28.11.07

 

Arlindo do Rêgo e o aeroporto, por sms (RPS)

Vendedores ambulantes da Costa da Caparica barricam-se na sede da CCDR e falam aos média pelo postigo do correio. Prevejo um gag dos Gato Fedorento e afins. É muito engraçado. Mais que o engenheiro Pompeu dos Santos.

Vou fazer um estudo sobre "Portela+Portela", usando terrenos onde estão prédios para ampliar o aeroporto. Realoja-se o povo, por razões de segurança, no Montijo. Ou em Alcochete.

27.11.07

 

Assim se vê a força de nem sei o quê (RPS)

Uma tal Luísa Mesquita foi expulsa do PCP e está indignada.
Não me lembro de a ter ouvido quando outros, antes dela, foram expulsos.
Não vi nenhum jornalista questioná-la sobre isso.

 

The Velvet Underground (RPS)


26.11.07

 

Coisas que se ouvem no urinol do lado às quatro da manhã (RPS)



A música acabou com o Bowie. Depois dele, não há nada.
(desconhecido)

24.11.07

 

Do futsal (RPS)

A SIC "generalista" apostou, este ano, na transmissão de jogos do campeonato de futsal. É uma aposta como qualquer outra, para mais tratando-se de uma empresa em dificuldades: em perda de audiências, definhando em todas as frentes, num tempo economicamente depressivo e num meio - o da comunicação social, o da difusão de conteúdos, informativos e de entretenimento - a viver mudanças profundas, com as empresas e os investidores em busca de novos caminhos que lhes assegurem a sobrevivência.

A SIC investiu no futsal como se investe num talk-show, no wrestling, numa novela. No final, se o negócio não der prejuízo, já terá sido uma boa aposta.
Como num talk-show, no wrestling, numa novela, o canal lá vai promovendo o seu produto e, quer nos "promos" dos eventos quer nas transmissões, procura passar do futsal uma ideia de emoção que não existe e um registo de dignidade e de importância que aquela modalidade desportiva obviamente não tem. Nada de novo.

Estas transmissões e o trabalho de promoção da modalidade assumiram, contudo, uma outra função que poderemos definir como "social". É que duas grandes instituições desportivas do país - Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal - participam na competição. Participando nela e não tendo o FC do Porto a modalidade de futsal, as suas hipóteses de vitória são maiores e, assim, largos milhões de portugueses "desportivamente deprimidos" fazem, de algum modo, as pazes com o desporto, com o país, com a própria vida. Acresce que, face à ausência do FC Porto, têm como certa, também, a ausência de qualquer tipo de corrupção a manchar a competição.
O futsal é, assim, para muitos, uma modalidade emociante, em que Benfica e Sporting medem forças com outras instituições, em duelos inebriantes. Não estou certo do nome de nenhuma das outras equipas, mas é qualquer coisa à volta de Atlético de Fernão Ferro, Mexilhoeira, Fundação Carlos Neves e Barbosa&Ramos Lda. Todos nomes sonantes do desporto mundial, portanto.

Ontem, à hora de jantar, a caminho de casa, ouvi, num noticário radiofónico às 20 horas, reportagem em directo sobre um Portugal-Espanha, a contar para o Campeonato da Europa da modalidade. Diz, a dado trecho, o repórter: "espera-se que Portugal, no final da partida, leve daqui, do Multiusos de Gondomar, rabo e orelhas!".
Já em casa, num "zapping", deparei, com a transmissão da peleja, na SIC "generalista". Em poucos segundos, Portugal marcou, fazendo 1-0. O locutor não se limitou a gritar "golo" - entrou num verdadeiro descontrolo. E, para remate daquele momento único de emoção, diz-nos: "fomos os heróis do mar, somos os heróis do mundo!".

Hoje, sábado, de manhã, verifiquei que "fomos" eliminados por Espanha.
Já tenho o fim-de-semana estragado.

22.11.07

 

Lembro-me sempre disto... (RPS)

...
... a propósito de licenciaturas, mestrados, pós-graduações e similares.

