31.5.07
Wembley (RPS)
Há duas semanas, ao ver as imagens do novo Wembley, deu-me saudades do velho, onde estive uma vez, em Abril de 1990.
Vi um Inglaterra-Checoslováquia, de preparação para o Mundial de Itália. Ganhámos 4-2 (estava a torcer pelos ingleses, claro).
Bobby Robson era o seleccioandor inglês. Paul Gascoigne a vedeta. Nesse jogo, marcou um golo e fez as assistências para dois ou mesmo para os outros três: dois de Steve Bull e um de Stuart Pearce.
Jogavam, pelos ingleses, Shilton, Brian Robson, Gary Lineker, Dixon, Butcher...
Um dos golos da então Checoslováquia foi de Skurhavy, que veio a jogar no Sporting...
Foi aqui:
Não entendo como não o mantiveram, independentemente de fazerem o novo...
29.5.07
Não sei se o Abrupto chegou a publicar este... (RPS)
28.5.07
Boa imprensa e má imprensa (RPS)
Acontece frequentemente no futebol e na política: as pessoas queixam-se da imprensa, da Comunicação Social.
Há, na verdade, pessoas e instituições que a imprensa tende a tratar bem e pessoas e instituições que a imprensa tende a tratar mal.
Muitas queixas são, assim, compreensíveis. Mas as tendências da imprensa também o são de algum modo, já que, em muitas ocasiões, traduzem estados de espírito colectivos. Um exemplo: depois de anos a fio com boa imprensa no segmento da "imprensa cor-de-rosa", Santana Lopes, por força dos lugares e responsabilidades que assumiu, passou a ocupar espaço na imprensa dita séria e teve má imprensa. Tem boas razões de queixa, mas nós - porque a imprensa reflecte aquilo que nós somos - temos mais e melhores razões de queixa dele.
Casos há, contudo, em que a circunstância de se ter boa ou má imprensa não reflecte propriamente um sentimento colectivo maioritário, mas radica em causas mais específicas. Por exemplo: a Esquerda tem, habitualmente, melhor imprensa que a Direita. Isso decorre do facto de nas redacções, nas editorias, nas chefias, nas direcções, nos painéis de comentadores e analistas estarem maioritariamente pessoas de esquerda, ou que se dizem de esquerda, ou que acham que devem dizer que são de esquerda.
Outro exemplo, do futebol: os clubes do sul e, em especial, o Benfica, têm tendencialmente, boa imprensa, enquanto o FC Porto tem, tendencialmente, boa imprensa a norte e má imprensa a sul.
Pessoas e instituições expostas ao longo de muitos anos acabam por viver as duas experiências: numa fase têm má imprensa, noutra boa.
Não olhando para as causas, ficam alguns exemplos de pessoas e de instituições, da política e do futebol e de mais uma ou outra área avulsa, que têm tendencialemnte boa imprensa ou má imprensa...
BOA IMPRENSA: Cavaco Silva (de há meia dúzia de anos para cá), Esquerda, Governos PS, Bloco de Esquerda, Comunistas no Poder Local, Maria Barroso, SL Benfica, Rui Costa, Paulo Bento, Jovens do Sporting, Academia de Alcochete, Associação Abraço, DECO - Associação de Defesa do Consumidor, Daniel Sampaio, Vanessa Fernandes, Luís Represas, Ruy de Carvalho, Helton, Vítor Baía (até ao Mundial da Coreia), Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, Maria José Nogueira Pinto, Jorge Coelho, João Cravinho, António Costa, António Vitorino, Fernando Gomes (nos primeiros anos na Câmara do Porto), Luís Filipe Scolari, guarda-redes Ricardo, Jaime Pacheco, Pirilampo Mágico, José Sá Fernandes, Ruben de Carvalho, Manuel Alegre, Helena Roseta, Sargento Luís Gomes (sequestrador da pequena Esmeralda).
MÁ IMPRENSA: Direita, Governos PSD, PCP, Manuel Maria Carrilho, Fernando Gomes (depois de ir para o Governo), Rui Rio (mais a norte do que a sul), Vítor Baía (desde o Mundial da Coreia), Santana Lopes, Paulo Portas, Cavaco Silva (enquanto Primeiro-ministro), FC Porto, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, Pacheco Pereira, Alberto João Jardim, Isabel Pires de Lima, Manuel Pinho, Parlamento e deputados.
