28.3.07
A Certidão de Óbidos
Os jornalistas são uma raça curiosa. Quando o PSR e a UDP desapareceram como partidos para dar lugar ao Bloco de Esquerda, quase ninguém deu por isso. Nem por isso nem pelas fracturazinhas que existem no BE, com a loiríssima excepção da campanha presidencial soarista. Não há pois novidade de um partido à estalada por dentro: nós é que não tomámos atenção.
Quando Portas avançou em Braga para a mão de Monteiro, já sabíamos que os partidos são habitats ainda mais extraordinários que as redacções. Já sabíamos que eles servem para isto, para conspirar, para votar de braço no ar, para dar emprego, para eleger marionetas, vitimizadores e proto-salvadores com o pulso exangue por uma obscura vida de mérito acizentado na academia.
Mas no caso do CDS, pensámos sempre que, lá no fundo, o teatro era mais digno, mais fino, de salão. Em questões morais, desde a fundação do PP – talvez a partir do olhar de Jorge Ferreira para o rabo de uma dançarina de Iran Costa - sempre desconfiámos deles, assim como de quando em vez os finlandeses o fazem relação aos hábitos sexuais dos políticos – algo que deve existir, mas não se pergunta.
Os jornalistas, reafirmo raça estranha, jogaram sempre este jogo. Nunca pisaram a linha de forma oficial. Mas sempre souberam do esfola-gatos que a coisa continha. Não tiveram que entrar na sala de Óbidos para saber que todos se agrediram verbalmente e disso passar certidão. Não precisaram de fazer grandes perguntas para saber que o partido está partido. E não têm grandes dúvidas sobre a poligamia da culpa no processo.
Raça estranha esta que insiste em promover o teatro nos media. Ao menos que dê lucro à casa.
Quando Portas avançou em Braga para a mão de Monteiro, já sabíamos que os partidos são habitats ainda mais extraordinários que as redacções. Já sabíamos que eles servem para isto, para conspirar, para votar de braço no ar, para dar emprego, para eleger marionetas, vitimizadores e proto-salvadores com o pulso exangue por uma obscura vida de mérito acizentado na academia.
Mas no caso do CDS, pensámos sempre que, lá no fundo, o teatro era mais digno, mais fino, de salão. Em questões morais, desde a fundação do PP – talvez a partir do olhar de Jorge Ferreira para o rabo de uma dançarina de Iran Costa - sempre desconfiámos deles, assim como de quando em vez os finlandeses o fazem relação aos hábitos sexuais dos políticos – algo que deve existir, mas não se pergunta.
Os jornalistas, reafirmo raça estranha, jogaram sempre este jogo. Nunca pisaram a linha de forma oficial. Mas sempre souberam do esfola-gatos que a coisa continha. Não tiveram que entrar na sala de Óbidos para saber que todos se agrediram verbalmente e disso passar certidão. Não precisaram de fazer grandes perguntas para saber que o partido está partido. E não têm grandes dúvidas sobre a poligamia da culpa no processo.
Raça estranha esta que insiste em promover o teatro nos media. Ao menos que dê lucro à casa.
Comments:
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O jornalista pupula ao sabor dos lobbys dos partidos e, convém lembrar, no Cds e Psd (e porque não Ps), há muito "boa" gente que penetra nas redacções.
E depois existe aquela coisa do critério editorial, poucas vezes "famoso".
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E depois existe aquela coisa do critério editorial, poucas vezes "famoso".
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