8.6.06
Alemanha 74 (RPS)
Estava verdadeiramente em pulgas. Ia começar o Mundial! Estava eu de férias e vinham aí muitos jogos na televisão (muitos mesmo, bastante menos que hoje em dia, mas eram mesmo muitos na escala da época) e o Brasil ia jogar! Infelizmente, Pelé já não estava, mas havia o Jairzinho, o craque que se benzia quando marcava golos! E o Yazalde, do Sporting, ia jogar pela Argentina! Que raiva o Perú não ter sido apurado! Queria ver o Cubillas, o meu grande ídolo do FCP, a jogar no Mundial, para mostrar que era muito melhor que esse sportinguista do Yazalde! É que eu tinha ficado a saber que, quatro anos antes, Cubillas havia sido uma revelação e um dos melhores no Mundial do México. Marcara, inclusivamente, um golo ao poderoso Campeão do Mundo, o Brasil.
Brasil-Jugoslávia foi o jogo de abertura do Mundial de 74. Que desilusão... O jogo (0-0) e o Brasil. Não me recordo dos resultados seguintes, mas lembro-me da desilusão que foi para mim o pobre futebol dos brasileiros. Não me lembro de Jairzinho ter marcado um golo (embora tenha verificado que sim) e recordo o nome de um jogador que retive como o melhor: Rivelino. Marcava livres e estourava com o pé esquerdo. Outro jogador - Valdomiro - era fonte de todas as polémicas, com muitos a dizerem não ter categoria para a selecção.
Retenho, ainda, que foi nesta altura que os comentadores da televisão me começaram a irritar(não me lembro de quem se tratava). Eles não só não escondiam a sua posição pró-Brasil, como produziam um estúpido discurso no sentido de que os portugueses tinham obrigação de apoiar a selecção brasileira porque o Brasil e os brasileiros eram um povo-irmão. Nem 10 anos tinha, mas esse discurso irritou-me e cheirou-me a bafio. Atenção: não só o Estado Novo tinha já ruído, como se vivia inclusivamente em pleno período revolucionário.
Pela mesmíssima razão - a atitude dos comentadores - foi nesse Mundial que comecei a embirrar com a Holanda. Sei hoje que tinham uma grande equipa, com Crujff à cabeça, mas eu tomei-os de ponta. É que, com a desilusão brasileira, os opinion-makers da época começaram a fazer um insistente discurso pró-Holanda. Parece que tinhamos todos de ser pela Laranja Mecânica. Claro que passei a torcer pela Alemanha, logo no final da primeira fase. E Gerd Muller, o goleador da equipa, passou a meu ídolo. No recreio do colégio, sentia-me com grande apetência para marcar golos como ele.
A Alemanha venceu a Holanda na final e eu fiquei contente.
Desse Mundial, recordo ainda os palhaços da companhia: a selecção do Zaire.
Contra o Brasil (corre por aí o vídeo) um defensor saiu da barreira disparado, antes de Rivelino marcar um livre, e pontapeou a bola.
Contra a Jugoslávia (9-0), por volta dos 20 minutos e já a perder por 3-0, o treinador do Zaire resolveu proceder - com estrépito - à substituição do guarda-redes. O suplente, fazendo aplicados exercícios de aquecimento, entrou em campo, preparando-se para suster o livre directo que os jugoslavos iam marcar. Marcaram e... 4-0. Não se mexeu, só a viu entrar.
Comments:
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Bem, uma coisa me parece certa. este ano, podemos não fazer uma grande figura, mas, seguramente, não vamos ser os palhaços da companhia.
Deus te ouça, Funes...
Mas em 74, os verdadeiros palhaços foram os brasileiros, mais que os coitados do zairenses, que se estreavam e tinham, reza a lenda, estranhíssimos métodos de treino. O Brasil não jogava nada e o Zagallo (esse mesmo, o que é agora adjunto do Parreira) teve a lata de confessar que tinha ficado completamente surpreendido pela forma de jogar da Holanda.
Valdomiro, dizes tu se chamava o palhaço mor. Assim de memória, diria que se chamava Clodoaldo. De certeza que era o nº 13 ( o nº da sorte do Zagallo que era (é) terrivelmente supersticioso), jogava a extremo direito e marcou o 3º golo no tal jogo contra o Zaire, que valeu a qualificação ao Brasil, que precisava de ganhar por 3-0. Como a Jugoslávia deu 9, dá para ver a diferença para o Brasil. Aliás, a Jugoslávia devia ter ganho no tal 0-0.
