3.2.06
Dúvidas filosóficas (RPS)
Antes de abdicar e de corrigir a rota, fiz, na Secundária, a área de Científico-Naturais. Depois, entrei no mundo do Superior pelo (ainda hoje fascinante) submundo das Matemáticas. Foram dois anos em que aprendi coisas importantes e interessantes, mas - inevitável - sobraram-me lacunas noutras áreas. São, assim, por exemplo, muito limitados os meus conhecimentos de Filosofia. Por isso, não encontro resposta para uma dúvida que me assalta. E que me faz desaguar noutras dúvidas.
Haverá alguma razão objectiva para que, na Maison des Crepes (num shopping perto de si...), o crepe número 25 se designe por Aristóteles?
Terá sido determinante para a escolha da designação o facto de conter framboesa?
Caso se chamasse Platão ou Anaxágoras, a designação perderia sentido?
Nenhum outro filósofo clássico será digno de nome de crepe?
Porque dá Aristóteles nome a um crepe doce, enquanto dois outros nomes do pensamento, Voltaire e Galileu, são designação de crepes salgados?
Bolas! Vai um tipo, calmamente, comer um Aristóteles barradinho a framboesa e sai de lá angustiado, com um nó no cérebro.
Haverá alguma razão objectiva para que, na Maison des Crepes (num shopping perto de si...), o crepe número 25 se designe por Aristóteles?
Terá sido determinante para a escolha da designação o facto de conter framboesa?
Caso se chamasse Platão ou Anaxágoras, a designação perderia sentido?
Nenhum outro filósofo clássico será digno de nome de crepe?
Porque dá Aristóteles nome a um crepe doce, enquanto dois outros nomes do pensamento, Voltaire e Galileu, são designação de crepes salgados?
Bolas! Vai um tipo, calmamente, comer um Aristóteles barradinho a framboesa e sai de lá angustiado, com um nó no cérebro.
Comments:
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;) Muito bem visto.
E isto depende do ponto de vista. Eu, por exemplo, não acho piada à framboesa. Tudo o que é doce enjoa. Repara, pedes o Aristóteles uma vez... mas da próxima já te apetece um outro qualquer não? Se calhar um imperador (Nero,por exemplo, que era um gelado de nozes).
Mas acho que o Voltaire e o Galileu estão muito bem salgados, que sempre têm mais piada.
Com os salgados, as pessoas têm mais tendência a fidelizar-se...
Digo eu, que sou adepta de crepes.
E isto depende do ponto de vista. Eu, por exemplo, não acho piada à framboesa. Tudo o que é doce enjoa. Repara, pedes o Aristóteles uma vez... mas da próxima já te apetece um outro qualquer não? Se calhar um imperador (Nero,por exemplo, que era um gelado de nozes).
Mas acho que o Voltaire e o Galileu estão muito bem salgados, que sempre têm mais piada.
Com os salgados, as pessoas têm mais tendência a fidelizar-se...
Digo eu, que sou adepta de crepes.
Apetecia-me começar para aqui com silogismos, só para brincar com o Aristóteles, os crepes e os doces, mas este terreno tem demasiado lodo e não quero profanar a lógica aristotélica... Não me arrisco!
Profana à vontade! Precisamos de deslogicizar (???? apeteceu-me) o sistema. É uma pena que o Aristóteles só seja (re)conhecido pela lógica (que é como quem diz, pela framboesa).
E lá estou eu com os parêntesis... começa a ser crónico.
E lá estou eu com os parêntesis... começa a ser crónico.
Tudo isto não passa de uma pseudo-questão de índole pseudo-intelectual. O crepe nada tem a ver com Filosofia. Deve o seu nome a Aristóteles Onassis. Daí não ser o mais barato do menú...
Eu pessoalmente acho que a dita escolha de nomes de filósofos para os crepes foi única e exclusivamente o "pim pam pum" lol...
Quanto aos crepes...continuo a ser fã dos doces...lol...e dos bem doces...
Já agora como seria um crepe de Freud? lol
Beijo terno e eterno e eobrigada pela visita :)
Quanto aos crepes...continuo a ser fã dos doces...lol...e dos bem doces...
Já agora como seria um crepe de Freud? lol
Beijo terno e eterno e eobrigada pela visita :)
Desculpem mas ultimamente ando disléxica... fui eu que apaguei o comentário anterior. Dizia que se existisse um crepe do Freud seria, certamente, picante!
Rps é bem feito. Quem manda comer filósofos. Se comesse umas sandochas de chouriço ou de couratos, não lhe causavam nenhuma dúvida existencial.
A gente começa a ir a centros comerciais e tal...e fica com nós no cérebro.
Se fosse passear ao campo, não lhe acontecia.
A gente começa a ir a centros comerciais e tal...e fica com nós no cérebro.
Se fosse passear ao campo, não lhe acontecia.
Coisa espantosa!
A "Woman Once a Bird", que eu penso que tenha formação filosófica e que sei que gosta de Derrida, atreve-se a declarar, a abrir estes comentários, que não gosta do Aristóteles! Que é muito doce! Que a enjoa!
A "Woman Once a Bird", que eu penso que tenha formação filosófica e que sei que gosta de Derrida, atreve-se a declarar, a abrir estes comentários, que não gosta do Aristóteles! Que é muito doce! Que a enjoa!
Caro Funes: explicitei que o que me sabe a framboesa é o facto de os nossos alunos "conhecerem" Aristóteles apenas a partir do horizonte da lógica.
Fiquei surpreendida por associar o meu gosto por Derrida à filosofia. E eu que li há uns tempos (diga-me, já agora, em que sítio) que ler Derrida não passa de um exercício de leitura... Desta vez, sem parentesis.
Como é que um post com graça leva a comentários tão sem graça...?
é lamentável..., mas acontece tanto...
é lamentável..., mas acontece tanto...
Caro Anónimo: os comentários, por aqui, são livres. Até os anónimos.
Eu não me conformo é que o meu amigo Aristóteles se mantenha em silêncio.
Eu não me conformo é que o meu amigo Aristóteles se mantenha em silêncio.
RPS, tem calma, o silêncio pode querer dizer apenas que o nosso amigo Aristóteles esteja à espera de degustar o crepe para dizer de sua justiça...
A questão que se põe, então, será a seguinte: Gostará Aristóteles de degustar a framboesa?
A questão que se põe, então, será a seguinte: Gostará Aristóteles de degustar a framboesa?
Desenjoado por tão doce tema, quebro, então o silêncio. Aristóteles foi um pensador terreno, ao contrário de Platão, mais dado a arroubos místicos. Assim sendo, precavida quanto à extensão desejável da sua oferta, a dita cadeia de produtos alimentares lucra ao estabelecer um contraponto bebível ao crepe de Estagirita doutrina. Come-se Aristóteles e bebe-se, por exemplo, uma gasificada e sulfurosa Sta. Teresa de Ávila: Chupa Teresa, este Aristóteles gostoso é feito de framboesa... Por outro lado, pedir um Voltaire num shopping é uma experiência desoladora. Carregam o sobrolho as meninas, desabituadas de tão gaulesa pronúncia, acabando por concluir tratar-se de um Vol-taire (pronúncia portuguesa). A disponibilidade de um crepe de framboesa chamado Aristóteles é a maneira de garantir, nesta situação, que a fruta silvestre é o sabor filosófico que contrasta, na sua altaneira retórica, com os grunhos que dela sobejam...
Quod erat demonstrandum.
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Quod erat demonstrandum.
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