4.11.07
Um raro post sobre matérias educativas (RPS)
Confesso: as questões da Educação passam-me bastante ao lado. Não tenho qualquer ligação ou interesse no sistema e devo confessar que, mesmo enquanto cidadão curioso em muitas áreas às quais não tenho ligação nem tenho interesses, a área da Educação passa-me ao lado. Estatuto da Carreira Docente, área-escola, aulas de substituição, curricula, contratações de professores e similares causam-me fastio.
A impressão que tenho da nossa ministra Maria de Lurdes é a de que propõe uma mistura de disparates e medidas correctas, sempre num tom acintoso para com um dos grupos essenciais do sistema: o dos professores. Não me parece justo, apesar da corporação docente ter muito que se lhe apontar.
Vem este palavreado a propósito do muito que ouvi recentemente sobre o Estatuto do Aluno. E, a propósito do muito que ouvi e do pouco li e do pouquíssimo que sei, devo dizer que "a minha escola" não é aquela em que não há faltas. Entendo, contudo, que, na lógica do sistema vigente, tem toda a lógica que não haja faltas.
A partir do momento em que a escola é para todos e há uma escolaridade mínima obrigatória, o sistema obriga-se a acolher todos e cada um. E todos e cada um têm que chegar ao fim da linha - o 9º ano, salvo erro.
Ora, se o adolescente de 13 anos que está no 8º ano e chumba uma, duas, três vezes, sendo corrido do sistema, regista-se uma falha do sistema. Passar o aluno de ano e dar-lhe o diploma do 9º é aquilo a que o sistema está obrigado. Parece-me, assim, natural, que o sistema se defenda para não falhar e, para isso, é necessário que até ao 9º ano funcione como uma balda.
Faz todo o sentido que não haja faltas. O que não faz sentido é a massificação do ensino e a escolaridade mínima obrigatória. Como costuma dizer o meu amigo Funes, o culpado disto tudo é Marcelo Caetano que decidiu democratizar o ensino.
A impressão que tenho da nossa ministra Maria de Lurdes é a de que propõe uma mistura de disparates e medidas correctas, sempre num tom acintoso para com um dos grupos essenciais do sistema: o dos professores. Não me parece justo, apesar da corporação docente ter muito que se lhe apontar.
Vem este palavreado a propósito do muito que ouvi recentemente sobre o Estatuto do Aluno. E, a propósito do muito que ouvi e do pouco li e do pouquíssimo que sei, devo dizer que "a minha escola" não é aquela em que não há faltas. Entendo, contudo, que, na lógica do sistema vigente, tem toda a lógica que não haja faltas.
A partir do momento em que a escola é para todos e há uma escolaridade mínima obrigatória, o sistema obriga-se a acolher todos e cada um. E todos e cada um têm que chegar ao fim da linha - o 9º ano, salvo erro.
Ora, se o adolescente de 13 anos que está no 8º ano e chumba uma, duas, três vezes, sendo corrido do sistema, regista-se uma falha do sistema. Passar o aluno de ano e dar-lhe o diploma do 9º é aquilo a que o sistema está obrigado. Parece-me, assim, natural, que o sistema se defenda para não falhar e, para isso, é necessário que até ao 9º ano funcione como uma balda.
Faz todo o sentido que não haja faltas. O que não faz sentido é a massificação do ensino e a escolaridade mínima obrigatória. Como costuma dizer o meu amigo Funes, o culpado disto tudo é Marcelo Caetano que decidiu democratizar o ensino.
Comments:
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100% de acordo com as duas orações finais deste post.
O resto está no Vasco Pulido Valente de hoje no Público.
Ou seria de ontem?
O resto está no Vasco Pulido Valente de hoje no Público.
Ou seria de ontem?
Tem graça, nunca tinha visto por esse ponto de vista... mas tem lógica!!! Obrigada pela chamada de atenção, you opened my mind to a different perspective!!!
Boa semana!
Boa semana!
não é que tens razão?
não é que na verdade o sistema não funciona ....não é que gostei de ler.te........
jocas maradas sem faltas
não é que na verdade o sistema não funciona ....não é que gostei de ler.te........
jocas maradas sem faltas
E preparem-se... mt em breve a balda deverá chegar até ao 12º ano, ou não fosse para ser essa a escolaridade mínima dentro de bem pouco tempo!!
A escolaridade obrigatória é, neste momento, até ao 9º ano ou até que o aluno complete os 15 anos de idade. Assim, o sistema não é, como defende RPS "obrigado" a nada, muito menos a "oferecer" o certificado do 9º ano a toda a gente.
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