Há, na verdade, pessoas e instituições que a imprensa tende a tratar bem e pessoas e instituições que a imprensa tende a tratar mal.
Muitas queixas são, assim, compreensíveis. Mas as tendências da imprensa também o são de algum modo, já que, em muitas ocasiões, traduzem estados de espírito colectivos. Um exemplo: depois de anos a fio com boa imprensa no segmento da "imprensa cor-de-rosa", Santana Lopes, por força dos lugares e responsabilidades que assumiu, passou a ocupar espaço na imprensa dita séria e teve má imprensa. Tem boas razões de queixa, mas nós - porque a imprensa reflecte aquilo que nós somos - temos mais e melhores razões de queixa dele.
Casos há, contudo, em que a circunstância de se ter boa ou má imprensa não reflecte propriamente um sentimento colectivo maioritário, mas radica em causas mais específicas. Por exemplo: a Esquerda tem, habitualmente, melhor imprensa que a Direita. Isso decorre do facto de nas redacções, nas editorias, nas chefias, nas direcções, nos painéis de comentadores e analistas estarem maioritariamente pessoas de esquerda, ou que se dizem de esquerda, ou que acham que devem dizer que são de esquerda.
Outro exemplo, do futebol: os clubes do sul e, em especial, o Benfica, têm tendencialmente, boa imprensa, enquanto o FC Porto tem, tendencialmente, boa imprensa a norte e má imprensa a sul.
Pessoas e instituições expostas ao longo de muitos anos acabam por viver as duas experiências: numa fase têm má imprensa, noutra boa.
Não olhando para as causas, ficam alguns exemplos de pessoas e de instituições, da política e do futebol e de mais uma ou outra área avulsa, que têm tendencialemnte boa imprensa ou má imprensa...
BOA IMPRENSA: Cavaco Silva (de há meia dúzia de anos para cá), Esquerda, Governos PS, Bloco de Esquerda, Comunistas no Poder Local, Maria Barroso, SL Benfica, Rui Costa, Paulo Bento, Jovens do Sporting, Academia de Alcochete, Associação Abraço, DECO - Associação de Defesa do Consumidor, Daniel Sampaio, Vanessa Fernandes, Luís Represas, Ruy de Carvalho, Helton, Vítor Baía (até ao Mundial da Coreia), Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, Maria José Nogueira Pinto, Jorge Coelho, João Cravinho, António Costa, António Vitorino, Fernando Gomes (nos primeiros anos na Câmara do Porto), Luís Filipe Scolari, guarda-redes Ricardo, Jaime Pacheco, Pirilampo Mágico, José Sá Fernandes, Ruben de Carvalho, Manuel Alegre, Helena Roseta, Sargento Luís Gomes (sequestrador da pequena Esmeralda).
MÁ IMPRENSA: Direita, Governos PSD, PCP, Manuel Maria Carrilho, Fernando Gomes (depois de ir para o Governo), Rui Rio (mais a norte do que a sul), Vítor Baía (desde o Mundial da Coreia), Santana Lopes, Paulo Portas, Cavaco Silva (enquanto Primeiro-ministro), FC Porto, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, Pacheco Pereira, Alberto João Jardim, Isabel Pires de Lima, Manuel Pinho, Parlamento e deputados.
27.5.07
Da mística e do odioso (RPS)
Há largos anos, uma amiga minha embirrava com o meu gosto por futebol e estava sempre a criticar tudo o que se relacionasse com ele. Eu contra-argumentava sempre. Ela fazia gala de não entender nada do jogo e da(s) sua(s) envolvência(s) e até se fazia mais ignorante do que, de facto, era. Numa ocasião, fez-me uma pergunta a que não soube responder: já entendi que o esférico é um jogador que joga em todos os jogos, mas quem é ou o que é a mística?
De facto, os dicionários dizem que mística vem do latim mysticu e do grego mystikós, relativo a mistério, e definem o termo mística como o "estudo das coisas divinas ou espirituais" e também por "vida contemplativa".
Dizer que todos os jogos são difíceis ou que são onze contra onze e a bola é redonda são lugares comuns, mas traduzem, no entanto, uma verdade, por óbvia que seja, são frases compreensíveis e traduzíveis por outras. Já o uso do termo mística em frases como o Benfica dos anos 60 tinha uma mística especial ou o Porto é o clube com mais (maior?...) mística é um lugar comum do futebol, mas sem qualquer sentido. Nem como metafóra.
