31.3.06
Ornatos Violeta explicam o meu dia (SM)
É só mais um dia mau, mau, mau
É só mais um dia mau, mau, mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau, mau, mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
É só mais um dia mau
30.3.06
Elas vivem (SM)
Renhida troca de galhardetes sobre as quotas passa-se aqui; uma das participantes é uma autêntica mentora. Fala-se de homens, maternidades, espanholas, do Simplex, e há fotografias do Clooney e do belo David Strathairn.
RPS ficas proibido de classificar aquele aqui como um blog de gajas. São, mas são boas.
RPS ficas proibido de classificar aquele aqui como um blog de gajas. São, mas são boas.
Memorable Quotes (RPS)
Vincent: And you know what they call a... a... a Quarter Pounder with Cheese in Paris?
Jules: They don't call it a Quarter Pounder with cheese?
Vincent: No man, they got the metric system. They wouldn't know what the fuck a Quarter Pounder is.
Jules: Then what do they call it?
Vincent: They call it a Royale with cheese.
Jules: A Royale with cheese. What do they call a Big Mac?
Vincent: Well, a Big Mac's a Big Mac, but they call it le Big-Mac.
Jules: Le Big-Mac. Ha ha ha ha. What do they call a Whopper?
Vincent: I dunno, I didn't go into Burger King.
Tenho ocupado algum tempo neste site. Imagino que outra qualquer pessoa verdadeiramente cinéfila se perca ainda mais. Está lá tudo, incluindo diálogos. Memorable Quotes, como neste caso. De um filme memorável.
29.3.06
O Top 5 (RPS)
Para satisfazer dois ou três amigos, o meu top-five das mais belas cidades portuguesas. Só capitais de distrito.
1.
2.
3.
4.
5.
fotos roubadas por aí
Depois destas, quase nenhuma se aproveita.
1.
2.
3.
4.
5.
fotos roubadas por aí
Depois destas, quase nenhuma se aproveita.
Será que isto vai abichanar? (RPS)
Finalmente! Uma sobrinha!
Foi à quarta. Se tudo correr bem - há-de correr - está por aí em finais de Julho.
Quase me apetece fazer um post de gaja, mas também não tenho tempo.
Será que isto vai abichanar, lá para o Verão? Temo começar a fazer posts tipo "que quiducha!", "ai que fôfa...", "ai que riquinha...". Mas não: isso também há-de correr bem.
Foi à quarta. Se tudo correr bem - há-de correr - está por aí em finais de Julho.
Quase me apetece fazer um post de gaja, mas também não tenho tempo.
Será que isto vai abichanar, lá para o Verão? Temo começar a fazer posts tipo "que quiducha!", "ai que fôfa...", "ai que riquinha...". Mas não: isso também há-de correr bem.
28.3.06
Viva o egoísmo (SM)
O Bloco de Esquerda prepara-se, não se sabe bem para quando, para apresentar um projecto de lei sobre a despenalização do auxílio ao suicídio.
Pró: acaba-se com parte dos problemas de falta de macas nos hospitais.
Contra: Que fará Francisco Louçã se a filha em, eventual, sofrimento paroxal lhe pedir para que a ajude a suicidar-se? Desliga-lhe a máquina?
Outro-contra: dormiria o Chico descansado? Ou a consciência havia de pesar-lhe?
Pró ou contra? :E se a despenalização for para a frente as televisões não hão-de estar legalmente libertas para transmitir auxílios a suicídios em directo?
Do ponto de vista de quem vai é um alívio. Mas a vida permaneceria um inferno.Ou não?
Pró: acaba-se com parte dos problemas de falta de macas nos hospitais.
Contra: Que fará Francisco Louçã se a filha em, eventual, sofrimento paroxal lhe pedir para que a ajude a suicidar-se? Desliga-lhe a máquina?
Outro-contra: dormiria o Chico descansado? Ou a consciência havia de pesar-lhe?
Pró ou contra? :E se a despenalização for para a frente as televisões não hão-de estar legalmente libertas para transmitir auxílios a suicídios em directo?
Do ponto de vista de quem vai é um alívio. Mas a vida permaneceria um inferno.Ou não?
27.3.06
Ana Abrunhosa (RPS)
O Hábito Fala Pelo Monge
Em Citânia: tem mini-saia - é uma rapariga leviana.
Em Milão: tem mini-saia - é uma rapariga moderna.
Em Paris: tem mini-saia - é uma rapariga.
Em Hamburgo, no Eros: tem mini-saia - se calhar é um rapaz.
Umberto Eco, O Hábito Fala Pelo Monge
in Psicologia do Vestir
Roubei isto no blog da Ana Abrunhosa. Em anaabrunhosa.blogspot.com.
Confesso: o mundo da moda passa-me ao lado. Mas diz quem sabe, amiga comum, que a Ana é um talento. Mais um, no Porto. Ali para as Antas.
Ressureição? (RPS)
O Bartleby deu um ténue sinal de vida.
26.3.06
Homenagem (SM)
Para quem tinha dúvidas que José Cid é um verdadeiro génio, e para os mesmos que tinham dúvidas que eu gosto dele.Aqui vai "A pouco e pouco", mais conhecido por "Favas com chouriço". Enjoy.
"Vá lá, são sete e meia, amor, e tens que ir trabalhar.
Acordas-me com um beijo e um sorriso no olhar.