Em Agosto, no acto da formatura de Carlos, houve uma alegre festa em Cellas. Affonso viera de Santa Olavia, Villaça de Lisboa; toda a tarde no quintal, d'entre as acacias e as bella-sombras, subiram ao ar mólhos de foguetes; e João da Ega, que levára o seu ultimo R no seu ultimo anno, não descansou, em mangas de camisa, pendurando lanternas venezianas pelos ramos, no trapesio e em roda do poço, para a illuminacão da noite. Ao jantar, a que assistiam lentes, Villaça, enfiado e tremulo, fez um speech; ia citar o nosso immortal Castilho quando sob as janellas rompeu, a grande ruido de tambor e pratos, o Hymno Academico. Era uma serenata. — Ega, vermelho, de batina desabotoada, a luneta para traz das costas, correu á sacada, a perorar:

— Ahi temos o nosso Maia, Carolus Eduardus ab Maia, começando a sua gloriosa carreira, preparado para salvar a humanidade enferma — ou acabar de a matar, segundo as circumstancias! A que parte remota d'estes reinos não chegou já a fama do seu genio, do seu dog-cart, do sebaceo accessit que lhe ennodôa o passado, e d'este vinho do Porto, contemporaneo dos heroes de 20, que eu, homem de revolução e homem de carraspana, eu, João da Ega, Johanes ab Ega...

O grupo escuro em baixo desatou aos vivas. A philarmonica, outros estudantes, invadiram os Paços. Até tarde, sob as arvores do quintal, na sala atulhada de pilhas de pratos, os criados correram com salvas de dôce, não cessou d'estalar o champagne. E Villaça, limpando a testa, o pescoço, abafado de calor, ia dizendo a um, a outro, a si mesmo tambem:

— Grande coisa, ter um curso!

21.11.07

 

Disfunção? (RPS)

Liguei a TV quando estava a começar o Portugal-Finlândia.
Tentei arrepiar-me ao ouvir o hino nacional, mas não consegui.
Serei disfuncional?
Será que não aguento a pressão causada pelos locutores, que descrevem sempre este momento como "arrepiante"?
Deverei consultar um médico?

 

É só fazer as contas (RPS)

O barril está a chegar aos 100 dólares.
Ora, um barril leva 159 litros de petróleo em bruto.
O produto em bruto custa, portanto, 0,63 dólares por litro.
Vendo bem, a gasolina nem está cara.

20.11.07

 

A verdadeira lógica da batata (RPS)

- Vi na lista... Atum... Atum...
- ... à lavrador.
- Sim... Ou à pescador...
- À lavrador.
- Como é isso?...
- É atum de lata, com batata cozida e molho verde.
- Ah... E porque se chama à lavrador?
- Ora! É porque é com batata cozida!
- Traga-me uma tosta mista, faxabor.

18.11.07

 

Da blogosfera (RPS)

Já não há pachorra para ler os comments nos posts do Funes.

16.11.07

 

A câmara na baliza e uma certeza para o futebol do futuro (RPS)

Não costumo ver o "Prós e Contras". Não suporto a apresentadora e não suporto o modelo do programa. Programa "de Informação" com público ao vivo e aplausos? Não, informação dessa não consumo.
Pelo facto de não ver o programa, não quer dizer que não espreite, enquanto "zappo". Assim aconteceu na última segunda-feira, em que se discutia a introdução, no futebol, de meios tecnológicos para ajudar ao julgamento de lances.

Apanhei um senhor a falar a partir da plateia - tanto quanto percebi, um realizador de televisão - a lamentar, muito pesarosamente, que a UEFA tenha deixado de permitir a colocação de micro-câmaras nas redes das balizas. Alguns convidados também se mostraram contristados com o facto.
Atenção: neste caso, não se trata de micro-câmaras para julgar lances, mas sim para reproduzir, na televisão, imagens da bola a entrar na rede.
Alguém se lembra das repetições dos golos com a imagem da micro-câmara na baliza?
Os que se lembram, lembram-se de ter visto imagem mais estúpida para rever um golo?
Pois essas câmaras são um disparate e eu lembro também de quanto essas repetições irritavam o meu amigo Zekez. Ninguém disso isso no "Prós e Contras" e eu lá prossegui o meu "zapping".

Sobre a introdução de meios tecnológicos no futebol para julgar lances, convém dizer, entretanto, que se trata de uma cretinice.
Na verdade, as máquinas nada decidem. Os meios tecnológicos são feitos por humanos, instalados por humanos, manobrados por humanos e o acto de tomar uma decisão depois de analisar uma imagem caberá sempre a um humano.
E, assim, com a introdução de meios tecnológicos, nada mudará no futebol do futuro. Por exemplo, os meus amigos Zekez, Manel, pc, jpf e muitos outros amantes do futebol continuarão a sublimar frustrações desportivas berrando - e convencendo-se - que o FC Porto só ganha graças à corrupção. Neste caso, por comprar as máquinas ou quem as manuseia.
Já eu, lúcido, racional e sensato, continuarei certo de que todos roubam o FC Porto quanto podem.