A expressão é, contudo, usada até à exaustão e, em particular, quando se fala da final da Taça de Portugal. Ainda ontem ouvi, numa rádio credível, um jogador do passado afirmar que a final no Estádio Nacional tem uma mística especial...
Aliás, impera o dislate, a frase feita, oca e sem sentido quando se fala da final Taça de Portugal: um jogo diferente, um jogo único, a festa do futebol, a grande festa do futebol, o ponto mais alto de qualquer carreira, o jogo mais bonito do futebol português...
Curiosa e surpreendentemente, hoje, pegando, no café, num exemplar perdido de A Bola, leio, num artigo assinado pelo inefável Seara, pateta encartado em assuntos futebolísticos, algo com sentido, com pés e cabeça sobre a final da Taça de Portugal:
A final da Taça (...) é o supremo momento de cada Federação de Futebol e, ainda, o espaço em que se juntam o poder do futebol e o poder político. (...) Em Portugal é, em regra, o Presidente da República que honra o Estádio Nacional com a sua presença. A final da Taça é, assim, um dos momentos simbólicos do poder do futebol (...) qualquer que seja o sistema ou, até, o regime político (...).
Obrigado, inefável Seara, por explicares as razões que fazem da final da Taça algo de tão profundamente odioso.
De facto, os dicionários dizem que mística vem do latim mysticu e do grego mystikós, relativo a mistério, e definem o termo mística como o "estudo das coisas divinas ou espirituais" e também por "vida contemplativa".
Dizer que todos os jogos são difíceis ou que são onze contra onze e a bola é redonda são lugares comuns, mas traduzem, no entanto, uma verdade, por óbvia que seja, são frases compreensíveis e traduzíveis por outras. Já o uso do termo mística em frases como o Benfica dos anos 60 tinha uma mística especial ou o Porto é o clube com mais (maior?...) mística é um lugar comum do futebol, mas sem qualquer sentido. Nem como metafóra.
A expressão é, contudo, usada até à exaustão e, em particular, quando se fala da final da Taça de Portugal. Ainda ontem ouvi, numa rádio credível, um jogador do passado afirmar que a final no Estádio Nacional tem uma mística especial...
Aliás, impera o dislate, a frase feita, oca e sem sentido quando se fala da final Taça de Portugal: um jogo diferente, um jogo único, a festa do futebol, a grande festa do futebol, o ponto mais alto de qualquer carreira, o jogo mais bonito do futebol português...
Curiosa e surpreendentemente, hoje, pegando, no café, num exemplar perdido de A Bola, leio, num artigo assinado pelo inefável Seara, pateta encartado em assuntos futebolísticos, algo com sentido, com pés e cabeça sobre a final da Taça de Portugal:
A final da Taça (...) é o supremo momento de cada Federação de Futebol e, ainda, o espaço em que se juntam o poder do futebol e o poder político. (...) Em Portugal é, em regra, o Presidente da República que honra o Estádio Nacional com a sua presença. A final da Taça é, assim, um dos momentos simbólicos do poder do futebol (...) qualquer que seja o sistema ou, até, o regime político (...).
Obrigado, inefável Seara, por explicares as razões que fazem da final da Taça algo de tão profundamente odioso.
25.5.07
Bom apetite! (RPS)
24.5.07
Uma historia deliciosa de azar
Lisboa, 24 Mai (Lusa) - Um dos dois reclusos evadidos em Abril do Estabelecimento
Prisional de Sintra foi recapturado quarta-feira em Benfica por um guarda
prisional daquela cadeia, que o reconheceu num transporte público, anunciou
hoje a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP).
De acordo com a descrição fornecida pela DGSP, o guarda prisional tinha
terminado o seu turno de trabalho e seguia num comboio que circulava entre
Sintra e Lisboa quando, à passagem pela Damaia, cerca das 19:45, reconheceu
o recluso, que seguia na mesma composição.
O guarda pediu ao revisor da CP para alertar as autoridades policiais
mais próximas, no sentido de o auxiliarem na captura do recluso, de 28 anos,
que se tinha evadido da cadeia de Sintra a 15 de Abril passado.
"Quando o recluso se apeou na estação de Benfica, o guarda seguiu-o
e abordou-o, identificando-se e pedindo-lhe que o acompanhasse ao interior
da estação, ao que o evadido consentiu sem opor resistência", refere a DGSP
numa nota.
