13.8.07
O Novo Bloco Central
Ao contrário da direita, a esquerda ainda mexe nos dias de hoje em Portugal. Não pelo esqueleto de doutrina, mas pela histeria das bandeiras. Isto excluindo do caldo o PS que, desde Guterres, é a grande holding portuguesa de interesses em alternativa à clássica união da direita com as fortunas.
O Bloco tem tudo o que os outros têm - slogans, bandeiras, rostos, quotas. O que tem então o BE que é diferente dos outros ?
Para começar, nem um partido é. Subsiste como uma amálgama de opinion-makers, de personalidades que ganharam peso ao demitirem-se do saco que os embrulhava (trotskismo, marxismo,etc). O Bloco não é mais que um chapéu de comportamentos. E isso o PC não é, na esquerda que resta.
Quando satiriza, VPV é bom de ler. Soarista, sá-carneirista, amigo de Portas, inimgo de Cavaco, vive de estudar e criticar o "labirinto político", com um saudável recuo histórico para uma maior respeitabilidade. Não se sai mal, não se dá mal. Mas perde um pouco o pé.
"Votar no Bloco, até pela completa inconsequência do gesto,não passava no fundo de votar contra (...) tudo (..)e toda a gente." Bem sei que VPV tinha estado na bancada de oposição montada por Nogueira ( que trocou a política pela Banca, como convém...). Mas não se apercebeu que em 99 os votos do BE eram dos desconsolados do PS e dos que, no centro, nunca viram no PSD ( onde VPV andou a amparar Sá Carneiro) uma oposição credível ?
A "inconsequência do gesto" está à vista na ascensão do Bloco, que em oito anos atingiu o limite. VPV diz que, no fundo, o BE vai suprir a suposta "ala esquerda" do PS. Penso que não é mais que um encontro de vontades. O PS ensanduicha os desalinhados, cumpre os mínimos olímpicos de esquerda e ensaia a consolidação da estratégia Sócrates com uma muleta inesperada. O BE sobrevive à decadência da política vagamente ideológica, põe a sua utilidade a render e pica a mais recôndita das fantasias de base - vencer o PC.
Pode ser bom para os dois, mas com um PSD inacreditavelmente comatoso e um CDS moribundo, a política portuguesa vai passar a ser um "mundo perigoso". Centrípeto e com o pior dos extremismos à direita, eventualmente sentado no Parlamento.
O Bloco tem tudo o que os outros têm - slogans, bandeiras, rostos, quotas. O que tem então o BE que é diferente dos outros ?
Para começar, nem um partido é. Subsiste como uma amálgama de opinion-makers, de personalidades que ganharam peso ao demitirem-se do saco que os embrulhava (trotskismo, marxismo,etc). O Bloco não é mais que um chapéu de comportamentos. E isso o PC não é, na esquerda que resta.
Quando satiriza, VPV é bom de ler. Soarista, sá-carneirista, amigo de Portas, inimgo de Cavaco, vive de estudar e criticar o "labirinto político", com um saudável recuo histórico para uma maior respeitabilidade. Não se sai mal, não se dá mal. Mas perde um pouco o pé.
"Votar no Bloco, até pela completa inconsequência do gesto,não passava no fundo de votar contra (...) tudo (..)e toda a gente." Bem sei que VPV tinha estado na bancada de oposição montada por Nogueira ( que trocou a política pela Banca, como convém...). Mas não se apercebeu que em 99 os votos do BE eram dos desconsolados do PS e dos que, no centro, nunca viram no PSD ( onde VPV andou a amparar Sá Carneiro) uma oposição credível ?
A "inconsequência do gesto" está à vista na ascensão do Bloco, que em oito anos atingiu o limite. VPV diz que, no fundo, o BE vai suprir a suposta "ala esquerda" do PS. Penso que não é mais que um encontro de vontades. O PS ensanduicha os desalinhados, cumpre os mínimos olímpicos de esquerda e ensaia a consolidação da estratégia Sócrates com uma muleta inesperada. O BE sobrevive à decadência da política vagamente ideológica, põe a sua utilidade a render e pica a mais recôndita das fantasias de base - vencer o PC.
Pode ser bom para os dois, mas com um PSD inacreditavelmente comatoso e um CDS moribundo, a política portuguesa vai passar a ser um "mundo perigoso". Centrípeto e com o pior dos extremismos à direita, eventualmente sentado no Parlamento.
Comments:
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Por enquanto, só estamos a falar de uma coligação em Lisboa, certo?
Daqui até ao "mundo perigoso" ainda muita água irá correr.
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