14.4.06
Uma luz na escuridão (RPS)
Vai um pasmaceira pela blogosfera... Com honrosas excepções, claro, mas o tom geral é de inactividade. E a inactivadade é contagiante... Quando um tipo não sabe o que escrever, cita os outros. É o que eu vou fazer. Mas não cito por citar: cito o meu amigo Funes que, com a lucidez de (quase) sempre me deu o melhor que li hoje. Um ponto de luz na escuridão geral.
Ficam alguns excertos...
Dos últimos duzentos ou trezentos governos que tivemos, não houve um só que não proclamasse a sua infinita paixão pela educação e não visse na educação a matriz redentora da nossa salvação colectiva.
(...)
Erro puro. A educação não conta para nada.
(...)
Do ponto de vista cultural, não consta que Fernando Pessoa ou Saramago (o detestável), por exemplo, sejam inferiores aos escritores que frequentaram as boas escolas estrangeiras.
Que eu saiba, nem um só talento a sério saiu das grandes escolas mundiais.
(...)
A educação não conta para nada.
O problema do país não é falta de educação. É a pobreza mediana e a consequente indisponibilidade total para o risco.
Como o demonstra a América - uma nação de analfabetos, feita por analfabetos - um país não se faz com gente culta ou especialmente culta. Faz-se com gente disposta a correr riscos.
E gente disposta a correr riscos é o que não há em Portugal.
(...)
Este país não tem solução.
Ficam alguns excertos...
Dos últimos duzentos ou trezentos governos que tivemos, não houve um só que não proclamasse a sua infinita paixão pela educação e não visse na educação a matriz redentora da nossa salvação colectiva.
(...)
Erro puro. A educação não conta para nada.
(...)
Do ponto de vista cultural, não consta que Fernando Pessoa ou Saramago (o detestável), por exemplo, sejam inferiores aos escritores que frequentaram as boas escolas estrangeiras.
Que eu saiba, nem um só talento a sério saiu das grandes escolas mundiais.
(...)
A educação não conta para nada.
O problema do país não é falta de educação. É a pobreza mediana e a consequente indisponibilidade total para o risco.
Como o demonstra a América - uma nação de analfabetos, feita por analfabetos - um país não se faz com gente culta ou especialmente culta. Faz-se com gente disposta a correr riscos.
E gente disposta a correr riscos é o que não há em Portugal.
(...)
Este país não tem solução.
Comments:
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a educação conta muito, a formação ajuda um pouco mais ... e.....
os que correm os riscos, tem de saber qd, como e onde arriscar:)
pstt nós não somos analfabetos, somos "analfabrutos"..é um simples problema na anal.ise do texto:)))
jocas maradas de marar
os que correm os riscos, tem de saber qd, como e onde arriscar:)
pstt nós não somos analfabetos, somos "analfabrutos"..é um simples problema na anal.ise do texto:)))
jocas maradas de marar
opsss vinha simplesmente desejar-te um pascoa feliz, cheia de jocas maradas de chocolate e tropeçei nas palavras..acontece mta vez:)
"os que correm os riscos, tem de saber qd, como e onde arriscar"
Erro puro e significativo, cara Su.
Quando se sabe quando, como e onde arriscar, não se está a arriscar nada. Está a jogar-se pelo seguro.
É disso que os portugueses gostam. De jogar pelo seguro. E, de preferência, fingindo que estão a arriscar muito.
Basta ver o modo como a nossa classe empresarial exige a privatização imediata de qualquer actividade lucrativa (deixando primeiro que seja o Estado a suportar os custos e os riscos do respetivo lançamento) e o modo como exige, depois da privatização, que o Estado garanta eternamente as mesmas expectativas de lucros; basta ver o modo como a nossa classe empresarial exige a imediata retoma pelo Estado de qualquer actividade que ameace deixar de gerar os lucros esperados (vide, por exemplo, o caso do fundo de pensões do BCP), para perceber o modo como neste país se gosta de arriscar. Conhecendo sempre o como, o quando e o onde arriscar.
Portugal não tem solução.
Erro puro e significativo, cara Su.
Quando se sabe quando, como e onde arriscar, não se está a arriscar nada. Está a jogar-se pelo seguro.
É disso que os portugueses gostam. De jogar pelo seguro. E, de preferência, fingindo que estão a arriscar muito.