PS A final de 74 foi uma das minhas maiores desilusões desportivas de sempre (assim de repente, só comparável à final do campeonato do Mundo de 78 - outra vez a Holanda - aos 6-3 do Benfica e João Pinto em Alvalade, à final do ano passado com o CSKA e à final do Europeu).
Eu era fã da Holanda e do seu modo de jogar futebol. Melhor equipa que aquela talvez só o Brasil de 82.
Vi a final de 74 em Espinho em casa de amigos dos meus pais. Lembro-me do comentário de um deles quando o árbitro se preparava para iniciar o jogo: a responsabilidade deste tipo em marcar um penalty. Na primeira jogada, menos de 30 segundos, penalty contra a equipa da casa, a Alemanha !
Mas, o que retenho daquele painel de famílias amigas da minha, é que várias daquele pessoas já não estão entre nós. E não, não me refiro apenas aos amigos dos meus pais, nem sequer à minha mãe. refiro-me a amigos que comigo asssistiam ao jogo e compartilhavam brincadeiras e a que já tive de dizer adeus...
As lembranças que tu me fazes ter RPS...
Mas em 74, os verdadeiros palhaços foram os brasileiros, mais que os coitados do zairenses, que se estreavam e tinham, reza a lenda, estranhíssimos métodos de treino. O Brasil não jogava nada e o Zagallo (esse mesmo, o que é agora adjunto do Parreira) teve a lata de confessar que tinha ficado completamente surpreendido pela forma de jogar da Holanda.
Valdomiro, dizes tu se chamava o palhaço mor. Assim de memória, diria que se chamava Clodoaldo. De certeza que era o nº 13 ( o nº da sorte do Zagallo que era (é) terrivelmente supersticioso), jogava a extremo direito e marcou o 3º golo no tal jogo contra o Zaire, que valeu a qualificação ao Brasil, que precisava de ganhar por 3-0. Como a Jugoslávia deu 9, dá para ver a diferença para o Brasil. Aliás, a Jugoslávia devia ter ganho no tal 0-0.
PS A final de 74 foi uma das minhas maiores desilusões desportivas de sempre (assim de repente, só comparável à final do campeonato do Mundo de 78 - outra vez a Holanda - aos 6-3 do Benfica e João Pinto em Alvalade, à final do ano passado com o CSKA e à final do Europeu).
Eu era fã da Holanda e do seu modo de jogar futebol. Melhor equipa que aquela talvez só o Brasil de 82.
Vi a final de 74 em Espinho em casa de amigos dos meus pais. Lembro-me do comentário de um deles quando o árbitro se preparava para iniciar o jogo: a responsabilidade deste tipo em marcar um penalty. Na primeira jogada, menos de 30 segundos, penalty contra a equipa da casa, a Alemanha !
Mas, o que retenho daquele painel de famílias amigas da minha, é que várias daquele pessoas já não estão entre nós. E não, não me refiro apenas aos amigos dos meus pais, nem sequer à minha mãe. refiro-me a amigos que comigo asssistiam ao jogo e compartilhavam brincadeiras e a que já tive de dizer adeus...
As lembranças que tu me fazes ter RPS...
Do mindial da alemanha recordo a existência de rês fabulosos guarda-redes: Enver Maric, da Jugoslávia Ronnie Hellstroem, da Suécia, e Tomaszewski da Polónia. Dos melhores que vi jogar. Uma Holanda colectivamente inovadora, com CruYff, Neeskens e Krol a darem o mote. Uma grande Polónia, com Lato e Deyna a conseguir o terceiro lugar contra o Brasil: e A Alemanha a conqusitar o título, com eficiência mas sem o brilhantismo que revelkara apenas dois anos antes no Campeonato da europa, que também ganharam: O goleador Muller, o central estratega Beckenbauer, Paul Breitner (o defesa esquerdo Maoista) e o médio Gunter Netzer.
Perdão pelos numerosos erros ortográficos do comentário anterior. Foi de escrever à pressa, antes que me chamem para o trabalho.
Este post é a reprodução exacta de uma das nossas inúmeras conversas do Café Veneza.
E quando eu entro com um comentário inteligente, do tipo: "então e se o Brasil precisasse de ganhar 3-0 ao Zaire e o árbitro marcasse um penalti contra este país e fosse chamado a marcá-lo o tal Clodoaldo e este, em vez de chutar a bola, a soprasse para a baliza, era golo? E só podia dar um soprão, ou podia ir avançando às sopradinhas, até passar a linha de golo?", o RPS, o McJacku e o Zekez respondem-me:
- Está calado!