E levantas-me da cama, depois tiras- me o pijama, Faço a barba e dá na rádio o Zé Cid a cantar.
Apanho um autocarro, vou a pensar em ti
que levas os miúdos ao jardim infantil.
Chego à repartição, dou um beijo no escrivão E nem topo a secretária que é tão boa.
A pouco e pouco se constrói um grande amor, De coisas tão pequenas e banais, Basta um sorriso, um simples olhar Um modo de amar a dois.
Um modo de amar a dois.
E às 5 e meia em ponto, telefonas-me a dizer.
Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer.
Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito.
Quando chego p'ra jantar, quase nem acredito.
Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos Os miúdos na cama e acendeste a fogueira.
Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, Eu e tu, e tu e eu, e tu e eu e tu."
"Vá lá, são sete e meia, amor, e tens que ir trabalhar.
Acordas-me com um beijo e um sorriso no olhar.
E levantas-me da cama, depois tiras- me o pijama, Faço a barba e dá na rádio o Zé Cid a cantar.
Apanho um autocarro, vou a pensar em ti
que levas os miúdos ao jardim infantil.
Chego à repartição, dou um beijo no escrivão E nem topo a secretária que é tão boa.
A pouco e pouco se constrói um grande amor, De coisas tão pequenas e banais, Basta um sorriso, um simples olhar Um modo de amar a dois.
Um modo de amar a dois.
E às 5 e meia em ponto, telefonas-me a dizer.
Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer.
Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito.
Quando chego p'ra jantar, quase nem acredito.
Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos Os miúdos na cama e acendeste a fogueira.
Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, Eu e tu, e tu e eu, e tu e eu e tu."
24.3.06
Princípio (RPS)
Foi expressão que sempre me soou mal. Mas nunca comentei com ninguém nem inquiri nenhuma voz autorizada sobre o assunto. Até que, há uns anos, numa reunião familiar, um primo meu, médico, estava a contar uma história do seu quotidiano clínico e veio ao encontro da minha tese.
Falava ele de uma doente que quase diariamente ia lá ao Centro de Saúde. Tinha sempre um pretexto para lá ir. Estar lá servia, depois, de pretexto para "fazer só uma perguntinha ao doutor João".
A senhora, uma idosa reformada, tinha sempre uma queixa e expressava-a sempre associada à expressão "princípio de". Ela tinha tido, durante a noite, "um princípio de congestão", ou encontrava sinais e sintomas "de um princípio de uma crise de vesícula". Ou podia ser o marido que estava com "um princípio de gripe". Ou a nora que estava com "um princípio de uma depressão".
Que expressão mais irritante! Uma doença é coisa que se tem ou que se não tem. Não se tem um princípio.
Pode ter-se uma gripe ligeira, mas é uma gripe ligeira, não é um princípio de gripe. Pode ter-se uma indisposição gástrica, mas isso não é um princípio de indigestão nem de coisa nenhuma!
Também eu, em conversas do meu quotidiano que não é clínico, ouço frequentemente a expressão "princípio de uma doença qualquer". Há também quem use no plural: "princípios de...".
Princípio(s) de gripe? E ficou parado, ali no princípio?
Princípio(s) de infecção urinária? E não ata nem desata?
Princípio(s) de esgotamento? E o meio e o fim não teve?
Falava ele de uma doente que quase diariamente ia lá ao Centro de Saúde. Tinha sempre um pretexto para lá ir. Estar lá servia, depois, de pretexto para "fazer só uma perguntinha ao doutor João".
A senhora, uma idosa reformada, tinha sempre uma queixa e expressava-a sempre associada à expressão "princípio de". Ela tinha tido, durante a noite, "um princípio de congestão", ou encontrava sinais e sintomas "de um princípio de uma crise de vesícula". Ou podia ser o marido que estava com "um princípio de gripe". Ou a nora que estava com "um princípio de uma depressão".
Que expressão mais irritante! Uma doença é coisa que se tem ou que se não tem. Não se tem um princípio.
Pode ter-se uma gripe ligeira, mas é uma gripe ligeira, não é um princípio de gripe. Pode ter-se uma indisposição gástrica, mas isso não é um princípio de indigestão nem de coisa nenhuma!
Também eu, em conversas do meu quotidiano que não é clínico, ouço frequentemente a expressão "princípio de uma doença qualquer". Há também quem use no plural: "princípios de...".
Princípio(s) de gripe? E ficou parado, ali no princípio?
Princípio(s) de infecção urinária? E não ata nem desata?
Princípio(s) de esgotamento? E o meio e o fim não teve?
Jogada com barbas (RPS)
Está levantada a onda de indignação. Da família sportinguista, claro. Com o empenho da maioira das redacções e (mais surpreendente...) com seis milhões de benfiquistas a fazerem eco.
Nada do que se passou no Porto-Sporting de quarta-feira, para a Taça, o justifica. O que o explica é o interesse óbvio e legítimo do Sporting em ganhar a Liga Bet and Win. E o interesse de seis milhões em que o Porto não a ganhe.
A onda de indignação constitui apenas uma manobra de intimidação e de pressão sobre os árbitros e dirigentes da arbitragem. Para os condicionar na recta final da Bet and Win.
Nada que Pedroto não nos tivesse ensinado, nos anos setenta.
PS - o Porto de Adriaanse não é bem o meu Porto. Mas espero que seja campeão, claro, embora o título não me dê, este ano, aquele gosto especial de muitos outros.