Pouco depois compareceram no local dois agentes da PSP, que conduziram
o recluso à 20º Esquadra, acabando o mesmo por dar entrada na cadeia de
Sintra às 22:17, em veículo celular.
De acordo com a DGSP, o evadido tinha em seu poder um bilhete de autocarro
para Paris e uma autorização de residência, que as autoridades presumem
ser falsificada.
O recluso, de nacionalidade cabo-verdiana, cumpre, desde 31 de Janeiro
de 2006, uma pena de três anos de prisão por tráfico de estupefacientes,
estando a decorrer um processo para a sua expulsão do país.
Prisional de Sintra foi recapturado quarta-feira em Benfica por um guarda
prisional daquela cadeia, que o reconheceu num transporte público, anunciou
hoje a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP).
De acordo com a descrição fornecida pela DGSP, o guarda prisional tinha
terminado o seu turno de trabalho e seguia num comboio que circulava entre
Sintra e Lisboa quando, à passagem pela Damaia, cerca das 19:45, reconheceu
o recluso, que seguia na mesma composição.
O guarda pediu ao revisor da CP para alertar as autoridades policiais
mais próximas, no sentido de o auxiliarem na captura do recluso, de 28 anos,
que se tinha evadido da cadeia de Sintra a 15 de Abril passado.
"Quando o recluso se apeou na estação de Benfica, o guarda seguiu-o
e abordou-o, identificando-se e pedindo-lhe que o acompanhasse ao interior
da estação, ao que o evadido consentiu sem opor resistência", refere a DGSP
numa nota.
Pouco depois compareceram no local dois agentes da PSP, que conduziram
o recluso à 20º Esquadra, acabando o mesmo por dar entrada na cadeia de
Sintra às 22:17, em veículo celular.
De acordo com a DGSP, o evadido tinha em seu poder um bilhete de autocarro
para Paris e uma autorização de residência, que as autoridades presumem
ser falsificada.
O recluso, de nacionalidade cabo-verdiana, cumpre, desde 31 de Janeiro
de 2006, uma pena de três anos de prisão por tráfico de estupefacientes,
estando a decorrer um processo para a sua expulsão do país.
És tão linda, Audrey... (RPS)
23.5.07
Ninguém se lembra?! (RPS)
Lembro-me bem dele na campanha das Europeias, em 2004. Era o segundo candidato da lista do PS.
Prometia fazer mundos e fundos em defesa dos interesses de Portugal e dos ideais do socialismo democrático nos areópagos europeus.
A poucos dias da eleição, Sousa Franco morreu e ele, elevado a número um, reforçou o tom solene das promessas de mundos e fundos.
Eleito, desapareceu. Admiti que estivesse retirado, concentrado a preparar acções em defesa dos interesses de Portugal e dos ideais do socialismo democrático nos areópagos europeus.
Ao fim de quatro ou cinco meses, contudo, o Governo de Santana Lopes caiu e ele reapareceu. Cá. Estrasburgo e Bruxelas já eram passado.
Borrifou-se para tudo quanto tinha prometido porque, acima dos compromissos estabelecidos com o eleitorado, estavam os seus interesses e as suas ambições.
Agora, candidata-se em Lisboa apenas porque é isso que mais lhe interessa. Com as suas ambições, não pode ser número dois de Sócrates toda a vida.
Será eleito - presidente ou vereador - mas, no dia em que a função não lhe convier, esquecerá todos os compromissos estabelecidos com o eleitorado da pobre cidade de Lisboa.
Prometia fazer mundos e fundos em defesa dos interesses de Portugal e dos ideais do socialismo democrático nos areópagos europeus.
A poucos dias da eleição, Sousa Franco morreu e ele, elevado a número um, reforçou o tom solene das promessas de mundos e fundos.
Eleito, desapareceu. Admiti que estivesse retirado, concentrado a preparar acções em defesa dos interesses de Portugal e dos ideais do socialismo democrático nos areópagos europeus.
Ao fim de quatro ou cinco meses, contudo, o Governo de Santana Lopes caiu e ele reapareceu. Cá. Estrasburgo e Bruxelas já eram passado.
Borrifou-se para tudo quanto tinha prometido porque, acima dos compromissos estabelecidos com o eleitorado, estavam os seus interesses e as suas ambições.