E quando eu entro com um comentário inteligente, do tipo: "então e se o Brasil precisasse de ganhar 3-0 ao Zaire e o árbitro marcasse um penalti contra este país e fosse chamado a marcá-lo o tal Clodoaldo e este, em vez de chutar a bola, a soprasse para a baliza, era golo? E só podia dar um soprão, ou podia ir avançando às sopradinhas, até passar a linha de golo?", o RPS, o McJacku e o Zekez respondem-me:
- Está calado!
o Zekez tem razão nos guarda redes, mas esqueceu-se do, no fim de contas, principal: o Mayer, que deu o título à Alemanha com dus exibições fabulosas contra a Polónia (a 2ª melhor equipa, a seguir à Holanda) na meia final e na final.
PS Senhor Funes: o jogador que marca o livre tem de tocar na bola e esta tem de percorrer o seu tamanho para estar em jogo. Fui claro
PS Senhor Funes: o jogador que marca o livre tem de tocar na bola e esta tem de percorrer o seu tamanho para estar em jogo. Fui claro
Não, Mcjaku. O termo "tamanho" aplicado a uma bola, não tem qualquer sentido. Talvez quisesses dizer "uma distância igual à do seu perímetro"...
Ou será tem que fazer uma rotação de 360 graus?
E pode o jogador que marca o penalti dar um toque de calcanhar para trás, passando bola a um colega que a chuta depois para a baliza? (repare-se que, se ele dá um toque de calcanhar, há um momento em que a parte do pé que toca a bola está à frente da linha desta e, portanto, o jogador está fora de jogo).
Ou - embora McJacku o tenha omitido - o jogador que marca o penalti só pode tocar a bola para a frente?
E, neste caso, o que é tocar a bola para a frente? É tocá-la numa linha perpendicular à linha imaginária que passa pelo centro da bola e é paralela à linha de cabeceira? Ou é apenas tocá-la, de forma a que a linha que ela percorre forme um ângulo obtuso com a dita linha imaginária que, passando pelo centro da bola no momento da marcação da falta, é paralela à linha de cabeceira?
E se formar apenas um ângulo recto, isto é, se for um toque para o lado?
E pode o jogador que marca o penalti dar um toque de calcanhar para trás, passando bola a um colega que a chuta depois para a baliza? (repare-se que, se ele dá um toque de calcanhar, há um momento em que a parte do pé que toca a bola está à frente da linha desta e, portanto, o jogador está fora de jogo).
Ou - embora McJacku o tenha omitido - o jogador que marca o penalti só pode tocar a bola para a frente?
E, neste caso, o que é tocar a bola para a frente? É tocá-la numa linha perpendicular à linha imaginária que passa pelo centro da bola e é paralela à linha de cabeceira? Ou é apenas tocá-la, de forma a que a linha que ela percorre forme um ângulo obtuso com a dita linha imaginária que, passando pelo centro da bola no momento da marcação da falta, é paralela à linha de cabeceira?
E se formar apenas um ângulo recto, isto é, se for um toque para o lado?
RPS, perdoa o plebeiismo, mas era mesmo perímetro que eu queria dizer. Embora julgue que o povo tenha entendido. Já o nosso amigo Funes, em vez de me atender o TLM ou ver quem lhe ligou e ele não atendeu, continua a sua exegese das leis do jogo!
A tua ordem Zekez, não responde à minha dúvida.
A verdade é que tu não sabes responder-lhe. A verdade é que tu podes muito bem saber o nome do guarda-redes do Zaire que no mundial de 74 foi susbstituído aos 20 minutos da primeira parte, mas de futebol, ao contrário de mim, não sabes nada.
A verdade é que tu não sabes responder-lhe. A verdade é que tu podes muito bem saber o nome do guarda-redes do Zaire que no mundial de 74 foi susbstituído aos 20 minutos da primeira parte, mas de futebol, ao contrário de mim, não sabes nada.
Senhores,
na copa de 74 a Alemanha tinha em seu escrete um jogador chamado Netzer,
inclusive corria a boca pequena que se tratava de tremendo bytola, inclusive tendo sua entradas em campo ovacionadas pelo público(qual?)....seria verdade?
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na copa de 74 a Alemanha tinha em seu escrete um jogador chamado Netzer,
inclusive corria a boca pequena que se tratava de tremendo bytola, inclusive tendo sua entradas em campo ovacionadas pelo público(qual?)....seria verdade?
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