

Xirimi (RPS)

A Xirimi é uma jóia de menina e abriu uma loja.
É a loja da xirimi, aqui: xirimi-shop.blogspot.com.

9.5.06

 

O ser humano não pára de nos surpreender... (RPS)

Reconheça-se: a novela Benfica-Koeman foi muito bem gerida pela bandidagem que manda na Luz.
O Benfica estava desejoso de se livrar do treinador Koeman, mas não podia correr com ele. Além de parecer mal - é sempre uma chatice... - o homem tinha contrato e seria preciso pagar-lhe. Eis senão quando, é o homem pede para sair e o Benfica ainda recebe umas massas do PSV Eindhoven. Momento de sorte, correu tudo bem, foi um acaso feliz, dirão alguns. Mentira.
O PSV quis contratar Koeman na pessoa do Sr. Stan Valckx. Trata-se de um antigo futebolista que, um dia, foi colocado no Sporting por um empresário chamado... José Veiga...
Incrível, surpreendente o ser humano. Mesmo a pior escumalha conhece, por vezes, o valor da palavra gratidão.

 

Pornografia (RPS)

Daqui a pouco, ela andará por aí à solta. No Porto e em Coimbra, pelo menos. É a turba insana e alcoolizada. Não tinha mal nenhum se estivessem num espaço fechado, mas não: andarão pela via pública a perturbar e a prejudicar milhares de cidadãos.


A turba, como sempre, mostrar-se-á eufórica. Estranho... Muitos deles e muitas delas (a maioria?...) são futuros desempregados de longa duração, futuros frustrados profissionais, futuros dependendentes de uma ajudinha do Estado. Alguns, até, serão dependentes da caridade alheia, doentes sem assistencia médica, velhos sem reforma, quiçá mendigos sem tecto.
O espectáculo, em tempo de vacas gordas e de optimismo, já é deprimente. Por estes dias, é pornográfico.

8.5.06

 

Série "O que é feito dele?..." IV (RPS)


 

O Diogo e o Rui têm razão (RPS)

Não me apetece alongar sobre o assunto, mas ficou claro que no diferendo Diogo/Expresso a razão está com o Diogo.
Na mesma linha, Rui Rio tem razão (pelo menos muita dela) no recente diferendo com o JN.
Não gosto de chegar a este tipo de conclusão, mas é assim.

6.5.06

 

Está para ficar (RPS)

Presumo que foi o JPF quem o escreveu, aqui mesmo, quando foi conhecido o elenco deste Governo: Freitas vai fazer o que quiser, até ao dia em que quiser sair do Governo.



Assim tem sido. Desde o início, que Diogo corre por conta própria. Só aceitou ir para o Governo depois de Sócrates lher dar conta do restante elenco, tem feito e dito o que lhe parece certo, pensando (bem ou mal, não interessa agora) pela sua cabeça. Fica a sensação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros trabalha à margem do próprio Governo. Não contra o Governo, mas assim ao jeito de uma empresa independente, contratada pelo Governo para lhe prestar os serviços necessários. Outsourcing. Não sei se é bom ou mau, se é certo ou errado. Sei que é assim.
Freitas do Amaral sairá do Governo quando lhe apetecer. Não vejo que precise de dar recados em entrevistas para que isso aconteça. Por isso, penso que ele está para ficar. As declarações de hoje ao Expresso deverão ter outro objectivo. Ainda não percebi qual, mas o tempo vai encarregar-se de me (nos) esclarecer.

(de acordo com os telejornais da hora do almoço, Diogo dará uma conferência de imprensa esta tarde)

5.5.06

 

Série "O que é feito dele?..." III (RPS)


 

Peste blogueira localizada (RPS)

É uma percepção das redacções e também dos mais atentos: quando morre um figura pública, em poucos dias morre, pelo menos, uma outra.
Será que esta "lei" também se aplica aos blogues? É que sucedem-se as mortes. Agora, foi este...
Mas não. A "lei" não se aplica, de certeza, aos blogues. Foi só uma epidemia de peste blogueira que atingiu os Carvalhos.
Espero que não alastre.

