31.10.06
Dúvida de gestão (RPS)
Quem faz auditorias às empresas de auditoria?
30.10.06
Integração (RPS)
Integração é uma das palavras-chave do nosso tempo. Uma das marcas deste tempo. Pelo menos, nas sociedades ocidentais mais desenvolvidas. Quase diariamente ouvimos intervenções chamando para a necessidade de integrar.
Trata-se de integrar aquelas pessoas ou grupos que possam estar, por variadíssimas razões, socialmente fragilizados, ou seja, as minorias, os de outras raças e etnias, os de outros credos, os de outras línguas e nacionalidades, os deficientes, os toxicodependentes, os condenados pela Justiça, os mais variados tipos de doentes crónicos. Estou plenamente de acordo com estes princípios de integração. Mesmo em relação à integração dos homossexuais, quando é certo que subsistem em mim alguns traços homofóbicos. Mas - sinais dos tempos - imponho-me uma nova atitude.
Nestes tempos de integração, contudo, um grupo existe excluído. Mais grave: o politicamente correcto, a cultura dominante promove a perseguição - até à exclusão - de um grupo. O grupo dos fumadores.
Uma sociedade que promove a integração de todos e persegue os fumadores é uma sociedade doente.
Trata-se de integrar aquelas pessoas ou grupos que possam estar, por variadíssimas razões, socialmente fragilizados, ou seja, as minorias, os de outras raças e etnias, os de outros credos, os de outras línguas e nacionalidades, os deficientes, os toxicodependentes, os condenados pela Justiça, os mais variados tipos de doentes crónicos. Estou plenamente de acordo com estes princípios de integração. Mesmo em relação à integração dos homossexuais, quando é certo que subsistem em mim alguns traços homofóbicos. Mas - sinais dos tempos - imponho-me uma nova atitude.
Nestes tempos de integração, contudo, um grupo existe excluído. Mais grave: o politicamente correcto, a cultura dominante promove a perseguição - até à exclusão - de um grupo. O grupo dos fumadores.
Uma sociedade que promove a integração de todos e persegue os fumadores é uma sociedade doente.
29.10.06
Clássico (RPS)
Antas, envolvente ao Estádio do Dragão, antes do Porto-Benfica. Centenas, milhares de pessoas de um lado para outro e o som permanente dos toques dos telemóveis. Frase mais ouvida:
- Tou?! Foda-se!... Onde é que tu 'tás, caralho?!
- Tou?! Foda-se!... Onde é que tu 'tás, caralho?!
26.10.06
Dúvida (RPS)
O Governo de José Sócrates (e Isabel Pires de Lima) decidiu acabar com a iniciativa lançada por um Governo de António Guterres (e Manuel Maria Carrilho) - a Capital Nacional da Cultura.
Será que a maralha se vai barricar no ministério?...
Será que a maralha se vai barricar no ministério?...
Mistérios da condição humana (RPS)
Eu e outro humano tínhamos ficado de jantar na segunda ou na terça, o que originou a seguinte troca de sms:
- Queres jantar na segunda ou na terça?
- Tanto faz. Escolhe tu.
- Terça.
- Oh... Não pode ser na segunda?
Não pago nada a quem adivinhar o sexo do meu interlocutor.
- Queres jantar na segunda ou na terça?
- Tanto faz. Escolhe tu.
- Terça.
- Oh... Não pode ser na segunda?
Não pago nada a quem adivinhar o sexo do meu interlocutor.
23.10.06
Do futebolês (RPS)
- O meio-campo bascula muito bem.
- Maniche bascula a equipa.
Bascular é um termo recente no futebolês. Tanto quanto me lembro, ouvi-o pela primeira vez a José Mourinho, nos tempos do FCP, referindo-se exactamente a Maniche.
Luís Freitas Lobo, comentador de futebol (dos raros que ainda vai acescentando algo ao que já sabemos) usa-o frequentemente e a palavra já soa mal - soa gasta, é já um lugar-comum.