Nada do que se passou no Porto-Sporting de quarta-feira, para a Taça, o justifica. O que o explica é o interesse óbvio e legítimo do Sporting em ganhar a Liga Bet and Win. E o interesse de seis milhões em que o Porto não a ganhe.
A onda de indignação constitui apenas uma manobra de intimidação e de pressão sobre os árbitros e dirigentes da arbitragem. Para os condicionar na recta final da Bet and Win.
Nada que Pedroto não nos tivesse ensinado, nos anos setenta.
PS - o Porto de Adriaanse não é bem o meu Porto. Mas espero que seja campeão, claro, embora o título não me dê, este ano, aquele gosto especial de muitos outros.
23.3.06
O ex e o outro (SM)
Sampaio foi de férias.Disse que ia enfiar-se dentro de um cinema.Que filme terá visto em primeiro lugar. Os brokebackers, para só agora formar finalmente opinião sobre os casamentos homosexuais? Ou terá sido "O leopardo" para ter a certeza que foi um mau príncipe?Ou ainda Capote para ter ainda mais certeza que manipulou mal a política à portuguesa.
Cavaco veio de férias. Já promulgou um diplomazinho. Que filme terá visto pela última vez até à primeira dentro de dez anos?
Cavaco veio de férias. Já promulgou um diplomazinho. Que filme terá visto pela última vez até à primeira dentro de dez anos?
Dúvida (RPS)
Como será beijar uma mulher que usa daqueles aparelhos nos dentes? Daqueles que agora se vê muito por aí e que os adultos usam (quando eu era miúdo, os aparelhos dentários eram diferentes e só os miúdos usavam).
Deve ser diferente do habitual, mas não posso afirmá-lo.
Se eu soubesse como é, fazia um post sobre isso.
Deve ser diferente do habitual, mas não posso afirmá-lo.
Se eu soubesse como é, fazia um post sobre isso.
22.3.06
Os incorruptíveis (SM)
Les Inrockuptibles existe desde meados dos anos 80, fundada por um tal de Jean Daniel Beauvallet e mais uns quantos jovens que nem uma corda de guitarra sabiam tocar ou realizar uma fita em super 8. Mas passados tantos anos- comprei-a mês após mês e semana após semana desde 1993 até 2002 - continua a manter-se como uma referência no meio cultural, político e social francês. Veja-se uma das últimas edições em que analisa à lupa a contestação estudantil em França; e lembro-me que fez um trabalho militante sobre os sans papiers em meados dos anos 90 que se tornou praticamente um abaixo-assinado subscrito por tudo o que eram escritores e figuras públicas. Foi por ela que conheci Pulp, Bjork, Scott Walker ou Lars Von Trier e descobrir que não é vergonha nenhuma gostar de Smiths.
É incrível, aliás, como os artistas ingleses se batem por serem procurados por uma revista francesa, que nos primórdios era a preto e branco e tinha como lema uma frase de Jacques Tati: "la couleur distrait le spectateur". Hoje já não é assim, mas continua a colorir as semanas de música e cinema.
É incrível, aliás, como os artistas ingleses se batem por serem procurados por uma revista francesa, que nos primórdios era a preto e branco e tinha como lema uma frase de Jacques Tati: "la couleur distrait le spectateur". Hoje já não é assim, mas continua a colorir as semanas de música e cinema.
A terceira cidade mais bela do país (RPS)
fotos roubadas por aí
21.3.06
A segunda ponte mais bela do mundo (RPS)
fotos roubadas por aí
A Vasco da Gama pode ser muito fantástica, mas esta é que é A Ponte de Lisboa.
20.3.06
A profunda ignorância (SM)
Se Fernando Gil não tivesse sido classificado pelo "Nouvel Observateur" como o mais importante dos filósofos portugueses da última metade do século XX, jamais saberíamos quem era Gil.Essa é que é a verdade. E jamais os jornais ou as rádios e televisões teriam feito o obituário do filósofo. Porque apenas conhecemos quando lá fora se conhece e dizemos bem, do que os outros dizem. Sabiam que foi Prémio Pessoa? Foi. E será que toda a gente leu o best seller "Portugal hoje - o medo de existir"? Eu não. E também não o comprei. O homem morreu como um mártir sem saber como.
O menino quer o sofá ou a cadeira? (SM)
Fernando Madrinha no Expresso:
(...)temos dois cadeirões iguais para o presidente e o primeiro-ministro, sentados a uma mesa de trabalho. Os dois falam agora ao mesmo nível, mudança bastante curiosa por ter sido introduzida por alguém com fama de distante uma forte noição de hierarquias. Ora, esta primeira mudança vísivel em Belém democratiza simbolicamente o Presidente. E enquadra de forma mais correcta o seu encontro com o primeiro ministro, dando-lhe a imagem de uma verdadeira reunião de trabalho e não de um encontro de amigos ou conhecidos"(...)
Se alguém tivesse dúvidas foi por ser sentado e levado ao colo desta maneira que o actual pai da Nação ganhou as eleições. Eu por mim prefiro o sofá.
