12.6.06
Papas (RPS)
O Wojtyla tinha um carisma fora do comum.
O Ratzinger tem uma inteligência e uma solidez intelectual fora do comum.
O Ratzinger tem uma inteligência e uma solidez intelectual fora do comum.
Comments:
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cada vez que em certa e determinada rádio começa o terço, as "notícias" publicitárias ou as "notícias" religiosas eu viro...
é a vida!
é a vida!
A solidez intelectual do Ratzinger deve vir-lhe do cérebro tipo "pedregulho". É aquilo e não dá mais.
Mas esqueceste-te de Albino Lucciani. Esse, coitado, é que nem lhe deram tempo para mostrar a sua solidez...
Mas esqueceste-te de Albino Lucciani. Esse, coitado, é que nem lhe deram tempo para mostrar a sua solidez...
É rigorosamente verdade o que dizes, RPS.
É por isso que Ratzinger tem que andar a apanhar os cacos em que o seu antecessor lhe deixou a Igreja.
Como se começa a ver agora, Wojtyla - com a sua tendêmcia para a demagogia popularucha, a crendice barata e supersticiosa e o paganismo - foi seguramente um dos papas que mais mal fez à Igreja Católica.
Agora, Ratzinger tem que remendar tudo, a partir do zero. Se tiver tempo e a coisa lhe correr bem, no fim, terá uma Igreja com muita pouca gente, mas muito mais sólida e forte.
Até lá, quase aposto que não põe os pés em Fátima.
Por mim, que não sou católico, gostava mais de Wojtyla. Era inofensivo.
É por isso que Ratzinger tem que andar a apanhar os cacos em que o seu antecessor lhe deixou a Igreja.
Como se começa a ver agora, Wojtyla - com a sua tendêmcia para a demagogia popularucha, a crendice barata e supersticiosa e o paganismo - foi seguramente um dos papas que mais mal fez à Igreja Católica.
Agora, Ratzinger tem que remendar tudo, a partir do zero. Se tiver tempo e a coisa lhe correr bem, no fim, terá uma Igreja com muita pouca gente, mas muito mais sólida e forte.
Até lá, quase aposto que não põe os pés em Fátima.
Por mim, que não sou católico, gostava mais de Wojtyla. Era inofensivo.
não é um assunto ao qual dê especial importância, mas concordo com o funes, ao menos o outro era inofensivo;este até de mau tem cara!
Pode ser um pouco "la paliciano", mas este é um post que nos reconduz para o essencial. O que explica por que eu, sempre avesso a carísmas e messianismos, cheguei a embirrar solenemente com o papa anterior. Mas, sendo tentado a concardar com Funes, devo recordar que o actual papa era o braço direito do anterior e não um seu inimigo teológico...
Albino Luciani ficará para sempre gravado na minha memória. Era o "Papa do sorriso" e o seu sorriso era genuinamente bom. Conheço mal (para não confessar que desconheço de todo) o pensamento de Ratzinger mas acho que este é o papa dos intelectuais conservadores, como Paulo VI foi o papa dos intelectuais progressistas.
João Paulo II foi o Papa das massas , o Papa universalista e o papa que ajudou a acabar com o imperialismo soviético. Muitos não lhe perdoarão essa última faceta. Outros depreciam-no agora por snobismo intelectual tardio. Mas ficou na História como um dos papas mais impressivos e politicamente significativos.
João Paulo II foi o Papa das massas , o Papa universalista e o papa que ajudou a acabar com o imperialismo soviético. Muitos não lhe perdoarão essa última faceta. Outros depreciam-no agora por snobismo intelectual tardio. Mas ficou na História como um dos papas mais impressivos e politicamente significativos.
Não sei se a boca de ZEKEZ sobre snobismo intelectual tardio me era dirigida. Se era, a carapuça não me serve.
Primeiro, porque o meu snobismo intelectual não é de agora, é de sempre.
Segundo, porque sempre manifestei a minha distância em relação a João Pauli II, que nunca me caiu no goto, até pelas razões que Zekez aponta: ter sucedido ao bom e simpático Albino Luciani.
Quanto à queda do comunismo, estou à vontade para falar, porque essa, sim, só tardiamente (aí por volta de 1995/96) a comecei a lamentar. Quando ocorreu, julguei (estupidez minha) tratar-se de uma grande coisa.
A verdade é que a importância que João Paulo II teve na queda do comunismo foi praticamente nula, sendo o empolamento do seu papel um mito que os católicos gostam de alimentar.
A verdade é que o comunismo caiu essencialmente por dois factores:
- a corrida militar que Reagan impôs e que a URSS, em crise, não foi capaz de acompanhar;
- o desastre de Chernobil que, para lá de toda a dúvida razoável, pôs a nu a mentira que era a sociedade soviética, levando à perda definitiva do apoio que os intelectuais do ocidente gostavam de dar à URSS.