Fruto da elevada exposição mediática e também da fraca qualidade da maioria dos seus actores, o mundo do futebol e o futebolês não só não ajudam muito ao enriquecimento da língua, como a corroem. Um termo novo depressa passa a lugar-comum. Uma palavra rica na boca de um "homem do futebol" sai desvalorizada. Isto torna ainda mais difícil o trabalho dos jornalistas que acompanham o futebol - é-lhes muito mais difícil do que a outros serem originais e agradavéis a quem os lê ou ouve.
Não sei se bascular é uma palavra correcta. Não fiz uma pesquisa exaustiva, mas, por exemplo, aqui é-nos dito que o termo não existe. Mas, aplicado ao futebol, nas circunstâncias acima exemplificadas, suponho perceber o seu sentido porque, como se sabe, báscula é um balança para grande pesos, algo que suporta cargas muito violentas. Um jogador que bascula a equipa não é mais do que um jogador de meio-campo que tem grande participação no trabalho defensivo da equipa e é o primeiro ou dos primeiros a lançar a equipa para o ataque, mantendo um papel activo nessas acções ofensivas.
A distinção entre médios-defensivos e médios-ofensivos é cada vez mais ténue. Como sabemos, o futebol moderno exige muito mais dos seus futebolistas. O trinco puro e duro, o médio que, à frente dos defesas, dava pau e roubava a bola aos adversários, entregando-a rapidamente aos colegas mais talentosos, não tem lugar nos relvados de hoje. Hoje, todos têm que dar pau e saber tratar bem a redondinha.
Um futebolista, quanto mais bascular, mais hipóteses tem de ser pretendido por uma equipa. São jogadores deste tipo que andam com a equipa às costas, para usar uma expressão mais abrangente. No futebolês mais arcaico o jogador que bascula era designado como o carregador de piano. A nova geração do futebolês já não usa este termo.
O termo bascular e muitos outros termos comuns (ou já lugares-comuns) do futebolês podem soar mal ao ouvido médio, mas, em rádio, nos relatos, ou nos jornais, nas crónicas dos jogos, fazem sentido para que se entendam alguns lances. Exemplo bem ilustrativo é o da expressão primeiro poste ou segundo poste. Centrar ou cabecear ao primeiro poste ou ao segundo poste é completamente diferente. Um ignorante sobre futebol questionará como se inicia a contagem dos postes. E, eventualmente, questionará qual é o terceiro poste e o quarto, já que são duas as balizas...
Outra expressão que intriga os ignorantes de futebol é centrar com o pé de dentro. Quem entende de futebol, sabe que o lance é diferente se o jogador que centra o faz com o pé do lado contrário àquele em que se encontra. E quem entende de futebol sabe, também, que uma trivela é sempre feita com o pé de dentro, mas é completamente diferente de centrar com o pé de dentro. Uma trivela é um centro feito com a parte de fora do pé de dentro.
Por causa de Ricardo Quaresma, fala-se hoje muito, no futebolês, de trivela, mas penso que o termo se deve a Ljubinko Drulovic (que saudades...). Não sei como, antes dele, se designava aquele tipo de centro ou de gesto técnico, para usar uma expressão do dialecto gabrialês, uma variante do futebolês criada pelo nefasto e nefando Gabriel Alves.
- Maniche bascula a equipa.
Bascular é um termo recente no futebolês. Tanto quanto me lembro, ouvi-o pela primeira vez a José Mourinho, nos tempos do FCP, referindo-se exactamente a Maniche.
Luís Freitas Lobo, comentador de futebol (dos raros que ainda vai acescentando algo ao que já sabemos) usa-o frequentemente e a palavra já soa mal - soa gasta, é já um lugar-comum.