4.5.06

 

Top 5 dos melhores futebolistas portugueses de sempre (RPS)

1.


2.


3.


4.


5.

3.5.06

 

comments que valem mais que posts (RPS)

Segundo um artigo publicado originariamente no "Wall Street Journal", que o "Público" reproduz, os nove gestores do BCP podem embolsar até 10% dos lucros anuais do Banco. Segundo comunicado do Conselho de Administração do Banco, em resposta, parece que, parcimoniosamente, não se têm valido de tanto: assim, no último ano, terão embolsado apenas 4 virgula tal por cento dos lucros. Nove indivíduos. Como diria Guterres, é só fazer as contas. Com aumentos sistemáticos de capital os lucros aumentam. Os dividendos dos nove gestores também. Provavelmente, consideram-se geniais e acharão que os problemas do país têm origem no deficiente desempenho do sector público.

Este post não é meu. E não é - ou não era, originalmente - um post.
O autor do texto é o meu velho amigo Zé. O texto surgiu em forma de comment no blogue do Funes, assinado por Zekez Carvalho.
E é uma das Leis de Funes sobre Blogues que me ocorre ao editar este post: há posts que originam comments bem melhores que os próprios posts.
Nem sei ao certo, mas acho que os lucros do BCP roçam os 150 milhões de contos.

 

Série "O que é feito dele?..." II (RPS)


2.5.06

 

Obituário blogueiro (RPS)

Este blogue está a virar obituário blogueiro. Aí está mais um que se finou...

 

Série "O que é feito dele?..." I (RPS)


 

Tradutore, traditore (SM)

Descobri a tradução italiana de "Dear God please help me" de Morrissey; é deliciosa, melhor que a versão original; aqui descobre-se, que percorrendo Roma, Moz finalmente saíu do armário. Aos 47 anos. Che bello ragazzo...

"Buon Dio, ti prego aiutami"

Passeggio per le strade di Roma

con il cuore sulla cordaBuon Dio, ti prego aiutami

Sono davvero così stancodi fare la cosa giusta

Buon Dio, ti prego aiutami

Ci sono barilotti di esplosivo in mezzo alle mie gambe

Buon Dio, ti prego aiutami

Continuerai a comprendermi comprendermi più di adesso,mi rintracceraie cercherai di vincermi?

Poi lui mi fa un cennocon la mano sul mio ginocchio

Buon Dio, una cosa come questa ti è mai successa?

Adesso allargo le tue gambecon le mie nel mezzo

Buon Dio, se io potessi ti aiuterei

Ed ora passeggio per Romae non c'è spazio per muoversima il cuore si sente libero

Il cuore vola libero

Il cuore vola libero

Ma il cuore... vola libero

Il cuore vola libero

Il cuore vola libero

1.5.06

 

Barulhinho Bom (SM)

Ela vem aí, Marisa Monte vem aí.Em Setembro há novas datas:

-5 e 6 no Porto, no Coliseu;

-8, 9, 10 e 11 em Lisboa, no Coliseu dos Recreios.



Fica "Infinito Particular", na esperança de JPF pôr aqui ao lado um barulhinho bom qualquer.


"Eis o melhor e o pior de mim

O meu termômetro, o meu quilate

Vem cara, me retrate

Não é impossível

Eu não sou difícil de ler

Faça sua parte

Eu sou daqui e não sou de Marte

Vem, cara, me repara

Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

Só não se perca ao entrar

No meu infinito particular

Em alguns instantes

Sou pequenina e também gigante

Vem cara, se declara

O mundo é portátil

Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara

É só mistério, não tem segredo

Vem cá, não tenha medo

A água é potável

Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar

No meu infinito particular"

 

Primeiro de Maio (RPS)

Não encontro qualquer sentido ou lógica no acto de andar pela rua a festejar e a berrar pela Liberdade. Compreende-lo-ia e sairia, até, à rua se a Liberdade estivesse em risco.
Agora, já entendo bem que hoje se saia à rua. É que alguns direitos de quem como eu trabalha começam a estar mesmo em risco.

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