(...)temos dois cadeirões iguais para o presidente e o primeiro-ministro, sentados a uma mesa de trabalho. Os dois falam agora ao mesmo nível, mudança bastante curiosa por ter sido introduzida por alguém com fama de distante uma forte noição de hierarquias. Ora, esta primeira mudança vísivel em Belém democratiza simbolicamente o Presidente. E enquadra de forma mais correcta o seu encontro com o primeiro ministro, dando-lhe a imagem de uma verdadeira reunião de trabalho e não de um encontro de amigos ou conhecidos"(...)
Se alguém tivesse dúvidas foi por ser sentado e levado ao colo desta maneira que o actual pai da Nação ganhou as eleições. Eu por mim prefiro o sofá.
19.3.06
Pelo fim imediato do programa Erasmus (RPS)
Por umas três vezes jantei no Casa Agrícola, ali para o Bom Sucesso. Carote, mas não se come mal. Desde que se evite, claro, aquelas mixórdias tornadas modernice, tais como lombo de porco com puré de maçã e vitela assada com ameixas e nozes. Um bom assado sempre se comeu com batatas, arroz e, eventualmente, uma salada tradicional. Com tanta coisa mal nas vidas e no mundo, há muito por onde promover a mudança para que as coisas melhorem - conserve-se o que é bom e está bem.
Nessas ocasiões e numas outras três ou quatro avulsas, estive também no bar do piso inferior. Não sei se foi acaso, mas não deve ter sido: aquilo está sempre pejado de erasmus - esses seres que dizem estudar, mas que andam a fazer turismo à conta do orçamento da União Europeia.
E onde há erasmus, são eles que dão a nota ao ambiente, fazendo uma algazarra insuportável, principalmente quando se trata de espanhóis.
Não, não é anti-espanholismo, não sou contra Espanha. É uma nação e um povo com coisas boas e más, ao contrário, por exemplo, dos franceses, esses sim - povo e nação - insuportáveis. Só que os espanhóis e, em particular, as espanholas, falam muito e falam altíssimo, são histriónicos... Quando se juntam, secam tudo à sua volta.
Este fim de semana, um bando de erasmus de Espanha resolveu ir a um sítio decente e tive que levar com eles. E com elas, em algazarra. Conseguiam sobrepor-se ao volume das colunas de som do espaço, que até nem é dispiciendo.
Estou farto desses jovens chulos do orçamento comunitário. Na próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, a União Europeia devia aprovar o fim imediato desse programa Erasmus que só contribui para o aumento da irritabilidade dos povos e da conflituidade entre as nações.
Nessas ocasiões e numas outras três ou quatro avulsas, estive também no bar do piso inferior. Não sei se foi acaso, mas não deve ter sido: aquilo está sempre pejado de erasmus - esses seres que dizem estudar, mas que andam a fazer turismo à conta do orçamento da União Europeia.
E onde há erasmus, são eles que dão a nota ao ambiente, fazendo uma algazarra insuportável, principalmente quando se trata de espanhóis.
Não, não é anti-espanholismo, não sou contra Espanha. É uma nação e um povo com coisas boas e más, ao contrário, por exemplo, dos franceses, esses sim - povo e nação - insuportáveis. Só que os espanhóis e, em particular, as espanholas, falam muito e falam altíssimo, são histriónicos... Quando se juntam, secam tudo à sua volta.
Este fim de semana, um bando de erasmus de Espanha resolveu ir a um sítio decente e tive que levar com eles. E com elas, em algazarra. Conseguiam sobrepor-se ao volume das colunas de som do espaço, que até nem é dispiciendo.
Estou farto desses jovens chulos do orçamento comunitário. Na próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, a União Europeia devia aprovar o fim imediato desse programa Erasmus que só contribui para o aumento da irritabilidade dos povos e da conflituidade entre as nações.
17.3.06
Info-excluído, mas nem tanto (RPS)
Inevitável. Depois de muito tempo em que apenas nos cumprimentávamos, deu-se a aproximação. Não fui eu que puxei conversa, mas não quis ser indelicado - dei-lhe espaço. Conversámos algum tempo e ficou consumada uma amizade - entre a minha pessoa e o senhor Moreira. Ou será Ferreira?... Em qualquer caso, trata-se do funcionário do cyber que, por força dos condicionalismos de horário, mais vezes apanho.
No dia seguinte, quando voltei, preparava-me para escrever um post sobre o sucedido: o início da amizade entre mim e o velhote do cyber, cujo nome nem sei ao certo.
Antes, dei a blogo-volta costumeira e com que me deparo eu?... Com um post do amigo Aristóteles em que ele relatava o modo como estabeleceu amizade com o funcionário do cyber que frequenta. Deixei cair a ideia.
Entretanto, têm-se sucedido episódios com o homem - Moreira ou Ferreira, ainda não percebi. Passam, invariavelmente, por ele a tentar meter conversa comigo, decerto para combater o torpor de um quotidiano solitário e estúpido. É que o senhor, já idoso, é, inequivocamente, um info-excluído, pelo que nem aproveita sequer o que um cyber pode proporcionar a quem nele trabalha.
Há dois dias, ele passou pelas minhas costas e espreitou o écran. Por acaso, estava com esta página aberta, a do Fado Falado.
- Fado Falado... Isso era do Vilaret... Por acaso, gosto disso...
- É...
- Aliás, gosto muito de fado...
- Pois é, encontra-se de tudo aqui na internet...
- Pois é... (com ar malicioso) Há aí umas coisas porreiras...
- ...
- (com ar já lascivo) Às vezes, ponho-me aí a ver umas coisas...