Basta ver o modo como a nossa classe empresarial exige a privatização imediata de qualquer actividade lucrativa (deixando primeiro que seja o Estado a suportar os custos e os riscos do respetivo lançamento) e o modo como exige, depois da privatização, que o Estado garanta eternamente as mesmas expectativas de lucros; basta ver o modo como a nossa classe empresarial exige a imediata retoma pelo Estado de qualquer actividade que ameace deixar de gerar os lucros esperados (vide, por exemplo, o caso do fundo de pensões do BCP), para perceber o modo como neste país se gosta de arriscar. Conhecendo sempre o como, o quando e o onde arriscar.
Portugal não tem solução.
Alguém (José Mariano Gago in Público) disse: "Fernando Gil pertence naturalmente ao movimento filosófico internacional e à renovação da epistomologia contemporânea.
Mas pertence também, por vontade sua também do país, a este período extraordinário de desenvolvimento e modernização de Portugal, de desenvolvimento científico e da cultura científica, de que os próprios portugueses duvidam. Têm razões para o duvidar. tantas quantas a ansiedade e a necessidade de uma vida melhor para o o maior número, ou a angústia da urgência do desenvolvimento, sempre lento, face às carências sentidas. MAS A DÚVIDA TAMBÉM CORRÓI A LUCIDEZ E LIMITA I PENSAMENTO E A ACÇÂO!!!"
Chego à conclusão que é mais fácil ter e menos arriscado ter um posicionamento pessímisma face às coisa (é jogar pelo seguro e mais massificado (todos concordam!!)
Mas pertence também, por vontade sua também do país, a este período extraordinário de desenvolvimento e modernização de Portugal, de desenvolvimento científico e da cultura científica, de que os próprios portugueses duvidam. Têm razões para o duvidar. tantas quantas a ansiedade e a necessidade de uma vida melhor para o o maior número, ou a angústia da urgência do desenvolvimento, sempre lento, face às carências sentidas. MAS A DÚVIDA TAMBÉM CORRÓI A LUCIDEZ E LIMITA I PENSAMENTO E A ACÇÂO!!!"
Chego à conclusão que é mais fácil ter e menos arriscado ter um posicionamento pessímisma face às coisa (é jogar pelo seguro e mais massificado (todos concordam!!)
Acomodamo-nos! Ele tem razão! Não se preocupam com a educação...eu que o diga!!!
Que o Amor e a Paz permaneçam cima de tudo
BlueShell^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_
_:_:_:_:_:_:_:_:_:_::_:_:_:_:_:_:_::_:_:__::_:
;;*_*;;;;;;;;;;;;;;*_*;;;;;;;;;;;;;;*_*;;;;;;;;;;;;;;;;
Que o Amor e a Paz permaneçam cima de tudo
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funes.. te entendo...mas se quiser brincar com as palavras, não há jogos seguros, td na vida implica riscos e opções e isso implica não ser analfabeto:)
quem pensa que joga pelo seguro.... pensa mal, ou nem pensa...sei lá....mas entendi.te
não sei se me fiz entender
pt não tem solução pq nem joga, nem arrisca...fica quieto pq nada sabe
qto ao bcp, chama.os de oportunitas :) mas não de analfabetos, que era a questão do post:))))))))))))))
jocas maradas de marar
quem pensa que joga pelo seguro.... pensa mal, ou nem pensa...sei lá....mas entendi.te
não sei se me fiz entender
pt não tem solução pq nem joga, nem arrisca...fica quieto pq nada sabe
qto ao bcp, chama.os de oportunitas :) mas não de analfabetos, que era a questão do post:))))))))))))))
jocas maradas de marar
ops eu pecadora me confesso , não reparei q funes, era quem escreveu o texto , mas logo q dei conta fui ler o original e tu bem o dizes...
"E gente disposta a correr riscos é o que não há em Portugal. Nem pode haver. Na verdade, a gente disposta a correr riscos é a gente tão rica, que, mesmo que perca, nunca perde muito; ou a gente tão pobre, que já não tem nada a perder.Nem uma coisa nem outra existe em Portugal. "
é isso mesmo............
jocas maradas
"E gente disposta a correr riscos é o que não há em Portugal. Nem pode haver. Na verdade, a gente disposta a correr riscos é a gente tão rica, que, mesmo que perca, nunca perde muito; ou a gente tão pobre, que já não tem nada a perder.Nem uma coisa nem outra existe em Portugal. "
é isso mesmo............
jocas maradas
Nem tudo é mau. Vamos tendo as honrosas excepções que confirmam a regra, definida pelo Funes.
