11.10.05
Trânsito em Julgado
Pouco me espantou a noite eleitoral.
Talvez a vitória de Moita Flores em Santarém, a derrota dupla de Ferreira Torres, a mudança em Aveiro e, para efeitos histórico-familiares, a chegada do PS ao poder autárquico em Porto de Mós.
Trinta anos depois do 25 de Abril, o estado ético a que Portugal chegou é de tal forma comatoso que só uma coisa me ocorre:
Percebo bem agora por que raio demorámos 48 anos a remover os fascistas do poder. Somos assim, moles, conformados, subservientes. Dantes ao isolacionismo, hoje ao globalismo.
Quando uma pessoa repete a si próprio 20 vezes ao mês, durante anos, que "a Democracia está doente", e nada acontece, mais vale começar a pensar em emigrar. O sistema partidário está totalmente falido. Se antes os valorosos fugiam dos aparelhos, hoje são os inqualificáveis que batem com a porta. A diferença está no estrondo.
Começa a ser banal falar mal de Portugal.
Como não? Um povo que elege um suspeito de ser criminoso (nalguns casos com acusação lavrada por um juiz de direito) merece algum respeito ? Aqui em casa a memória trouxe-nos um cartaz de campanha na Bahia que no ano passado dizia "Roubo mas cumpro"...
Custa-me muito dizer isto, mas quando um país não tem instituições credíveis e referências sociais sólidas, é impossível concordar que o povo tem sempre razão.
Portugal descambou.
Transitou em julgado.
Ou ainda é passível de recurso ?
Talvez a vitória de Moita Flores em Santarém, a derrota dupla de Ferreira Torres, a mudança em Aveiro e, para efeitos histórico-familiares, a chegada do PS ao poder autárquico em Porto de Mós.
Trinta anos depois do 25 de Abril, o estado ético a que Portugal chegou é de tal forma comatoso que só uma coisa me ocorre:
Percebo bem agora por que raio demorámos 48 anos a remover os fascistas do poder. Somos assim, moles, conformados, subservientes. Dantes ao isolacionismo, hoje ao globalismo.
Quando uma pessoa repete a si próprio 20 vezes ao mês, durante anos, que "a Democracia está doente", e nada acontece, mais vale começar a pensar em emigrar. O sistema partidário está totalmente falido. Se antes os valorosos fugiam dos aparelhos, hoje são os inqualificáveis que batem com a porta. A diferença está no estrondo.
Começa a ser banal falar mal de Portugal.
Como não? Um povo que elege um suspeito de ser criminoso (nalguns casos com acusação lavrada por um juiz de direito) merece algum respeito ? Aqui em casa a memória trouxe-nos um cartaz de campanha na Bahia que no ano passado dizia "Roubo mas cumpro"...
Custa-me muito dizer isto, mas quando um país não tem instituições credíveis e referências sociais sólidas, é impossível concordar que o povo tem sempre razão.
Portugal descambou.
Transitou em julgado.
Ou ainda é passível de recurso ?
Comments:
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Cada vez mais penso que as pessoas gostam de ser enganadas... caso contrário, não tratavam alguns dos independentes eleitos como salvadores da pátria!
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