Fruto da elevada exposição mediática e também da fraca qualidade da maioria dos seus actores, o mundo do futebol e o futebolês não só não ajudam muito ao enriquecimento da língua, como a corroem. Um termo novo depressa passa a lugar-comum. Uma palavra rica na boca de um "homem do futebol" sai desvalorizada. Isto torna ainda mais difícil o trabalho dos jornalistas que acompanham o futebol - é-lhes muito mais difícil do que a outros serem originais e agradavéis a quem os lê ou ouve.
Não sei se bascular é uma palavra correcta. Não fiz uma pesquisa exaustiva, mas, por exemplo, aqui é-nos dito que o termo não existe. Mas, aplicado ao futebol, nas circunstâncias acima exemplificadas, suponho perceber o seu sentido porque, como se sabe, báscula é um balança para grande pesos, algo que suporta cargas muito violentas. Um jogador que bascula a equipa não é mais do que um jogador de meio-campo que tem grande participação no trabalho defensivo da equipa e é o primeiro ou dos primeiros a lançar a equipa para o ataque, mantendo um papel activo nessas acções ofensivas.
A distinção entre médios-defensivos e médios-ofensivos é cada vez mais ténue. Como sabemos, o futebol moderno exige muito mais dos seus futebolistas. O trinco puro e duro, o médio que, à frente dos defesas, dava pau e roubava a bola aos adversários, entregando-a rapidamente aos colegas mais talentosos, não tem lugar nos relvados de hoje. Hoje, todos têm que dar pau e saber tratar bem a redondinha.
Um futebolista, quanto mais bascular, mais hipóteses tem de ser pretendido por uma equipa. São jogadores deste tipo que andam com a equipa às costas, para usar uma expressão mais abrangente. No futebolês mais arcaico o jogador que bascula era designado como o carregador de piano. A nova geração do futebolês já não usa este termo.
O termo bascular e muitos outros termos comuns (ou já lugares-comuns) do futebolês podem soar mal ao ouvido médio, mas, em rádio, nos relatos, ou nos jornais, nas crónicas dos jogos, fazem sentido para que se entendam alguns lances. Exemplo bem ilustrativo é o da expressão primeiro poste ou segundo poste. Centrar ou cabecear ao primeiro poste ou ao segundo poste é completamente diferente. Um ignorante sobre futebol questionará como se inicia a contagem dos postes. E, eventualmente, questionará qual é o terceiro poste e o quarto, já que são duas as balizas...
Outra expressão que intriga os ignorantes de futebol é centrar com o pé de dentro. Quem entende de futebol, sabe que o lance é diferente se o jogador que centra o faz com o pé do lado contrário àquele em que se encontra. E quem entende de futebol sabe, também, que uma trivela é sempre feita com o pé de dentro, mas é completamente diferente de centrar com o pé de dentro. Uma trivela é um centro feito com a parte de fora do pé de dentro.
Por causa de Ricardo Quaresma, fala-se hoje muito, no futebolês, de trivela, mas penso que o termo se deve a Ljubinko Drulovic (que saudades...). Não sei como, antes dele, se designava aquele tipo de centro ou de gesto técnico, para usar uma expressão do dialecto gabrialês, uma variante do futebolês criada pelo nefasto e nefando Gabriel Alves.
Budapeste (RPS)
Passam hoje 50 anos. Um bom pretexto para homenagear a memória das vítimas húngaras de 56 e de todas as vítimas do comunismo e do imperialismo soviético em particular.
Cromos (RPS)
Ando deliciado com o cromodoscromos.
20.10.06
Prémio Já estava à espera disto (MV)
Ficou sem a Liga, agora o Gil Vicente até pode ficar sem o caso: "Mateus interessa ao Belenenses"
Falta explicar... (RPS)
O sr. presidente da Câmara do Porto deve uma explicação à cidade: porque demorou três dias e meio a solicitar a intervenção da PSP para expulsar a escumalha do Rivoli? Ou solicitou a tempo e a PSP demorou a intervir? Então, explique-se a PSP.