Agora, candidata-se em Lisboa apenas porque é isso que mais lhe interessa. Com as suas ambições, não pode ser número dois de Sócrates toda a vida.
Será eleito - presidente ou vereador - mas, no dia em que a função não lhe convier, esquecerá todos os compromissos estabelecidos com o eleitorado da pobre cidade de Lisboa.
22.5.07
Obscurantismo socialista (RPS)
Apurei qual foi a anedota que o professor Charrua contou nos corredores ou nos gabinetes da DREN e que lhe valeu ser suspenso de funções.
São tempos de obscurantismo socialista, estes, e o medo faz accionar dentro de mim um mecanismo de auto-censura que me impede de a revelar aqui. Mas, a quem quiser, envio a anedota por mail.
São tempos de obscurantismo socialista, estes, e o medo faz accionar dentro de mim um mecanismo de auto-censura que me impede de a revelar aqui. Mas, a quem quiser, envio a anedota por mail.
18.5.07
Onde é que eu já ouvi isto?... (RPS)
17.5.07
Não há pachorra... (RPS)
Sei que recolhe muitas simpatias. Também nas redacções lisboetas, pelo menos junto do naipe feminino perto, na e para lá da meia-idade.
Terá, decerto, qualidades e virtudes, mas a mim, mero telespectador e consumidor de informação, surge-me sempre como uma figura insuportável.
Usa até à exaustão termos como "cidadania", "ética", "princípios", "inconformismo", "combate" e "seriedade".
Fala sempre num tom entre o sofrido e o definitivo, típico de quem se acha moralmente superior.
Assume sempre aquela pose, algures entre o Passionária de pacotilha e Mãe-Coragem da treta, com um toque soissante-huitard serôdio.
Não há pachorra para a Arquitecta Roseta.
Terá, decerto, qualidades e virtudes, mas a mim, mero telespectador e consumidor de informação, surge-me sempre como uma figura insuportável.
Usa até à exaustão termos como "cidadania", "ética", "princípios", "inconformismo", "combate" e "seriedade".
Fala sempre num tom entre o sofrido e o definitivo, típico de quem se acha moralmente superior.
Assume sempre aquela pose, algures entre o Passionária de pacotilha e Mãe-Coragem da treta, com um toque soissante-huitard serôdio.
Não há pachorra para a Arquitecta Roseta.
16.5.07
Marketing eleitoral (RPS)
Li a notícia no El Pais:
Sexo oral a cambio de votos
Una candidata al Senado belga promete 40.000 felaciones a todos los que se inscriban en la web del partido
No todo está inventado en campaña electoral. Y la propuesta de Tania Dervaux, candidata por el partido NEE al Senado belga, lo demuestra. Nada menos que 40.000 felaciones para todos los que se inscriban en una lista disponible en la página web del partido. Pero le llevará tiempo cumplir su promesa. Según sus cálculos, 500 días a 80 sesiones de sexo oral diarias.
(...)
La candidata accedió a cambiar el programa electoral, restando, eso sí, un cero a la cantidad ofertada inicialmente. Es decir, aceptó practicar 40.000 felaciones, según jmnoticias, estimando que, cumplir la promesa, le llevará 500 días a 80 sesiones de sexo oral diarias.
Dado que se pueden inscribir personas desde cualquier parte del mundo, Tania podría tener que visitar varios países para cumplir lo prometido. Los gastos de desplazamiento correrán a cuenta del partido, pero hay condiciones: el uso de preservativo (que debe comprar el votante), un límite de 5 minutos y libertad para que la candidata lleve la iniciativa.
Quem quiser pode visitar o site do partido de Tania aqui
15.5.07
Momento Zandinga Loto Dois Rato
1.A grande remodelação será no Natal.
2.Vieira da Silva poderá mudar de pasta. Pedro Marques sobe a Ministro do Trabalho.
3.Santos Silva será uma reserva de Sócrates para a Cultura ou Educação, depois de tratar da Televisão Digital Terrestre. Pires de Lima sai em Dezembro.
4. Ana Paula Vitorino irá ajustar a quota feminina, nas Obras Públicas. Mário Lino poderá passar ao Ambiente. Pinho, Jaime Silva e Gago (este se quiser) poderão sair.
5. Carrilho, mais tarde ou mais cedo, voltará. E Edite Estrela também regressará de Bruxelas em breve.
2.Vieira da Silva poderá mudar de pasta. Pedro Marques sobe a Ministro do Trabalho.
