27.3.07
O retrato de Barreto (RPS)
Acabei de ver, na RTP, o primeiro episódio do "retrato" de António Barreto sobre Portugal.
Dois pontos negativos. Por um lado, não supreende. Dito de outro modo: não me revelou nada que não soubesse. Em segundo lugar, falta-lhe alguma informação, dados concretos, objectivos. Dizer, por exemplo, "casa-se menos pela Igreja" ou "mais mulheres trabalham hoje fora de casa" é uma informação demasiado genérica. Devia ser acompanhada por gráficos, por inserções de números.
Mas gostei de ver. Vale a pena ver. Quero ver os próximos.
Gostei, especialmente, da locução do próprio Barreto. Pela voz e pela parcimónia nas palavras. Barreto só fala o essencial. Aquele produto televisivo feito por um jornalista teria, seguramente, mais texto.
Gostei também do ritmo do programa. Resultado, decerto, da saturação da TV cheia de ritmo, de palmas, gritos, luzes e efeitos, movimento, "alegria". Ver aquilo foi um descanso para o espírito.
Dois pontos negativos. Por um lado, não supreende. Dito de outro modo: não me revelou nada que não soubesse. Em segundo lugar, falta-lhe alguma informação, dados concretos, objectivos. Dizer, por exemplo, "casa-se menos pela Igreja" ou "mais mulheres trabalham hoje fora de casa" é uma informação demasiado genérica. Devia ser acompanhada por gráficos, por inserções de números.
Mas gostei de ver. Vale a pena ver. Quero ver os próximos.
Gostei, especialmente, da locução do próprio Barreto. Pela voz e pela parcimónia nas palavras. Barreto só fala o essencial. Aquele produto televisivo feito por um jornalista teria, seguramente, mais texto.
Gostei também do ritmo do programa. Resultado, decerto, da saturação da TV cheia de ritmo, de palmas, gritos, luzes e efeitos, movimento, "alegria". Ver aquilo foi um descanso para o espírito.
Comments:
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RPS,
Partilho o teu louvor ao programa.
Mas não as críticas que lhe fazes. Um programa de cariz sociológico não precisa de surpreender. O prório autor nos disse, a jeito de prólogo, que era um "retrato de grupo". Apenas. A inserção de números/gráficos que, eventualmente, a ti ou a outros pudesse interessar, talvez afastasse ou diminuisse o interesse de muito mais gente. As pessoas andam cansadas de debates com números. Talvez essa ausência se possa compreender como parte da parcimónia que elogias.
Partilho o teu louvor ao programa.
Mas não as críticas que lhe fazes. Um programa de cariz sociológico não precisa de surpreender. O prório autor nos disse, a jeito de prólogo, que era um "retrato de grupo". Apenas. A inserção de números/gráficos que, eventualmente, a ti ou a outros pudesse interessar, talvez afastasse ou diminuisse o interesse de muito mais gente. As pessoas andam cansadas de debates com números. Talvez essa ausência se possa compreender como parte da parcimónia que elogias.
Eu sou como a enfim. Também nunca tinha ouvido falar em tal programa.
António Barreto costuma ser das raríssimas vozes que vale a pena ouvir neste país.
António Barreto costuma ser das raríssimas vozes que vale a pena ouvir neste país.
vi...e gostei.
Até certo ponto, concordo, num caso ou outro, quanto à falta de dados concretos ou, preferindo, números. Mas talvez a leveza e acessibilidade do programa resida precisamente nisso.
Acho, no entanto, que os depoimentos pessoais e a clareza da locução de Barreto, atingiram o objectivo primeiro - reflexão.
Espero os próximos.
Até certo ponto, concordo, num caso ou outro, quanto à falta de dados concretos ou, preferindo, números. Mas talvez a leveza e acessibilidade do programa resida precisamente nisso.
Acho, no entanto, que os depoimentos pessoais e a clareza da locução de Barreto, atingiram o objectivo primeiro - reflexão.
Espero os próximos.
Vi e inclusivamente gravei (e vou gravar os restantes).
Gostei muito! Simples, directo, acessível.
Concordo com a análise ali da Ana, relativamente aos gráficos/números.
Gostei muito! Simples, directo, acessível.
Concordo com a análise ali da Ana, relativamente aos gráficos/números.
também vi, também gostei, também vou tentar não perder os próximos.
E a voz claro!Seria interessante o António Barreto entrevistado pela Ana Sousa Dias...
E a voz claro!Seria interessante o António Barreto entrevistado pela Ana Sousa Dias...
Mas foi entrevistado pela Judite de Sousa. É mesmo uma das poucas vozes que ouço com gosto, António Barreto.
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