18.10.06
Não há pachorra... (RPS)
Ainda faltam alguns meses - não há sequer data - para o famigerado referendo do aborto. Mas já não tenho pachorra para o assunto, para os debates nas tv's, nas rádios, nos blogues, em todo o lado, em todas as conversas... Não há pachorra...
17.10.06
Onde pára a polícia? (RPS)
Ontem à noite, eu (eu, cidadão do Porto, nascido em Miragaia, registado em Cedofeita, residente na Foz do Douro e, por sorte minha, com local de trabalho em Santo Ildefonso) precisei de ir ao Rivoli. Queria entrar naquele espaço público para consultar a programação. Fui impedido de o fazer. Fui impedido de entrar no Rivoli por um bando de infractores da lei. Eles dizem defender o Rivoli e estão, afinal, a roubar o Rivoli à cidade. Entetanto, têm projecção mediática e alguma Comunicação Social até os trata como "manifestantes" e não como "ocupantes".
Continuo sem entender porque razão não pede a Câmara do Porto ou a Culturporto a intervenção policial. É isso que qualquer "ocupado" faz, em defesa dos seus bens e interesses.
Continuo sem entender porque razão não pede a Câmara do Porto ou a Culturporto a intervenção policial. É isso que qualquer "ocupado" faz, em defesa dos seus bens e interesses.
Paranóias... (RPS)
Não sou dado a qualquer tipo de bricolage nem me fascina a vida rural. Mas tenho a paranóia, um desejo nunca satisfeito, de conduzir (manobrar?...) veículos e máquinas como tractores, rectro-escavadoras, empilhadoras e similares.
16.10.06
Obrigado, Jorge Costa! (RPS)
Já era sabido, mas assistir ao anúncio formal da retirada de Jorge Costa foi um momento de emoção para todos os portistas. Todos estamos gratos ao "Bicho" e desejamos que o seu exemplo possa ser seguido por outros que lá estão e estarão no futuro.
Entretanto, atento no curriculum dele:
8 Campeonatos
5 Taças de Portugal
8 Supertaças
1 Champions
1 Taça UEFA
1 Taça Intercontinental
... tudo conseguido em Portugal, no FCP. Na selecção, deve ter uns 40-50 jogos e foi Campeão do Mundo de Juniores, em 91. Pelo meio, desfez por duas vezes o mesmo joelho e duas vezes recuperou em pleno.
Não deve haver muitos futebolistas portugueses com um curriculum deste tipo conseguido em Portugal. Talvez só João Pinto e Vítor Baía, ambos do FCP, e meia dúzia de futebolistas do Benfica, nos anos 60.
Contudo, a generalidade da imprensa lisboeta nunca valorizou este facto. Ao longo destes anos todos, enalteceu mais vezes o Paulo Madeira. É uma corja de bandidos.
Obrigado, Jorge Costa!
O sr. presidente está a dormir?... (RPS)
Acordo e ouço que o Teatro Rivoli está ocupado há 12 horas.
Se ocuparem a minha casa, chamo a polícia. Esta intervém e se os ocupanates quiserem saem a bem. Se não quiserem, saem a mal. Se preciso for, legitimada pela Lei e pelo bom senso, haverá recurso a violência física e, eventualmente, ocorrerão mortes. Que seja, apenas, entre os criminosos.
O Teatro Rivoli tem um proprietário - a Câmara do Porto. Porque passaram 12 horas sem que a Câmara do Porto chame a polícia para intervir?
O sr. presidente da Câmara do Porto está a dormir. Não está a defender os interesses da cidade e do povo que o elegeu.
Se ocuparem a minha casa, chamo a polícia. Esta intervém e se os ocupanates quiserem saem a bem. Se não quiserem, saem a mal. Se preciso for, legitimada pela Lei e pelo bom senso, haverá recurso a violência física e, eventualmente, ocorrerão mortes. Que seja, apenas, entre os criminosos.
O Teatro Rivoli tem um proprietário - a Câmara do Porto. Porque passaram 12 horas sem que a Câmara do Porto chame a polícia para intervir?
