17.1.07

 

Ilusão de óptica

O convite a algumas personalidades para defender figuras históricas num programa de televisão encerra um enorme risco. Agora que a discussão vai ser mais mediatizada, convinha não confundir Vasco da Gama com Ana Gomes ou Afonso Henriques com Leonor Pinhão. Não votando, a minha escolha está publicada aqui.

De toda a forma, a coisa mais ridícula que se ouviu na última noite veio curiosamente de Gonçalo Cadilhe. A ideia de que o nome de Portugal nos quatro cantos do mundo lembra logo o do Infante é verdadeiramente extraordinária.

Por outro lado, Cadilhe coloca-se no pedestal do viajado, obrigando os desafiadores da sua tese à dispendiosa empresa de dar a volta ao mundo para provar o contrário. Eu por mim iria só pela viagem, se ele me pagasse. Ainda assim, com umas míseras duas dezenas de países visitados, arrisco dizer que Cadilhe, no mínimo, conhece pouco da História do próprio Infante. Ou então foi ilusão de optica que ficou da leitura dos resumos escolares.
Acontece.
Os alemães também se esqueceram de Hitler nas suas votações neste programa.

Comments:
também não deixa de ser estranho termos uma befiquista ferrenha, vulgo moura a "defender" D. Afonso Henriques...
 
Eu não vi o programa, mas a observação do primeiro parágrafo deste post parece-me muito bem colocada.
 
Eu diria que o nome de Portugal, pelo mundo fora, lembra muito mais Luís Figo ou Cristiano Ronaldo do que Infante. Mas eu, o mais longe que fui da minha terra foi a Pardilhó, no concelho da Murtosa.
 
Exactamente, amigo Funes. No tempo actual, é mesmo assim.
 
Nos quatro cantos do mundo, conhece-se é o Figo...
 
Quando eu viajei um bocadinho, conhecia-se Eusébio e Amália.
Mais recentemente, é o Figo, sem dúvida.
 
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