Sempre que RPS está com preguiça e cita Funes ou Aristóteles, a coisa sai boa, com polémica bastante.
Sempre que RPS está com preguiça e cita Funes ou Aristóteles, a coisa sai boa, com polémica bastante.
(...)A origem e o uso dos vocábulos "literacia" e "ileteracia" já estão explicados em respostas anteriores. Como já se disse, são termos recentes, provenientes do inglês, talvez sinónimos de outros que já existiam na língua portuguesa, e são hoje usados em matérias específicas como a didáctica das línguas.
Neste contexto e de uma forma genérica, "literacia" refere-se às "capacidades de processamento da informação escrita na língua quotidiana", tendo em conta a competência adquirida na formação escolar, tanto ao nível da escrita como ao da leitura; "ileteracia" designa um nível baixo de competência na escrita e na leitura revelado por indivíduos com formação escolar. No meu ponto de vista, "aliteracia" é antónimo de "literacia" e significa o mesmo que analfabetismo.
Se associarmos a estes vocábulos o adjectivo "científico", as definições acima descritas serão válidas para o contexto da ciência em que as pretende aplicar.
Cf. Literacia e Iliteracia / iletrismo.
Maria do Rosário Laureano
Neste contexto e de uma forma genérica, "literacia" refere-se às "capacidades de processamento da informação escrita na língua quotidiana", tendo em conta a competência adquirida na formação escolar, tanto ao nível da escrita como ao da leitura; "ileteracia" designa um nível baixo de competência na escrita e na leitura revelado por indivíduos com formação escolar. No meu ponto de vista, "aliteracia" é antónimo de "literacia" e significa o mesmo que analfabetismo.
Se associarmos a estes vocábulos o adjectivo "científico", as definições acima descritas serão válidas para o contexto da ciência em que as pretende aplicar.
Cf. Literacia e Iliteracia / iletrismo.
Maria do Rosário Laureano
Lamento o erro que cometi, por distração... pois eu queria referi-me à ILETERACIA e cometi um exemplo "vivo"... e continuei a cometer sem me aperceber (acontece-me muitas vezes no teclado)... pois não estava visualizar bem a palavra e continuei a comer a letra e. Prometo que ñão se repetirá. palavra de blog!
o rps é um preguicoso....está nos doces , no seu belo domingo de pascoa e o pessoal aqui numa de literatos eheheheh
jocas maradas, o esperto é ele:))))))mas o mau feitio é o seu dom:))))
jocas maradas, o esperto é ele:))))))mas o mau feitio é o seu dom:))))
Eu acho é que o RPS anda de mau humor... Só se queixa que isto anda uma pasmaceira, mas também não cá vem há algum tempo.
O rps vai ter uma semana de cão. É isso que se perspectiva. Provavelmente, vai meter aí uns posts sobre futebol, que sempre é mais fácil.
Futebol não vale, RPS...
Já andam aí a dizer que o Porto já ganhou e tal...vide Barbed wire...
Depois, os de Lisboa, que sabem que é verdade, mas ainda assim ficam chateados, é claro que ficam...
Já andam aí a dizer que o Porto já ganhou e tal...vide Barbed wire...
Depois, os de Lisboa, que sabem que é verdade, mas ainda assim ficam chateados, é claro que ficam...
dois comentários muito atrasados:
1. o Funes comete o erro que muitas vezes critica: Portugal precisa de quem arrisque e de educação. Não só porque a educação é sempre precisa para a maioria que não arrisca (a maioria), como também os corajosos que o fazem. Não é à toa que a zona onde há (houve?) maior dinamismo (o vale do Ave, onde toda a gente abria uma empresa) é hoje por hoje a zona mais deprimida;
2.Como diz Nefertiti, é muito mais fácil dizer mal (embora seja difícil ser brilhente co Funes...)Fazer bem é que é dificil !
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1. o Funes comete o erro que muitas vezes critica: Portugal precisa de quem arrisque e de educação. Não só porque a educação é sempre precisa para a maioria que não arrisca (a maioria), como também os corajosos que o fazem. Não é à toa que a zona onde há (houve?) maior dinamismo (o vale do Ave, onde toda a gente abria uma empresa) é hoje por hoje a zona mais deprimida;
2.Como diz Nefertiti, é muito mais fácil dizer mal (embora seja difícil ser brilhente co Funes...)Fazer bem é que é dificil !
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