7.11.06

 

A pior profissão do mundo... (RPS)

Quinito e Manuel Cajuda foram os últimos. Os últimos treinadores de futebol que pareciam gostar do que faziam. Surgiam frequentemente descontraídos nas conferências de imprensa, diziam piadas e, por vezes, mesmo em hora de derrota, recorriam a algum humor negro ou, pelo menos, amargo. Em todo o caso, pareciam homens satisfeitos com a vida.

As coisas mudaram muito. Hoje, olhamos as imagens dos treinadores no banco ou ouvimo-los nas salas de imprensa e, independentemente do curso do jogo e do resultado final, estão sempre com - em bom português - cara de fodidos. Estão sempre tensos, de cara fechada, como se carregassem os problemas do mundo às costas, zangados. A vitória no fim do jogo nada muda.

O caso mais evidente é o do treinador do Sporting, Paulo Bento. Não me refiro propriamente à sua imagem, à sua pose e ao seu registo vocal completamente patéticos e que a imitação de Ricardo Araújo Pereira, aliás, colocou definitivamente no anedotário nacional. Para lá do tom de voz, da estranha ortoépia, dos pequenos tiques e do cabelo, Paulo Bento aparece-nos sempre zangado com o mundo. O registo que lhe vi depois de uma grande vitória com o Inter de Milão foi exactamente o mesmo que mostrou depois de perder com o Paços de Ferreira, em casa, graça a um golo marcado com a mão. Paulo Bento é um caso patológico.

Mas, se o treinador do Sporting é um caso à parte, os outros treinadores de futebol da actualidade estão longe de parecer homens felizes. Mesmo quando ganham. Por exemplo, Jesualdo Ferreira. O último sorriso que se lhe viu foi ainda no Bessa, quando o inefável João Loureiro entrou em campo, para um treino, ao lado dele, para mostrar que o treinador não ia mesmo para as Antas... O sorriso de Jesulado era, contudo, amarelo.
Com o treinador do Benfica, passa-se o mesmo, embora em Fernando Santos haja uma nuance, porque se lhe nota em permanência um ar de angústia, já detectável, aliás, nos tempos das Antas e de Alvalade. O homem anda sempre mal.

Olhando para os restantes o panorama não muda.
Um tipo olha para a cara dos treinadores de futebol de hoje e fica a pensar que deve ser a pior profissão do mundo...

Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
 
Ao Paulo Bento costumo chamar-lhe "Calimero".
Os outros, nem alcunha merecem...
 
O pior de todos é José Mourinho. Está sempre a atacar ou em guerra com alguém. Agarra jogadores adversários para retardar lançamentos de linha lateral ou rasga-lhes as camisolas ressabiado por a sua equipa ter jogado pior que o adversário. Faz provocações sistemáticas a que a troupe dos seus apaniguados convencionou chamar "mind games". No demais concordo com o post. Já agora: a imitação que RPS faz de Paulo Bento é melhor e anterior à do Ricardo Pereira: afirmo-o porque a vi. RPS foi vítima de plágio...
 
O Carvalhal já lá foi...O primeiro de quantos ? E porquê ?
A cara dos treinadores condiz com o futebol das equipas - triste. Mas tens de reconhecer que o teu amigo Pacheco consegue passar de zangado (como os outros) ao sorriso rasgado...
 
Bem visto. Nunca tinha pensado nisso. Será que vingou o estilo zangado-com-Deus-e-com-o-Diabo do Mourinho?
 
O caso de Mourinho é diferente, não está na linha destes.

Mourinho é em tudo um caso à parte. E é o melhor de entre eles todos.
 
Coitados, tão sujeitos a chicotadas psicológicas, como não seriam tristes?
Só podem ser!
 
Dê-me um time com Figo, Rafa Márquez, Michael Ballack, por exemplo, e coloque-me como treinadora.
Duvido que a alguém parecerá que ser treinador de futebol, é a pior profissão do mundo...
Duvido!!!
hohohoho!!!

(obrigada pela carinhosa visita. volte sempre que quiser!)
 
E o carvalhal! Ai o Carvalhal que vai ser a minha desgraça!
 
Olha que eles devem andar sempre com o credo na boca. Não fossem os ricos salários e não sei...
 
Deve ser do stress! Andam sempre com trombas devido à pressão mas para mim não serve de desculpa porque o cheque no final do mês deve compensar toda a pressão.
 
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