3.Santos Silva será uma reserva de Sócrates para a Cultura ou Educação, depois de tratar da Televisão Digital Terrestre. Pires de Lima sai em Dezembro.
4. Ana Paula Vitorino irá ajustar a quota feminina, nas Obras Públicas. Mário Lino poderá passar ao Ambiente. Pinho, Jaime Silva e Gago (este se quiser) poderão sair.
5. Carrilho, mais tarde ou mais cedo, voltará. E Edite Estrela também regressará de Bruxelas em breve.
14.5.07
Maldoror ou o regresso dos Mão Morta ao Theatro Circo (RPS)
É um registo diferente dos Mão Morta e de Adolfo Luxúria Canibal.
Vi "Maldoror", este sábado, em Braga. Gostei.
Não conhecia nem nunca tinha ouvido falar de "Os Cantos de Maldoror", nem da obra literária de Isidore Ducasse, nem do seu pseudónimo de Conde de Lautréamont. Por isso, se me dissessem que o texto era do próprio ALC, acreditaria. É que é um texto mesmo à sua medida.
O espectáculo mistura teatro - um monólogo de quase hora e meia de ALC - música e vídeo, numa sucessão de diversos quadros.
Aconselho a quem, de algum modo, goste dos Mão Morta e/ou de ALC. E a quem goste de teatro, o que não é propriamente o meu caso.
Nota final: se não for por mais nada, o Theatro Circo justifica uma ida a Braga. E, desta vez, os fãs dos Mão Morta deixaram-no intacto...
The Mad, Maddie and Media - II
A benquerença mediática não é o forte do inspector Olegário. Furtado à arte de descobrir raptores de quadros naturalistas, ele é o peito designado para as balas britânicas. Primeira grande jogada : o senhor director nacional da Polícia Judiciária não sofre politicamente com o caso. Para já.
A Judiciária está a agir de forma quase imaculada com os media britânicos, com duas incríveis excepções. Em primeiro lugar, não perceberam a tempo que, fosse como fosse, deveria ser fornecida palha pontual e concisa aos animais do breaking news. Depois - talvez porque faltaram às aulas sobre fugas de informação deliberadas que alguns magistrados frequentaram - não souberam trazer para o seu lado os melhores aliados nesta coisa da disseminação de informação. Ou seja, os mesmos esfomeados brit.
Não há engano na teoria do mundo de hoje - ninguém domestica os media se eles não quiserem ser controlados. E não há fronteiras de ordem moral ou turística.
A Judiciária está a agir de forma quase imaculada com os media britânicos, com duas incríveis excepções. Em primeiro lugar, não perceberam a tempo que, fosse como fosse, deveria ser fornecida palha pontual e concisa aos animais do breaking news. Depois - talvez porque faltaram às aulas sobre fugas de informação deliberadas que alguns magistrados frequentaram - não souberam trazer para o seu lado os melhores aliados nesta coisa da disseminação de informação. Ou seja, os mesmos esfomeados brit.
Não há engano na teoria do mundo de hoje - ninguém domestica os media se eles não quiserem ser controlados. E não há fronteiras de ordem moral ou turística.
13.5.07
The Mad, Maddie and Media - I
Estamos a assistir ao momento mediático mais decisivo na projecção externa de Portugal desde o Euro2004. Há uma criança de 3 anos desaparecida de um resort inglês no Algarve. A polícia portuguesa envolve incomparavelmente mais agentes que o normal e aplica a habitual regra do secretismo. O caso merece muito, muito para dizer.
Falemos da família. Num país onde se condenam arguidos e arguidos se tornam pedófilos sem prova, é normal desconfiar dela. Apenas o pudor tem evitado expôr ainda mais a evidência de que, á cabeça, pode ter havido descuido. Mas isso é secundário : crime maior será um rapto e o desmazelo não largará nunca a cabeça dos pais.
Falemos também da polícia. Num país de brandos costumes, o controlo social é mais fácil. As autoridades portuguesas têm o país muito bem coberto: quando falha um agente, há o bufo. O que alguns jornalistas ingleses não perceberam foi a velha regra de que é o mouro que conhece o casbah. Nenhuma outra policia do Mundo poderá encontrar a criança em Portugal senão a Judiciária. Mas nenhuma outra poderá ser tão infeliz a explicar o seu modus operandi. E a encobrir uma grande verdade: nenhuma criança portuguesa mereceu tanto empenho.