14.11.07

 

FNAC Popular (RPS)

O meu amigo Arlindo do Rêgo acha que os empregados da FNAC estão cada vez mais iguais aos empregados da Rádio Popular.
Outra pessoa amiga diz-me concordar com a tese, mas acrescenta, com conhecimento de causa, que os clientes da FNAC também estão cada vez mais iguais aos clientes da Rádio Popular.
Eu não tenho opinião porque nunca frequentei muito.

13.11.07

 

Em cheio (RPS)

Apesar do post anterior, o que melhor li na imprensa do fim-de-semana foram duas crónicas de Vasco Pulido Valente - na sexta-feira e no sábado. De uma delas, cito, de memória, um pequeno trecho:

"(...) a moderna mania da classe média ocidental de que percebe de vinhos (...)"

Quem nunca verificou a veracidade da afirmação?

12.11.07

 

Uma história sobre a sra. Thatcher (RPS)

É o embaixador José Cutileiro que conta o episódio, no Expresso de sábado:

Era a senhora Thatcher primeira-ministra britânica, a Comunidade Europeia fez uma declaração condenando a xenofobia.(...)
Antes da senhora assinar, foi preciso explicar-lhe o que queria dizer xenofobia porque, embora Margater Thatcher se tivesse formado em Oxford, só lá tinha estudado química e de grego sabia pouco.
"Odiar estrangeiros?", perguntou, depois de esclarecida. "Que mal é que tem?".

10.11.07

 

Eu queria morar na Galeria de Paris, aos Clérigos (RPS)


 

Estamos sempre a aprender (RPS)

Ota e TGV à parte, a próxima grande obra pública do país é o túnel do Marão, na A4.

8.11.07

 

Série "Sex-symbols da minha adolescência" - Nastassja Kinski (RPS)





6.11.07

 

Diz que é a blogger mais velha do mundo (RPS)


aqui

 

Do génio de Funes (RPS)

"Imagine que tenho um colega que, já meio etilizado, me confessou que o excita o sexo convencional. Ainda por cima, com a própria mulher com quem se casou. Eu - que até me considero um tipo de espírito aberto - fiquei chocado".
(num comment, algures por aí)

4.11.07

 

Há coisas que não lembram ao diabo (RPS)


 

Um raro post sobre matérias educativas (RPS)

Confesso: as questões da Educação passam-me bastante ao lado. Não tenho qualquer ligação ou interesse no sistema e devo confessar que, mesmo enquanto cidadão curioso em muitas áreas às quais não tenho ligação nem tenho interesses, a área da Educação passa-me ao lado. Estatuto da Carreira Docente, área-escola, aulas de substituição, curricula, contratações de professores e similares causam-me fastio.
A impressão que tenho da nossa ministra Maria de Lurdes é a de que propõe uma mistura de disparates e medidas correctas, sempre num tom acintoso para com um dos grupos essenciais do sistema: o dos professores. Não me parece justo, apesar da corporação docente ter muito que se lhe apontar.

Vem este palavreado a propósito do muito que ouvi recentemente sobre o Estatuto do Aluno. E, a propósito do muito que ouvi e do pouco li e do pouquíssimo que sei, devo dizer que "a minha escola" não é aquela em que não há faltas. Entendo, contudo, que, na lógica do sistema vigente, tem toda a lógica que não haja faltas.
A partir do momento em que a escola é para todos e há uma escolaridade mínima obrigatória, o sistema obriga-se a acolher todos e cada um. E todos e cada um têm que chegar ao fim da linha - o 9º ano, salvo erro.
Ora, se o adolescente de 13 anos que está no 8º ano e chumba uma, duas, três vezes, sendo corrido do sistema, regista-se uma falha do sistema. Passar o aluno de ano e dar-lhe o diploma do 9º é aquilo a que o sistema está obrigado. Parece-me, assim, natural, que o sistema se defenda para não falhar e, para isso, é necessário que até ao 9º ano funcione como uma balda.
Faz todo o sentido que não haja faltas. O que não faz sentido é a massificação do ensino e a escolaridade mínima obrigatória. Como costuma dizer o meu amigo Funes, o culpado disto tudo é Marcelo Caetano que decidiu democratizar o ensino.

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