Deve ser fora da hora de ponta - pensei - e, afinal, o homem não será tão info-excluído quanto isso.
No dia seguinte, quando voltei, preparava-me para escrever um post sobre o sucedido: o início da amizade entre mim e o velhote do cyber, cujo nome nem sei ao certo.
Antes, dei a blogo-volta costumeira e com que me deparo eu?... Com um post do amigo Aristóteles em que ele relatava o modo como estabeleceu amizade com o funcionário do cyber que frequenta. Deixei cair a ideia.
Entretanto, têm-se sucedido episódios com o homem - Moreira ou Ferreira, ainda não percebi. Passam, invariavelmente, por ele a tentar meter conversa comigo, decerto para combater o torpor de um quotidiano solitário e estúpido. É que o senhor, já idoso, é, inequivocamente, um info-excluído, pelo que nem aproveita sequer o que um cyber pode proporcionar a quem nele trabalha.
Há dois dias, ele passou pelas minhas costas e espreitou o écran. Por acaso, estava com esta página aberta, a do Fado Falado.
- Fado Falado... Isso era do Vilaret... Por acaso, gosto disso...
- É...
- Aliás, gosto muito de fado...
- Pois é, encontra-se de tudo aqui na internet...
- Pois é... (com ar malicioso) Há aí umas coisas porreiras...
- ...
- (com ar já lascivo) Às vezes, ponho-me aí a ver umas coisas...
Deve ser fora da hora de ponta - pensei - e, afinal, o homem não será tão info-excluído quanto isso.
15.3.06
Há vidas que davam filmes (RPS)
A vida de Sita Valles dava um filme.
Como um filme dariam os acontecimentos do 27 de Maio de 77, em Luanda, aos quais esteve profundamente ligada e que lhe custaram a vida, num pelotão de fuzilamento.
Conheci a história de Sita em 1992, através de um trabalho da jornalista Felícia Cabrita, no Expresso. São os dados que ainda tenho. Não sei se, durante estes quase catorze anos que passaram, surgiram novas pistas sobre o mistério do seu desaparecimento. Presumo que não. O corpo de Sita nunca terá mesmo aparecido.
Sita nasceu no início da década de 50, em Angola, onde o pai, de origem goesa, se tinha instalado, depois de concluído o curso de Agronomia, em Lisboa. Revelou-se, em criança e no início da adolescência, uma quase fanática relegiosa. Acreditava em Deus e nos Santos de modo extremo, tal como, uns anos depois, acreditava em Mao. E, pouco depois, em Marx e Lenine. Um amigo disse, uma vez, que Sita, como não sabia viver com a dúvida, tinha sempre certezas...
Antes da entrada actividade política, Sita agitou os meios mais conservadores da Luanda dos anos sessenta com atitudes tidas por ousadas, como, por exemplo, o uso de mini-saias que mostravam umas pernas esplendorosas. Tinha um qualquer magnetismo, dizem múltiplos testemunhos. Filhos de boas famílias coloniais e meia Faculdade de Medicina de Luanda andavam de cabeça à roda com ela. Por causa dela.
Rezam as crónicas que assim continuou a ser em Lisboa, a partir de 70 ou 71. Aproximou-se do PCP, aderiu à UEC e acabou por ser, na estrutura estudantil do PC, a "número dois" de Zita Seabra. Essa mesma.
Para Sita, o 25 de Abril depressa se tornou uma desilusão. Ela sonhava com "A Revolução" e, afinal, tudo não passara de um mero golpe militar, seguido de jogos políticos de gabinete. A "brasa" de 75 era coisa pouca para ela e decidiu, assim, regressar a Angola. Ela queria fazer uma revolução a sério.
Regressou, entrou no MPLA e aderiu, com Nito Alves e José van Dunen (o homem com quem, entretanto, casara e de quem tinha já um filho) à ala contestatária do líder, o facínora Agostinho Neto.
A 27 de Maio de 77, vários militares e população ocuparam quartéis em Luanda. Era uma das alas do MPLA a exigir mudanças a Neto. Este deu ordens aos seus fiéis e às tropas cubanas que parassem o movimento, sem olhar a meios.
Não olharam a meios e tombaram os corpos. Alguns de imediato, em pelotões de fuzilamento, junto a valas comuns abertas em cemitérios ou onde calhasse.
Sita fugiu. Três meses depois, uma imprevidência fez com que fosse capturada. Foi presa, torturada e violada pelos verdugos de Agostinho Neto.
Sita recusou a venda nos olhos, para poder olhar de frente o pelotão de fuzilamento. A cabra parecia que não queria morrer, gaba-se, nessa noite, um português das fileiras da DISA, a Direcção de Informação e Segurança de Angola.
A vida de Sita Valles dava um filme.
Como um filme dariam os acontecimentos do 27 de Maio de 77, em Luanda, aos quais esteve profundamente ligada e que lhe custaram a vida, num pelotão de fuzilamento.
Conheci a história de Sita em 1992, através de um trabalho da jornalista Felícia Cabrita, no Expresso. São os dados que ainda tenho. Não sei se, durante estes quase catorze anos que passaram, surgiram novas pistas sobre o mistério do seu desaparecimento. Presumo que não. O corpo de Sita nunca terá mesmo aparecido.