O sr. presidente da Câmara do Porto está a dormir. Não está a defender os interesses da cidade e do povo que o elegeu.
15.10.06
Praxes (RPS)
À conversa, ao telemóvel, esta semana, com um pessoa amiga...
(...)
- Desculpa, mas não ouvi a tua chamada...
- OK, tudo bem...
- Estava no supermercado... A minha irmã cravou-me para lhe comprar tomates maduros...
- Tomates maduros?...
- Pois, vê lá tu!... Diz que não sabe comprar tomates maduros...
- Tudo bem, que não saiba... Mas tomates maduros para quê?...
- Precisa para amanhã, para a praxe... Vão atirar tomates e ovos uns aos outros...
(...)
Atirar tomates maduros e ovos a terceiros, tentando escapar das investidas adversárias, até pode ser, do meu ponto de vista, um exercício com algum interesse. Só não percebo como pode enquadrar-se num ritual de praxe académica.
Não percebo a importância desta prática para a promoção da integração de jovens estudantes em instituições universitárias. Desta prática e de outras, como, por exemplo, obrigar um jovem aluno a andar de quatro, simulando que urina como um canídeo, ou colocar uma jovem aluna deitada numa carteira a simular orgasmos. Ou por ambos a simular uma cópula.
No meu tempo, escapei a esta decadência, também com a ajuda do facto destas práticas não obterem, por onde andei, grande adesão. Felizmente. A palhaçada, contudo, não tinha, de um modo geral, a dimensão que tem hoje.
Sinto que se hoje tivesse 18 ou 20 anos e entrasse numa universidade, acabava o primeiro dia numa esquadra da PSP. Ou num hospital. Mas, garanto-vos: não iria sozinho.
(...)
- Desculpa, mas não ouvi a tua chamada...
- OK, tudo bem...
- Estava no supermercado... A minha irmã cravou-me para lhe comprar tomates maduros...
- Tomates maduros?...
- Pois, vê lá tu!... Diz que não sabe comprar tomates maduros...
- Tudo bem, que não saiba... Mas tomates maduros para quê?...
- Precisa para amanhã, para a praxe... Vão atirar tomates e ovos uns aos outros...
(...)
Atirar tomates maduros e ovos a terceiros, tentando escapar das investidas adversárias, até pode ser, do meu ponto de vista, um exercício com algum interesse. Só não percebo como pode enquadrar-se num ritual de praxe académica.
Não percebo a importância desta prática para a promoção da integração de jovens estudantes em instituições universitárias. Desta prática e de outras, como, por exemplo, obrigar um jovem aluno a andar de quatro, simulando que urina como um canídeo, ou colocar uma jovem aluna deitada numa carteira a simular orgasmos. Ou por ambos a simular uma cópula.
No meu tempo, escapei a esta decadência, também com a ajuda do facto destas práticas não obterem, por onde andei, grande adesão. Felizmente. A palhaçada, contudo, não tinha, de um modo geral, a dimensão que tem hoje.
Sinto que se hoje tivesse 18 ou 20 anos e entrasse numa universidade, acabava o primeiro dia numa esquadra da PSP. Ou num hospital. Mas, garanto-vos: não iria sozinho.
13.10.06
Guimarães (RPS)
Podem muitos, como Funes em recente conversa comigo, desvalorizar, mas uma candidatura de uma cidade a Capital Europeia da Cultura é sempre importante. Principalmente, para uma cidade pequena e periférica. Uma candidatura deste tipo mexe, mobiliza, une vontades e esforços, obriga a pensar e a fazer.
Agora, só espero que Guimarães seja mesmo distinguida. É que eu gosto muito - muito mesmo - de Guimarães.
E, confesso, também gostei de ver a muito detestável Braga e a eternamente detestável Coimbra estrebucharem por serem preteridas.
