18.3.07

 

Macedo e Nunes (RPS)

É conhecida a polémica à volta da continuidade e do salário do Director Geral dos Impostos, Paulo Macedo. Dizem todos - ou praticamente todos - que fez um trabalho excelente, incomparável com o dos antecessores, mas a legislação impede que, num próximo mandato, lhe seja pago o salário chorudo que aufere.
Acho que fazer um trabalho excelente é a obrigação mínima de um Director Geral. Em vez de se elogiar este, dever-se-ia antes questionar os anteriores. Em todo o caso, não me choca que seja bem pago, mas acho que Paulo Macedo não é caso único. Na ASAE, o actual presidente, António Nunes, está a fazer um trabalho incomparável ao dos antecessores nos organismos que precederam a ASAE. Na lógica do que se passa nos Impostos, Nunes merecia um salário idêntico ao de Macedo.

Comments:
ès um mãos largas, RPS!
 
Nem mais: ou há moralidade ou comem todos os que merecem.
A melhor sugestão é perguntar porque não se questionaram os anteriores. Quem ocupa os cargos, supostamente, deve desempenhá-los com notória eficácia. Aliás, em tempos idos, a função pública - a qualquer nível - era tida como o desempenho de uma missão.
 
A comparação é bem esgalhada e ambos representam o que a Administração Pública tem hoje de melhor. Com uma ressalva: daqui a um mês provavelmente só António Nunes estará na função pública, onde este cargo é pelo menos o 3º cargo de relevo que ocupa, sempre com brilhantismo.
Mas a comparação tem limites: Paulo Macedo fez o que antes muitos prometeram e nenhum foi capaz de o fazer, e provavelmente só o pode fazer porque, para além de competente, veio de fora e saíra mais dia menos dia. Do ponto de vista da eficácia, Paulo Macedo vale cada cêntimo que ganha e atendendo a que ganha o mesmo que ganhava, com incomparáveis menos chatices, como ter os jornalistas e comentadores (e Portugal inteiro com eles) a falarem sobre o seu ordenado dia sim dia não,suspeito que le próprio se queira ir embora. Por cima. Mas são legítimas as interrogações sobre se é legítimo um funcionário receber assim tanto mais do que os seus superiores políticos. Por mim, numa atitude salomónica, digo que sim, o ordenado de Paulo Macedo deve ter um limite, mas também que o ministro que manda nele e é em última análise quem é responsáveltem que ter um ordenado compatível: ou seja maior !

PS Em relação ao percurso de António Nunes só me subsiste uma dúvida: não quiz ou não conseguiu ser presidente do SNBPC. Ou como Scolari com a selecção brasileira, espera até que a fruta esteja madura e possa impor as suas condições
 
Excelente perspectiva.

O problema das contas públicas portuguesas é o nunca se questionar nada. Como aquelas obras que se adjudicam por 10.000 e depois custam 1.000.000!
 
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