Sita nasceu no início da década de 50, em Angola, onde o pai, de origem goesa, se tinha instalado, depois de concluído o curso de Agronomia, em Lisboa. Revelou-se, em criança e no início da adolescência, uma quase fanática relegiosa. Acreditava em Deus e nos Santos de modo extremo, tal como, uns anos depois, acreditava em Mao. E, pouco depois, em Marx e Lenine. Um amigo disse, uma vez, que Sita, como não sabia viver com a dúvida, tinha sempre certezas...
Antes da entrada actividade política, Sita agitou os meios mais conservadores da Luanda dos anos sessenta com atitudes tidas por ousadas, como, por exemplo, o uso de mini-saias que mostravam umas pernas esplendorosas. Tinha um qualquer magnetismo, dizem múltiplos testemunhos. Filhos de boas famílias coloniais e meia Faculdade de Medicina de Luanda andavam de cabeça à roda com ela. Por causa dela.
Rezam as crónicas que assim continuou a ser em Lisboa, a partir de 70 ou 71. Aproximou-se do PCP, aderiu à UEC e acabou por ser, na estrutura estudantil do PC, a "número dois" de Zita Seabra. Essa mesma.
Para Sita, o 25 de Abril depressa se tornou uma desilusão. Ela sonhava com "A Revolução" e, afinal, tudo não passara de um mero golpe militar, seguido de jogos políticos de gabinete. A "brasa" de 75 era coisa pouca para ela e decidiu, assim, regressar a Angola. Ela queria fazer uma revolução a sério.
Regressou, entrou no MPLA e aderiu, com Nito Alves e José van Dunen (o homem com quem, entretanto, casara e de quem tinha já um filho) à ala contestatária do líder, o facínora Agostinho Neto.
A 27 de Maio de 77, vários militares e população ocuparam quartéis em Luanda. Era uma das alas do MPLA a exigir mudanças a Neto. Este deu ordens aos seus fiéis e às tropas cubanas que parassem o movimento, sem olhar a meios.
Não olharam a meios e tombaram os corpos. Alguns de imediato, em pelotões de fuzilamento, junto a valas comuns abertas em cemitérios ou onde calhasse.
Sita fugiu. Três meses depois, uma imprevidência fez com que fosse capturada. Foi presa, torturada e violada pelos verdugos de Agostinho Neto.
Sita recusou a venda nos olhos, para poder olhar de frente o pelotão de fuzilamento. A cabra parecia que não queria morrer, gaba-se, nessa noite, um português das fileiras da DISA, a Direcção de Informação e Segurança de Angola.
A vida de Sita Valles dava um filme.
13.3.06
Os cem mil fundamentais (RPS)
A notícia é de sexta-feira: em caso de pandemia de gripe das aves, cem mil portugueses, tidos como fundamentais, receberão vacinas ou antigripais ou lá o que seja. Pergunta óbvia: como se define o estatuto de fundamental?
Julguei que o tema iria ter forte impacto na blogosfera, mas não. Alguns blogues falam do assunto, na generalidade manifestando a dúvida óbvia: quem é fundamental? É-se ou obtem-se o estatuto?
Já li várias teses. Uma diz que quem tem blogue activo tem direito ao remediozinho. Quem tem mais que um, recebe as vacinas e cede-as a quem quiser.
Também li que na compra de um bilhete para o RockinRio recebe-se uma vacina de brinde.
Alguém sabe de alguma coisa em concreto?...
Julguei que o tema iria ter forte impacto na blogosfera, mas não. Alguns blogues falam do assunto, na generalidade manifestando a dúvida óbvia: quem é fundamental? É-se ou obtem-se o estatuto?
Já li várias teses. Uma diz que quem tem blogue activo tem direito ao remediozinho. Quem tem mais que um, recebe as vacinas e cede-as a quem quiser.
Também li que na compra de um bilhete para o RockinRio recebe-se uma vacina de brinde.
Alguém sabe de alguma coisa em concreto?...
10.3.06
Sensatez (RPS)
A foto tem dez anos. Uma delas chegou a "primeira dama". A outra, dez anos depois, recusa o estatuto. Pelo menos, li isso, de esguelha, numa publicação qualquer.
Enquanto figuras públicas, não nutro qualquer simpatia por nenhuma das duas. E tinha-as mais ou menos na mesma conta. Mas não, afinal há uma que é bem mais sensata. Maria, claro.
Não sei quais terão sido os fundamentos da recusa, mas que me surpreendeu... surpeendeu. Mas faz ela muito bem em não entrar em palhaçadas.
Coisa feia, muito feia (RPS)
Depois das Autárquicas de 2001, Fernando Gomes não foi à tomada de posse de Rui Rio.
Nesse mesma altura, em Lisboa, João Soares não foi à tomada de posse de Santana Lopes.
Se não me engano, há dez anos, em 96, Cavaco Silva não foi à tomada de posse de Jorge Sampaio.
Do ponto de vista humano, até entendo os faltosos. Mas é feio, contraria o tão apregoado espírito democrático da coisa, que deve sempre prevalecer.
Podem os faltosos alegar, nestas circunstâncias, eventuais ofensas recebidas em campanha. Mesmo assim, não me parece bem.
Pior mesmo, só o que fez Mário Soares na tomada de posse de Cavaco Silva.
Se não consegue engolir a vitória de Cavaco, faltava à posse. Mas não. Ele não resistiu a ser filmado pelas câmaras, a receber a luz dos holofotes, a apertar a mão a alguns amigos com quem mantem conversas muito interessantes. Só lá foi para massajar o ego, algo de que carece de forma doentia.
