Fado Falado

A porrada será a mesma chave para descruzar as "piernas en huelga" ?

Ah, os prazeres dos plumitivos, Ritter, Leopold von Sacher-Masoch e Marquis, François Donatien Alphonse de Sade !...
 

Quer-me parecer que as mulheres de Pereira não ponderaram a possibilidade de os seus violentos maridos recorrerem ao outsourcing, pra suprirem a falta de mão de obra caseira.
 

Ora, umas tapinhas na bunda apimentam a relação...

Ora..."sua malandreca, portou-se mal, vai ter de levar tau-tau !..."
 

Deixemo-nos de "erotismos" tótós, que a coisa é séria. Se os tais forem violentos mesmo, até lhes "amolgam" as pernas. Odeio violência e, por isso, perdoem-me, não gostei muito da brejeirice dos comentários anteriores. A insuficiência de "encaixe" é minha, bem sei.
 

Creio que anamargem tem razao! E temo bem que essa medida nao valha de muito, as mulheres pagarao de uma maneira ou de outra. Provavelmente aumentarao as violacoes e aumentara também a violencia sobre criancas. É que a violencia nao para assim sem mais nem menos, é uma doença que deve ser tratada como tal. Seja como for, as vitimas sao sempre os mais fracos, mulheres, criancas, idosos e também os animais.
bjicos
 

"Entre homem e mulher não metas a colher"

PANCADA na mulher


Sebastião come tudo, tudo, tudo,

Sebastião come tudo sem colher,

Sebastião fica todo barrigudo,

E depois dá pancada na mulher.


Canção divulgada em feiras, romarias e jardins públicos pelos “Robertos” (nome dado popularmente aos fantoches) era trauteada em amena aceitação jocosa de uma realidade social tida como statu quo nas relações entre homens/maridos e respectivas mulheres.

“Dar pancada na mulher” era um verdadeiro alívio de tensão, tido como “normal” e esperado. Qualquer mal-estar inflingido ao homem – o patrão apertava, a jorna não vinha, a equipa de futebol perdia, o árbitro “roubava” - acarretava três consequências – barulhenta confraternização prolongada na tasca, consequente vinho a mais e... “porrada na mulher".

"O vinho", protagonista habitual de Domingo - particularmente ao Domingo - o vinho era a mais - “Era o vinho, meu Deus, era o vinho…” Outra canção popular, cujo leitmotiv, identifica a razão q.b. e consensual para justificar os habituais desacatos domésticos, frequentemente transbordando para rixas entre vizinhos e apelos “Ó da guarda!”, que não vinha, até porque era Domingo e o “mau vinho” não era causa suficiente para intervenção das "forças da ordem".

Bem se poderiam alternar os 3 “f’s”: Fátima, Futebol e Fado com os 3 “v’s”: Vinho, Violência e Vexame.

A violência doméstica era aceite e formulada como tabu social: “entre marido e mulher não metas a colher”, continha, entre outros sinais de código de comportamento social, a norma de não intervir, por muito que berros, desaforos, destemperos, palavrões, ameaças e gritos transbordassem do seio familiar para a rua.

Por muito que toda a vizinhança ouvisse e o soubesse, os maus tratos a mulheres e filhos eram considerados prerrogativa do homem, como tal exercida e aceite – uma espécie de inevitável “vingança” da vida, concedida ao homem e, como tal, um mal necessário da condição de mulher (e, não raro, de criança).

A mulher, “coitada”, vítima de "enganos", maus tratos, infidelidades, força inerte e não exercida em “maus” casamentos, operava com frequência alterações comportamentais e/ou de personalidade nada edificantes. Quer assumisse o perfil de vítima de modo activo, quer passivo, legava simultaneamente esse mesmo modelo de mulher aos filhos (rapazes e raparigas) que contribuía para a eternização dos respectivos papéis sociais e sucessivos mal-estares individuais.

Da herança do inconsciente colectivo deste papel da mulher nasciam, decerto, os inúmeros casamentos condenados (quase) desde a nascença.

Se “casar” era a inevitabilidade da condição de dependência económica da mulher, esse determinismo não representava, necessariamente, o (des)enlace natural que obedece a inclinações afectivas, desejos pessoais ou projectos de vida livremente sonhados, desenhados e assumidos.

Entre os riscos da indigência, de “cair na vida” (entenda-se prostituição), na “sopa dos pobres” (entenda-se caridade institucional), ou de “ficar para tia” (entenda-se solteira) e, na condescedência muitas vezes mal disfarçada, ou mesmo agreste e hostil, de familiares, para quem essa "contingência" representava uma sobrecarga mal-vinda na magreza da economia familiar, “casar” era a alternativa "atinada", a voz do senso comum, ainda que fosse uma aposta no infinitamente desconhecido.

Do infinitamente desconhecido homem, que calhava na rifa a cada uma, “levar porrada” era, decerto, a parte menos ignorada e menos sujeita a sanção social de reprovação. Afinal, “os homens são assim”... Ou eram. São ainda?... [...]
 

o leal conselheiro deve ser um gajo porreiro
Que texto edificante

Aposto que o reubou nalgum blogue de gaja para fazer figuraça perante o gajedo comentador

Que grande sacana me saiu o gajo! *





* ...só que o gajo sou eu...
 

E eu sou os outros 2 anteriores
 

A ideia até parece boa. Veja-se o caso histórico das Mulheres de Atenas, que o Chico Buarque imortalizou em canção.
Mas a minha dúvida é simples e não tem implícita qualquer ponta de ironia: independentemente do resultado no que respeita à chamada violência "tradicional" (a agressão não-sexual), para além disso, com esta atitude não aumentará também o número de violações?
 

coitadas...só ao fim de 3 dias é q vão começar a ver.............entretanto nem conseguem abrir os olhos de hematomas.................opsss

jocas maradas sem violencia