2.1.07

 

2007 (RPS)

Por essa blogosfera, deparo-me com sucessivos posts sobre 2007. O tom geral é de pessimismo. O meu amigo zekezcarvalho, num excelente post, não foge à regra e faz seu o pessimismo do nosso comum amigo Arlindo do Rego.
De facto, que podemos esperar de um país em que, como aí é dito, existe "uma população que, em assustadora percentagem, tem como supremo objectivo na vida ganhar o Euromilhões para poder consumir à doida sem ter de trabalhar"?

Tendo cada vez mais a achar que a culpa não é tanto "dos políticos" - é mesmo "do povo". Este povo que se prepara para se engalfinhar, a muito curto prazo, em dois grandes debates - nacionais e apaixonantes: o do aborto e o dos "Grandes Portugueses". O do aborto será um remake de 98 - um nojo! Nos "Grandes Portugueses", teremos, para além da análise comparativa das grandezas de Afonso Henriques e de Camões, um apaixonante tema-extra para discussão: Salazar é um "Grande Português"? Salazar era fascista? Ou era apenas autoritário?

Já estou enjoado.

Comments:
Pois para mim, a situação portuguesa é uma preocupação menor.
2007 antevê-se como o ano em que, para todos, se tornará evidente a irremdiável decadência da América e a imparável ascensão da China. Antevê-se como o ano em que o mundo árabe, na sequência do que se passou em 2006, tomará consciência que Israel, sem o apoio que os EUA agora lhe não conseguem dar, é derrotável. Antevê-se como o ano em que a Europa se aperceberá daquilo que o resto do mundo todo já se apercebeu: da sua absoluta irrelevância na cena política internacional.
 
"fazer de cada força uma raiz
e, improvavelmente, ser feliz "

Reconhecer que a situação é difícil, não pode significar conceder a derrota. Muito menos antes de o jogo estar jogado e se tentar tudo para o ganhar. Isto aplica-se à Liga. Isto aplica-se à vida !
 
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