10.10.06
Catalunha-País Basco (RPS)
Terminou empatado a dois golos, ontem, o primeiro jogo entre as duas selecções que reclamam o direito de serem tratadas como tal e de, como tal, participarem nas provas em que todas as outras selecções participam.
É habitual classificar acontecimentos banais como "históricos", mas este foi-o, sem margem para dúvidas.
Espero que tenha sido apenas o primeiro de muitos jogos das duas selecções.
E espero que os galegos trilhem, também, o mesmo caminho.
Depois, outros poderão seguir-se.
É habitual classificar acontecimentos banais como "históricos", mas este foi-o, sem margem para dúvidas.
Espero que tenha sido apenas o primeiro de muitos jogos das duas selecções.
E espero que os galegos trilhem, também, o mesmo caminho.
Depois, outros poderão seguir-se.
Vinho (RPS)
A cena repete-se a cada repasto...
Arlindo do Rêgo - Oh pá, escolhe tu o vinho...
Eu - Não, pá... Escolhe tu...
Arlindo do Rêgo - Não, és tu...
Eu - Não queres escolher tu?...
Arlindo do Rêgo - Não, não, não... Escolhes tu...
Cedo. Questiono os pratos escolhidos. Avalio a disposição de cada um. Consulto a carta. Reflicto. Pondero. Decido. Anuncio: marca X.
De imediato, intervem Arlindo do Rêgo:
- X? Não achas melhor o Y?...
Irra! Por que me manda ele escolher o vinho se, no final, é sempre ele que escolhe?!
Ontem, não escolhi mesmo. Fê-lo zekezcarvalho: Quinta do Cardo, branco.
Arlindo do Rêgo prefere tintos, mas, estranhamente, não contestou.
Só a mim...
Arlindo do Rêgo - Oh pá, escolhe tu o vinho...
Eu - Não, pá... Escolhe tu...
Arlindo do Rêgo - Não, és tu...
Eu - Não queres escolher tu?...
Arlindo do Rêgo - Não, não, não... Escolhes tu...
Cedo. Questiono os pratos escolhidos. Avalio a disposição de cada um. Consulto a carta. Reflicto. Pondero. Decido. Anuncio: marca X.
De imediato, intervem Arlindo do Rêgo:
- X? Não achas melhor o Y?...
Irra! Por que me manda ele escolher o vinho se, no final, é sempre ele que escolhe?!
Ontem, não escolhi mesmo. Fê-lo zekezcarvalho: Quinta do Cardo, branco.
Arlindo do Rêgo prefere tintos, mas, estranhamente, não contestou.
Só a mim...
9.10.06
Irritações (RPS)
Já não me lembrava que existia. Julgava, até, que teria morrido.
Ouvi-a hoje, numa rádio credível, a papaguear qualquer coisa.
Que figurinha pública mais insuportável...
6.10.06
Expectativas goradas (RPS)
Durante anos, cobicei-o nas livrarias. Cheguei a indicá-lo em listas natalícias familiares. Nunca o recebi. Também nunca o comprei. Sete, oito contos - ficava sempre para a próxima.
Inocentemente, há cerca de um ano, comentei o facto com alma amiga. E, pelos vistos, alma também caridosa e endinheirada: recebi-o no último Natal.
Estou a lê-lo há meses, mas tem-se revelado uma seca. Vou acabá-lo, contudo.
Nas leituras, como em tudo na vida, a expectativa da coisa é, muitas vezes, melhor do que a coisa propriamente dita.
3.10.06
O pior de Lisboa (RPS)
O pior de Lisboa pode sentir-se, por exemplo, ao jantar, num restaurante relativamente conhecido, frequentado por "gente da bola", com a TV a transmitir um jogo em que o FCP perde.
Não seria preciso ouvir os comentários - o ódio salta-lhes dos olhos.
Não suportam os nossos êxitos.
Não seria preciso ouvir os comentários - o ódio salta-lhes dos olhos.
Não suportam os nossos êxitos.