17.7.07
Pobre Lisboa (RPS)
A melhor coisa das férias é o facto de acabarem. Ao prazer de voltar à rotina, junta-se o desejo reforçado de chegarem as férias seguintes. É tanto mais motivador quanto para o próximo período não falta sequer um mês...
Desta feita, descobri outra coisa óptima das férias: podem evitar que se acompanhe umas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. É preciso é ter sorte: no início do ano, quando marquei e planeei férias, não sonhava que tal pudesse acontecer.
Felizmente, na Catalunha, aquele pessoal estava a cagar para as eleições de Lisboa e a última semana de campanha passou-me ao lado. Foi óptimo, já que aquilo que tinha visto antes da partida foi por demais confrangedor. Nem me lembrei, sequer, no domingo, que Lisboa votava. Só perto das 11 da noite é que um sms amigo, com os resultados, me lembrou do que estava a passar-se por cá.
Pobre Lisboa... É triste ver a terceira mais bela cidade do país, cidade de que tanto gosto e onde tenho bons amigos, entregue àquela gente. Àquela gente toda. Entregue a um tipo que, nas últimas Europeias, jurou, ainda com o corpo de Sousa Franco quente e salpicado de escamas, cheirando a peixe da Lota de Matosinhos, defender Portugal nos cinco anos seguintes, em Estrasburgo e Bruxelas (seis meses depois, estava cá para fazer de personagens tão diversos como Ascenso Simões e José Magalhães secretários de estado). Entregue a um trafulha desajeitado, ainda que com ar simpático. Entregue, a um tipo que geriu as finanças camarárias ao colo do CDS, do PS e do PSD (!!!). Entregue a uma maníaco-dissidente que é tratada como independente e sonha com uma revolução qualquer, que gostava de ter vivido em nova e não viveu. Entregue a um gagá que se sujeita a ser imolado e confessa ter dificuldades com siglas. Entregue a um maníaco-justiceiro que embarga obras que depois se concluem exactamente como estavam previstas, mas com dois anos de atraso, cavando mais o fosso das dívidas. Entregue, enfim, ao organizador da Festa do Avante (esse farol da Democracia...), que também vai conseguindo sobreviver a todos os executivos municipais, apesar das pesadas responsabilidades que sobre ele também recaem.
Pobre Lisboa.
Desta feita, descobri outra coisa óptima das férias: podem evitar que se acompanhe umas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. É preciso é ter sorte: no início do ano, quando marquei e planeei férias, não sonhava que tal pudesse acontecer.
Felizmente, na Catalunha, aquele pessoal estava a cagar para as eleições de Lisboa e a última semana de campanha passou-me ao lado. Foi óptimo, já que aquilo que tinha visto antes da partida foi por demais confrangedor. Nem me lembrei, sequer, no domingo, que Lisboa votava. Só perto das 11 da noite é que um sms amigo, com os resultados, me lembrou do que estava a passar-se por cá.
Pobre Lisboa... É triste ver a terceira mais bela cidade do país, cidade de que tanto gosto e onde tenho bons amigos, entregue àquela gente. Àquela gente toda. Entregue a um tipo que, nas últimas Europeias, jurou, ainda com o corpo de Sousa Franco quente e salpicado de escamas, cheirando a peixe da Lota de Matosinhos, defender Portugal nos cinco anos seguintes, em Estrasburgo e Bruxelas (seis meses depois, estava cá para fazer de personagens tão diversos como Ascenso Simões e José Magalhães secretários de estado). Entregue a um trafulha desajeitado, ainda que com ar simpático. Entregue, a um tipo que geriu as finanças camarárias ao colo do CDS, do PS e do PSD (!!!). Entregue a uma maníaco-dissidente que é tratada como independente e sonha com uma revolução qualquer, que gostava de ter vivido em nova e não viveu. Entregue a um gagá que se sujeita a ser imolado e confessa ter dificuldades com siglas. Entregue a um maníaco-justiceiro que embarga obras que depois se concluem exactamente como estavam previstas, mas com dois anos de atraso, cavando mais o fosso das dívidas. Entregue, enfim, ao organizador da Festa do Avante (esse farol da Democracia...), que também vai conseguindo sobreviver a todos os executivos municipais, apesar das pesadas responsabilidades que sobre ele também recaem.
Pobre Lisboa.
Comments:
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Olá RPS
Bem-vindo de férias e cá com um entusiasmo, que leva tudo à frente.
Não estás a chamar-me gagá, pois não? é que tenho uma dificuldade do caraças com siglas.
:)
Bem-vindo de férias e cá com um entusiasmo, que leva tudo à frente.
Não estás a chamar-me gagá, pois não? é que tenho uma dificuldade do caraças com siglas.
:)
Só para dizer que o Túnel final NÃO tem nada a ver com o projecto inicial embargado. E que valeu MUITO a pena o embargo.É com imprecisões destas que se constroem ( e destroem) famas e reputações. Quanto ao resto, é evidente que o panorama é negro. Mas sobre o novo presidente separa-nos um abismo de opinão como já anteriormente exposto
Pelos vistos não foi só ao RPS que as eleições passaram ao lado. À grande maioria lisboeta também! :D
Faço minhas cada uma das palavras deste post.
A diferença é que, para mim, Lisboa é a terceira cidade mais bela do país. A seguir a Viana e Aveiro e ao lado do Porto.
A diferença é que, para mim, Lisboa é a terceira cidade mais bela do país. A seguir a Viana e Aveiro e ao lado do Porto.
Edite: dissidente, claro. Foi um lapso. Já emendei.
Funes. eu tb acho que é a terceira mais bela cidade do país.
Funes. eu tb acho que é a terceira mais bela cidade do país.
eu ainda não estabeleci uma hierarquia. mas évora...
lisboa é que é das tais coisas. é uma cidade como sapatos novos. bonita, interessante, mas insuportável de calçar.
lisboa é que é das tais coisas. é uma cidade como sapatos novos. bonita, interessante, mas insuportável de calçar.
bem regressado de férias!
conte-nos tudo... ou quase ;)
restaurantes
recomendações de quem esteve
in loco!
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