Ouvi comentadores considerarem os factos um episódio menor. Outro qualquer que fosse, que não Soares, armava-se um banzé na praça.
Reconheço o essencial papel de Soares nos anos quentes de 74, 75 e 76. Mas isso não pode conceder-lhe a impunidade. Atitudes como as de ontem fazem dele um miserável. Este episódio fez-me recordar um comentário de Arlindo do Rêgo, a 23 de Janeiro, no blogue do Funes:
O gostinho especial de ver o velho aleivoso derrotado e no 3º lugar. Atrás de um patetóide e poetastro, igualmente vaidoso e inútil.
O meu ódio de estimação, desde sempre: o merdas-pai. Todo aquele paleio social(ista) em contraste com uma vida sorna de nababo, desavergonhado. A presidência, realenga e ostentatória. Do bom e do melhor, à conta da "res publica", indigente.
A imensa vaidade e auto-estima de um merdas que se julga grande coisa e sempre foi um grandessíssimo filho da pátria que o pariu. Aldrabão, faccioso, abusador, vingativo, caluniador, patrono do compadrio e do amiguismo. Cacique-mor no seu pior
Quanto aos focinhos socialistas, mormente do merdas-filho e dos que sempre andaram à babugem do merdas-pai: foi de estourar de gozo...
Nesse mesma altura, em Lisboa, João Soares não foi à tomada de posse de Santana Lopes.
Se não me engano, há dez anos, em 96, Cavaco Silva não foi à tomada de posse de Jorge Sampaio.
Do ponto de vista humano, até entendo os faltosos. Mas é feio, contraria o tão apregoado espírito democrático da coisa, que deve sempre prevalecer.
Podem os faltosos alegar, nestas circunstâncias, eventuais ofensas recebidas em campanha. Mesmo assim, não me parece bem.
Pior mesmo, só o que fez Mário Soares na tomada de posse de Cavaco Silva.
Se não consegue engolir a vitória de Cavaco, faltava à posse. Mas não. Ele não resistiu a ser filmado pelas câmaras, a receber a luz dos holofotes, a apertar a mão a alguns amigos com quem mantem conversas muito interessantes. Só lá foi para massajar o ego, algo de que carece de forma doentia.
Ouvi comentadores considerarem os factos um episódio menor. Outro qualquer que fosse, que não Soares, armava-se um banzé na praça.
Reconheço o essencial papel de Soares nos anos quentes de 74, 75 e 76. Mas isso não pode conceder-lhe a impunidade. Atitudes como as de ontem fazem dele um miserável. Este episódio fez-me recordar um comentário de Arlindo do Rêgo, a 23 de Janeiro, no blogue do Funes:
O gostinho especial de ver o velho aleivoso derrotado e no 3º lugar. Atrás de um patetóide e poetastro, igualmente vaidoso e inútil.
O meu ódio de estimação, desde sempre: o merdas-pai. Todo aquele paleio social(ista) em contraste com uma vida sorna de nababo, desavergonhado. A presidência, realenga e ostentatória. Do bom e do melhor, à conta da "res publica", indigente.
A imensa vaidade e auto-estima de um merdas que se julga grande coisa e sempre foi um grandessíssimo filho da pátria que o pariu. Aldrabão, faccioso, abusador, vingativo, caluniador, patrono do compadrio e do amiguismo. Cacique-mor no seu pior
Quanto aos focinhos socialistas, mormente do merdas-filho e dos que sempre andaram à babugem do merdas-pai: foi de estourar de gozo...
8.3.06
Tomada de posse (RPS)
Podia ser uma coisa simples e rápida, mas o Poder precisa de longas cerimónias solenes como instrumento de legitimação.
A enxaqueca vai começar às nove da manhã. E vai durar o dia todo nas rádios e televisões.
E eu já me lembrei do Mário Henrique Leiria e deste...
Educação Cívica
Faz-se de tudo
o abano da anca
o olho sorridente
o rebolado
perante o presidente
da república
faz-se o bailado
e a pirueta
para agradar
e arejar o presidente
do conselho
lubricamente
mostra-se o joelho
aos ministros todos
lança-se
simpatia a rodos
aos generais
e aos marechais
também aos furriéis
se for preciso
afinal
o que é preciso
é ter juízo
faz-se de tudo
sempre a abanar
a anca
A enxaqueca vai começar às nove da manhã. E vai durar o dia todo nas rádios e televisões.
E eu já me lembrei do Mário Henrique Leiria e deste...
Educação Cívica
Faz-se de tudo
o abano da anca
o olho sorridente
o rebolado
perante o presidente
da república
faz-se o bailado
e a pirueta
para agradar
e arejar o presidente
do conselho
lubricamente
mostra-se o joelho
aos ministros todos
lança-se
simpatia a rodos
aos generais
e aos marechais
também aos furriéis
se for preciso
afinal
o que é preciso
é ter juízo
faz-se de tudo
sempre a abanar
a anca
7.3.06
Ciclóstomo (RPS)
Aceito que a maioria ache que a coisa não têm lá grande aspecto, embora eu as veja como bichos simpáticos. Muito mais que cães ou gatos. Mas, nesta outra versão, o caso muda de figura:
É um regalo para os olhinhos, mas tem de ficar mesmo pelos olhinhos. Ainda ontem à noite, o meu amigo Arlindo do Rêgo e eu próprio ficamos com água na boca.