Quanto ao papa e à Polónia, em condições normais, não era nada que uma dúzia de tanques não fossem capazes de pôr na ordem. Como, em 56, na Hungria ou como, em 68, em Praga.
Primeiro, porque o meu snobismo intelectual não é de agora, é de sempre.
Segundo, porque sempre manifestei a minha distância em relação a João Pauli II, que nunca me caiu no goto, até pelas razões que Zekez aponta: ter sucedido ao bom e simpático Albino Luciani.
Quanto à queda do comunismo, estou à vontade para falar, porque essa, sim, só tardiamente (aí por volta de 1995/96) a comecei a lamentar. Quando ocorreu, julguei (estupidez minha) tratar-se de uma grande coisa.
A verdade é que a importância que João Paulo II teve na queda do comunismo foi praticamente nula, sendo o empolamento do seu papel um mito que os católicos gostam de alimentar.
A verdade é que o comunismo caiu essencialmente por dois factores:
- a corrida militar que Reagan impôs e que a URSS, em crise, não foi capaz de acompanhar;
- o desastre de Chernobil que, para lá de toda a dúvida razoável, pôs a nu a mentira que era a sociedade soviética, levando à perda definitiva do apoio que os intelectuais do ocidente gostavam de dar à URSS.
Quanto ao papa e à Polónia, em condições normais, não era nada que uma dúzia de tanques não fossem capazes de pôr na ordem. Como, em 56, na Hungria ou como, em 68, em Praga.
Estaline perguntou uma vez quantas divisões tinha o Vaticano. Mas o poder real não se mede só em termos de divisões militares. Como Henrique IV aprendeu em Canossa, à custa de Gregório VII... Quanto àquela coisa do "snobismo intelectual tardio" é óbvio que não se dirigia ao meu amigo Funes. Que raio de ideia! Ele nem é snob, nem tardio em nada (costuma até ver as coisas antes dos outros - excepto em matéria de futebol). Era sim para uma corte de recém admiradores de Bento XVI que começa a formar-se. Entre Reagan e Wojtyla apesar de tudo prefiro o segundo, que vi pessoalmente num desfile em Portugal, na compnahia de vários colegas que o aclamavam, entre os quais (se a memória não me engana - e é das unicas coisas em que não costumo enganar-me)estava o meu amigo Funes...
Equívoco teu, meu caro Zekez.
Pesem os muitos e insistentes convites para acompanhar a maralha à Católica de Lisboa ou à Avenida dos Aliados, a dar vivas a João Paulo II, recusei e fiquei em casa, a gozar soberanamente os que passaram 12 horas de pé, à espera do homem de branco, cantando sempre "somos um, somos dois, somos três, somos milhões a cantar: Bibó Papa".
A única vez que vi João Paulo II ao vivo e a cores, foi numa audiência pública das quartas feiras, em Roma, no ano de 1989. Sabendo-me em Roma, a minha avó pedira-me que o fizesse. Fi-lo (e, sem fé, embora, rezei) por ela.
Fiquei espantado com a histeria da multidão, tentando tocar o Papa, quando este abandonava a sala. Até os colegas ao meu lado, que eu julgava dotados de algum senso, gritavam.
Pesem os muitos e insistentes convites para acompanhar a maralha à Católica de Lisboa ou à Avenida dos Aliados, a dar vivas a João Paulo II, recusei e fiquei em casa, a gozar soberanamente os que passaram 12 horas de pé, à espera do homem de branco, cantando sempre "somos um, somos dois, somos três, somos milhões a cantar: Bibó Papa".
A única vez que vi João Paulo II ao vivo e a cores, foi numa audiência pública das quartas feiras, em Roma, no ano de 1989. Sabendo-me em Roma, a minha avó pedira-me que o fizesse. Fi-lo (e, sem fé, embora, rezei) por ela.
Fiquei espantado com a histeria da multidão, tentando tocar o Papa, quando este abandonava a sala. Até os colegas ao meu lado, que eu julgava dotados de algum senso, gritavam.
Meu caro Funes: as minhas desculpas pelo equívoco. A memória prega partidas mesmo aos memoriosos. Fizeste bem em teres rezado pela tua avó em Roma. E melhor ainda em assumi-lo na blogosfera.
Pleno de razão! A referência em Auschwitz à distracção divina é de grande solidez intelectual, quanto mais carisma !!!
De acordo !!!
De acordo !!!
Quem me dera ir para uma mesa de Café discutir com o Funes. Ou seja ter tempo para o fazer... E não fui eu quem começou, foi ele! Interpretou mal uma boca que eu mandara a alguns intelectuais snobs pró-Ratzinger e anti-Wojtyla e veio atacar-me. Estive quase a fazer queixa à stôra...
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