O caso Madeleine devia ser um problema de polícia. Mas passou a ser político, económico e jornalístico.
Falemos da família. Num país onde se condenam arguidos e arguidos se tornam pedófilos sem prova, é normal desconfiar dela. Apenas o pudor tem evitado expôr ainda mais a evidência de que, á cabeça, pode ter havido descuido. Mas isso é secundário : crime maior será um rapto e o desmazelo não largará nunca a cabeça dos pais.
Falemos também da polícia. Num país de brandos costumes, o controlo social é mais fácil. As autoridades portuguesas têm o país muito bem coberto: quando falha um agente, há o bufo. O que alguns jornalistas ingleses não perceberam foi a velha regra de que é o mouro que conhece o casbah. Nenhuma outra policia do Mundo poderá encontrar a criança em Portugal senão a Judiciária. Mas nenhuma outra poderá ser tão infeliz a explicar o seu modus operandi. E a encobrir uma grande verdade: nenhuma criança portuguesa mereceu tanto empenho.
O caso Madeleine devia ser um problema de polícia. Mas passou a ser político, económico e jornalístico.
11.5.07
Malcontent (RPS)
9.5.07
Um dia destes, quem sabe?... (RPS)
8.5.07
Cromos (RPS)
Já aqui falei de O cromo dos cromos. Vale a pena para quem gosta da bola... e não anda por cá há pouco tempo...
7.5.07
Inumerismo (RPS)
Uma das coisas que mais me irrita é a complacência que existe face ao inumerismo.
Já escrevi sobre o tema, aqui, faz tempo. Hoje, volto a pensar no assunto ao ler este post de Funes.
No Público de hoje é referido que determinados salários duplicaram e, mais adiante, alude-se uma subida de 200%. Obviamente que uma subida de 200% é para o triplo. Para o dobro seria de 100%.
A generalidade das pessoas, de todas as formações, cai nesse erro. É grave, mas mais grave é ninguém se importar. E ninguém se importa porque na nossa sociedade está instada uma cultura de complacência face à inumerismo.
A generalidade das pessoas, de todas as formações, cai nesse erro. É grave, mas mais grave é ninguém se importar. E ninguém se importa porque na nossa sociedade está instada uma cultura de complacência face à inumerismo.
Se um tipo não sabe a capital de um país, o nome de um rei, o século em que viveu um filósofo, o número de sinfonias compostas por um músico teme passar por ignorante. Se não sabe o básico da matemática, da geometria, da trignometria não tem mal nenhum.
Olhos penetrantes. Pensamentos lavados ?
5.5.07
Que bela época para marcar férias e sair do país... (RPS)
3.5.07
Madeirenses (RPS)
Custa-me ver, nos telejornais, as reportagens da campanha eleitoral da Madeira com Alberto João Jardim. Por um lado, porque me incomoda sempre ser confrontado com a indigência intelectual dos meus semelhantes. Por outro lado, porque conheço e tenho amizade por uma dúzia de madeirenses e, ao ver Alberto João, acho todos os madeirenses uns cretinos. O que é, obviamente, injusto. Só 95% dos madeirenses o deverão ser. Mas, no fundo, essa deve ser a média de cretinos do continente.
2.5.07
Eu vou (RPS)
1.5.07
1º de Maio (RPS)
Já aqui o escrevi: vivemos um tempo em que ter um emprego estável, um salário decente, folgas, férias e assistência na doença é visto como um privilégio. Qualquer dia, dir-nos-ão mesmo que é crime, mas, mesmo nesse dia, para mim, continuará a ser um direito. Que é necessário conquistar e fazer por merecer e manter, mas um direito.
Tal como me parece anacrónico, patético, mesmo, ir no 25 de Abril para a rua gritar contra a PIDE o contra o fascismo - aproxima-se mesmo de um quadro de manifestação de manicómio - parece-me que hoje há boas razões para sair à rua. Dizer que não abdicamos daquilo a que temos direito.
Tal como me parece anacrónico, patético, mesmo, ir no 25 de Abril para a rua gritar contra a PIDE o contra o fascismo - aproxima-se mesmo de um quadro de manifestação de manicómio - parece-me que hoje há boas razões para sair à rua. Dizer que não abdicamos daquilo a que temos direito.