19.11.06

 

O SNS do Bloco Central (RPS)

Da imprensa do fim de semana, retenho, da revista Pública, este excerto de um trabalho sobre a figura de Jorge Coelho:

Mal Jorge Coelho saiu da consulta dramática em que lhe foi diagnosticado um cancro, corria o ano de 2003, telefonou ao social-democrata Dias Loureiro. "Acompanhei a sua doença desde o primeiro dia", recorda o empresário e histórico dirigente do PSD. "Disse-lhe que tinha de ir a França, que era o país onde o tratamento da doença estava mais avançado".
Dias Loureiro acabaria por interceder junto de Durão Barroso, então primeiro-ministro, para que este intercedesse junto de Jacques Chirac, presidente francês. Pouco depois, estava tudo tratado e Jorge Coelho partia para Paris
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Comments:
A simpatia que tenho por este dirigente partidário (profissão que, por si só, já me causa repugnância a priori) tem vindo a aumentar nos últimos tempos.
Confirmo a simpatia no "trabalho" de que retiraste o único fragmento que aproxima Jorge Coelho ao preconceito que dele tinha.
Mauzinho.......
 
Esta história tem tantas leituras... Diz tanto de nós, dos nossos políticos, do nosso país.
 
Jorge Coelho fez o que qualquer um de nós faria no seu lugar.
A saúde não vai ser um problema no futuro, porque todos acabarão por perceber que é um bem só para os ricos.
É que, enquanto os meios de diagnóstico e tratamento das doenças estão a crescer numa progressão geométrica, os meios financeiros afectáveis à saúde estão acrescer apenas numa progressão geométrica. Resultado: um sistema de saúde gratuita para todos está condenado à falência.
 
Nesta vida, só se safa quem tem dinheiro e amigos influentes.
Por isso é que os políticos estabelecem taxas de internamento, fecham maternidades, terminam com os serviços de urgência, porque sabem que se precisarem falam com A, que depois intercede junto de B, vão para o melhor Hospital do mundo e à partida, assunto resolvido.

Coitado é do Zé povinho que apenas pode contar com colossais listas de espera, muitas das vezes para ter acesso a uma simples consulta, já para não falar nas mesmas, referentes às operações.

Assim se justifica que estes senhores não tenham dúvidas em decidir o que quer que seja e nunca necessitem de apertar o cinto. No presente recebem grandes salários, no futuro a reforma não será problema.
Enfim, a vida está boa é para os políticos e respectivas famílias, porque se também houver necessidade, podem sempre contar com o factor C.

Ah! Já para não falar daqueles que decidem ir passar umas “férias” ao Brasil, regressam qual D. Sebastião, e o máximo que lhes poderá acontecer é verem o processo arquivado!
 
Tenho muitas dificuldades com este post. Não gosto de Jorge Coelho, não gosto de Dias Loureiro, está ainda fresca na memória a partida de pessoas muito próxinas.
Mas, na vedade, mão gosto é das personas públicas, que nunca falei com elas, não sei nada delas fora da cena política. Esta história torna os protagonistas mais humanos, mais iguais a nós. Nós faríamos o mesmo, para nos salvar, para salvar os nossos amigos. E para confirmar, mais uma vez, que, independentemente de sermos do Benfica, do Sporing ou do Coimbrões, de direita conservadorta ou extrema esquerda ML, o essencial é a amizade: por isso bom dia Funes (e parabens), RPS, Zekez e tutti quamti, os que vêm e os que não vêm a este ponto de encontro dizer umas piadas, emitir uns pensamentos profundos ou simplemente dizer olá. Numa palavra: viver
 
bom dia, McJaku!
:o)
 
..enquanto os meios de diagnóstico e tratamento das doenças estão a crescer numa progressão geométrica, os meios financeiros afectáveis à saúde estão a crescer apenas numa progressão aritmética. Resultado: um sistema de saúde gratuita para todos está condenado à falência.

Assim é que o meu comentário anterior está correcto.

Mcjaku toca num ponto fundamental nestas questões: é que, políticos ou não, todos nós faríamos o que fez Dias Loureiro. Talvez um alemão o não fizesse. Mas é precisamente por isso que eu prefiro, com todos os nossos inumeráveis defeitos, ser português.
 
Ora bem! nem mais!
Faríamos todos qualquer coisa se pudermos e tivermos dinheiro para isso.
 
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