Os olhos riem-se ao ler a palavra mágica na ementa, mas esbugalham-se quando encontram a coluna da direita, a dos números. Seis, sete, oito contos dos antigos por duas postazecas!
Ou resolvo o problema na casa materna, como acontece quase todos os anos, ou perco mesmo a cabeça. Ou as duas - é o que costuma acontecer, confesso, apesar do auto-domínio conseguido no jantar de segunda-feira. Quem quiser juntar-se a mim e ao Arlindo, um destes dias... é só avisar.
C'a ciclóstomo do caraças!
6.3.06
O estranho mundo dos gansos patolas (RPS)
Penso que foi por alturas do desastre ambiental do Prestige, na Galiza, que ouvi falar deles pela primeira vez. Volto agora a ouvir falar deles por causa da gripe das aves. Refiro-me aos gansos patolas. Acho piada à designação, embora não saiba ao certo que bicho seja. Nem sei o que os distinguirá dos banais gansos.
Fazer uma pesquisa de imagens no Google também não ajuda. Tanto nos aparece isto...
... como isto...
... que é substancialmente diferente...
Quanto à grafia, também verifico divergências na utilização do hífen.
Complexo este mundo dos gansos patolas...
Não haverá por aí alguém - um simples amante de aves, um ornitólogo, uma qualquer alma bióloga - que me esclareça?
E, já agora, se há gansos patolas, haverá patos gansolas?
Fazer uma pesquisa de imagens no Google também não ajuda. Tanto nos aparece isto...
... como isto...
... que é substancialmente diferente...
Quanto à grafia, também verifico divergências na utilização do hífen.
Complexo este mundo dos gansos patolas...
Não haverá por aí alguém - um simples amante de aves, um ornitólogo, uma qualquer alma bióloga - que me esclareça?
E, já agora, se há gansos patolas, haverá patos gansolas?
4.3.06
Sábado à tarde no mundo (RPS)
Não sei se foi do conforto do sofá ou do conforto do chá. Ou do conforto da roupa descuidada e quente. Ou se foi de ver a chuva a cair lá fora e de me sentir imune ao vendaval que tudo vergava. Foi, provavelmente, de tudo isso. A verdade é que me soube muito bem estar ali a ouvir o Grieg que me entrou em casa numas asas de pássaro.
Às vezes, a nossa casa é mesmo o melhor sítio do mundo.
E devia ser sempre sábado à tarde no mundo.
Às vezes, a nossa casa é mesmo o melhor sítio do mundo.
E devia ser sempre sábado à tarde no mundo.
2.3.06
Parabens a Norte
O FF não comemora como os outros.
Um ano de blogagem é assinalado primeiro no Porto no próximo Sábado, algures perto do Douro.
Em Lisboa, está ainda a ser ultimado.
Um ano de blogagem é assinalado primeiro no Porto no próximo Sábado, algures perto do Douro.
Em Lisboa, está ainda a ser ultimado.
Estado de choque (RPS)
Palhaçada (RPS)
Só vi os primeiros minutos do jogo da selecção do sr. Scolari frente à Arábia Saudita. Além daquilo me dizer pouco, tinha um excelente programa alternativo: jantar em excelente companhia.
Do jogo, portanto, não posso falar, mas posso falar do novo equipamento da FPF: horrível e sem qualquer sentido. O alternativo, preto, é lindíssimo, embora também não faça qualquer sentido.
Embora horrível, o equipamento dos últimos anos é o único que faz sentido: camisola vermelha, do tom da bandeira, e calção verde. E como alternativo só faz sentido a base em branco e os remates a vermelho e verde.
É só palhaçada. Na qual se inclui a camisola interior, preta, de gola alta do sr. Luís Figo.
Do jogo, portanto, não posso falar, mas posso falar do novo equipamento da FPF: horrível e sem qualquer sentido. O alternativo, preto, é lindíssimo, embora também não faça qualquer sentido.
Embora horrível, o equipamento dos últimos anos é o único que faz sentido: camisola vermelha, do tom da bandeira, e calção verde. E como alternativo só faz sentido a base em branco e os remates a vermelho e verde.
É só palhaçada. Na qual se inclui a camisola interior, preta, de gola alta do sr. Luís Figo.
1.3.06
Angústia (RPS)
Hesitei em 1990 e não fui a Alvalade.
Hesitei em 2004 e não fui a Coimbra.
Desta vez, não hesitei menos, mas praticamente decidiram por mim.
Tomarem decisões por mim é coisa que ou me irrita profundamente ou me agrada fortemente. Desta vez, foi bom ter atendido o telemóvel e ouvir:
- Estou na fila, não precisas de trazer cá dinheiro, vou-te comprar, vens connosco. Eles estão acabados e tu estás quase como eles, não terás outra hipótese de os ver.
Apesar da exorbitância (e os mais baratos já tinham voado...) deixei-me vencer. Que se lixe. Lá estarei a 12 de Agosto.
- A 12 DE AGOSTO, SÁBADO??? DEUS MEU!!!
E se calha, nesse fim de semana, a etapa da Senhora da Graça??? O ano passado foi no sábado, dia 13...
Vou ficar nesta angústia até que seja anunciado o percurso da Volta-2006.