8.1.06
Reflexões entre arrumações (RPS)
Nunca comprei muita música. Dos vinis, sobra-me hoje uma meia dúzia. CD's tenho na casa das dezenas - 50, 60... 70, no máximo, entre legais e pirateados. Dou conta disto entre arrumações caseiras. E mais uma vez penso que por muitos cd's que tenha, ouço sempre os mesmos, a mesma meia dúzia. Por isso é que muitas vezes penso comprar mais um cd e abdico. Por uma só razão: quantas vezes o vou ouvir?... Quando, ainda assim, compro ou quando me oferecem um novo, se passo a ouvi-lo com insistência, é certo que há logo um dos outros que cai no esquecimento.
Tenho amigos e conhecidos que têm cd's às largas centenas ou mesmo já alguns milhares. Provavelmente, também ouvem sempre os mesmos quatro ou cinco. Porque é impossível usufruir de tudo.
Se um indíviduo tem, por exemplo, 730 cd's tem que ouvir dois por dia, de modo a chegar ao final do ano e poder dizer que usufruiu - pouco que seja - de cada um deles ao longo do ano. E, para não estragar a média de dois por dia, significa que não poderá comprar mais nenhum...
O mesmo se passa com os dvd's. No último ano, comprei alguns filmes, ofereceram-me outros, obtive gravações piratas de uns quantos. Chego ao fim de 2005 e, enquanto arrumo estantes, dou conta de que acumulei filmes que ainda não vi. Mas, entretanto, vi várias vezes - na íntegra ou algumas cenas esporádicas - o Pulp Fiction e o Paris Texas.
O tempo é curto para tanta produção. E nem quero pensar nos livros que ainda tenho para ler...
Tenho amigos e conhecidos que têm cd's às largas centenas ou mesmo já alguns milhares. Provavelmente, também ouvem sempre os mesmos quatro ou cinco. Porque é impossível usufruir de tudo.
Se um indíviduo tem, por exemplo, 730 cd's tem que ouvir dois por dia, de modo a chegar ao final do ano e poder dizer que usufruiu - pouco que seja - de cada um deles ao longo do ano. E, para não estragar a média de dois por dia, significa que não poderá comprar mais nenhum...
O mesmo se passa com os dvd's. No último ano, comprei alguns filmes, ofereceram-me outros, obtive gravações piratas de uns quantos. Chego ao fim de 2005 e, enquanto arrumo estantes, dou conta de que acumulei filmes que ainda não vi. Mas, entretanto, vi várias vezes - na íntegra ou algumas cenas esporádicas - o Pulp Fiction e o Paris Texas.
O tempo é curto para tanta produção. E nem quero pensar nos livros que ainda tenho para ler...
Comments:
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Eu sou um ávido "acumulador" [há quem diga coleccionador] de música e até já perdi a conta aos discos que para ali estão. DVDs também já ali estão umas dezenas e livros são também já muitos. Nas três "secções" há discos, livros e filmes que ainda não ouvi, li ou vi... Mesmo assim, continuo a não resistir a um disco, livro ou filme.
Comigo a coisa é mais com os livros. Gosto de entrar nas livrarias, namorar os livros, vejo um, outro, outro, leio as badanas, a contracapa...
Gosto de ler uns parágrafos lá pelo meio, ao acaso, é mesmo um jogo de sedução.
Vejo uma dúzia e compro só um.
Neste momento tenho só quatro para ler. Mas há ainda os que sempre penso em reler...
Gosto de ler uns parágrafos lá pelo meio, ao acaso, é mesmo um jogo de sedução.
Vejo uma dúzia e compro só um.
Neste momento tenho só quatro para ler. Mas há ainda os que sempre penso em reler...
Não obstante alguns tesquícios crisófilos (BONUM FACIO QUOD AUREO CLAUDITO),há alguns anos tomei o propósito de só adquirr livros, discos, roupas, coisas - que apeteça logo, impriscindivelmente.
Não para guardar, ter mais uns, ler ou ouvir um dia, para variar...(exceptuando, em capital e réditos)
Caso contrário ficam em stock morto com os inerentes desperdicios de espaço, fazenda e pó
Com a idade há que simplificar e minim(al)izar...
Não para guardar, ter mais uns, ler ou ouvir um dia, para variar...(exceptuando, em capital e réditos)
Caso contrário ficam em stock morto com os inerentes desperdicios de espaço, fazenda e pó
Com a idade há que simplificar e minim(al)izar...
Pois eu, apesar de não serem muitos, já não sei quantos CDs tenho. É que um dos passatempos favoritos do meu filho é abrir o vidro do carro e enfiá-los pelo painel dentro. A minha discoteca (pelo menos a que andava no carro) está quase toda dentro da porta.
Ainda que não se ouçam (e isto vale também para filmes e livros)tão frequentemente quanto isso, é óptimo lembrarmo-nos deles e podermos tirá-los (empoeirados) da prateleira. É que é mesmo isso... à mão de matar saudades.
nos últimos tempos, acontecem-me duas coisas, uma é simplesmente ser muito mais selectiva com aquilo que oiço, até porque tenho menos tempo, o que me levou a comprar menos, sendo que nunca comprei muitos CD's; além disto, sempre fui grande aficionada de rádio; a segunda é que eu julgo que faz uma, algo, injusta separação entre livros e CD's, tal como os livros que normalmente só são lidos uma vez, o memso pode acontecer com os CD's, ficam na estante até exigirem serem de novo ouvidos, não pode ser? Assim, a sua frase final pode também adequar-se aos CD's quer se trate dos que tem, dos que não tem , mas gostava de ter, ou dos que tem e gostava de voltar a ouvir...ou não.
bem , o meu comentário está com uma semântica péssima, pelo que peço perdão. Faço aqui uma reposição da minha segunda ideia que ficou suspensa e com a qual queria dizer que, ultimamente também me acontece repescar CD's antigos e sabe-me muito bem ouvi-los e sempre que possível, rever o motivo que me levou a comprá-los naquela altura. De alguma forma são também fragmentos da nossa memória passada.
ora bem, por vezes parece não ter sentido possuir aquele determinado CD... até ao dia em que... é mesmo isto que me apetece ouvir! acontece-me imenso ter CDs encostados durante anos e depois passar meses a ouvi-los... vale a pena, vale a pena sim senhor!
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