11.1.06
Grato ao PR Sampaio (RPS)
No rescaldo do meu post anterior, edito este, num simbólico agradecimento ao PR quase cessante pelos dois mandatos que cumpriu em Belém.
Jorge Sampaio é um chato? É. Um bocado. Um bom bocado. Por isso, não lhe agradeço os discursos. Mas, enquanto português, estou-lhe grato por outras razões.
Pela seriedade.
Pelo esforço feito em nome da unidade nacional. E em prol do optimismo colectivo.
Por ter andado por aí a dar visibilidade ao Portugal positivo, em vez de promover manifestações de bandeiras negras ou jantares conspirativos contra governos.
Pelas chamadas de atenção que fez - no número certo de ocasiões e no tom sempre correcto (várias, por exemplo, quanto ao estado da Justiça). E pela interpretação que fez dos poderes presidenciais.
No momento de maior crise que enfrentou, o PR fez o que devia.
O Primeiro-Ministro Durão Barroso deixou o lugar e, tal como acontece nos países civilizados, o PR aceitou a indicação do substituto feita pelo partido maioritário (Santana é culpa do PSD, não é culpa do PR). Jorge Sampaio não poderia argumentar que achava que Santana não servia. Acresce que havia uma Maioria Parlamentar que até aí se mostrara coesa.
Quando o regular funcionamento das instituições ficou em causa - o país já se rebolava de riso quando se ouvia a frase o Primeiro-Ministro Santana Lopes e isso era, obviamente, um perigo para a Democracia - o PR deitou mão da sua arma mais poderosa e pôs fim à fantochada.
Não isento de falhas, Sampaio foi um bom PR. Seria bom que o próximo PR - Cavaco, obviamente - seguisse o seu exemplo e não o de Soares. Pressinto, contudo, que Cavaco será muito mais semelhante àquilo que Soares foi em Belém.
não a tens toda porque foram os FILHOS DA PUTA dos portugueses que meteram lá essas 3 (três) MERDAS de que falas!!!
RC, concordo contigo, como habitualmente!
RPS: (desculpa lá o palavreado) mas o JSampaio foi uma MERDA, prometeu ser uma grande coisa e na hora em que tinha que ter tomates mostrou que não os tinha.
adeus e até à próxima! (ou não)
Nunca ninguém questionou a legitimidade dos actos eleitorais desde o 25 de Abril. Todos os presidentes e praticamente todos os primeiros ministros que tivemos, e os que temos agora, foram sufragados eleitoralmente.
Quanto aos mandatos de Sampaio, duvido que pudesse ter feito melhor. Ou sequer diferente.
Prá aí desde 1990 que me declaro não democrata e que sistematicamente questiono a legitimidade dos actos eleitorais, de todos os acto eleitorais, incluindo referendos.
Recuso-me terminantemente a participar em qualquer um deles. No próximo dia 22, lá vou ficar em casa outra vez.
Se eu escreve o mesmo, creio que muita gente diria que sou um perigoso intelectual de esquerda. Acho que não mudava uma vírgula ao post, mas acrescentaria o seguinte: Cavaco vai ser parecido ao que Soares teve de pior, sem que sequer sonhe com as suas qualidades: um cosmopolitismo que o punha à vontade tanto com a Raínha de Inglaterra como na tasca da esquina (repararam que não falei do ami Mitterand) e uma intuição que o levou sempre a acertar nos grandes momentos.
PS Ontem vinha no carro a ouvir a campanha do Cavaco e dois sobressaltos: uma amiga no tempo de antena, que era feito só com prof. drs.. Sim, a minha amiga também é prof. dra.
Foi ele que pediu ao PR pra deixar voltar o Américo Thomaz e a Gertrudes Thomaz
Fascita, fascita, fascita
PS - fascita e não fascista, de propósito: fascita adrede
Tu não és um perigoso intelectual de esquerda porque não és perigoso nem és intelectual. És só de Esquerda, o que eu acho perfeitamente respeitável.
Eu que me coloco à Direita, não deixo de ser esquerdista em algumas matérias.
De resto, a esmagadora maioria dos intelectuais de esquerda não são perigosos. Nem as suas câmaras de eco...
O meu chefe da Casa Civil, chamou-me a atenção pá, para o teu blog, pá.
Obrigado, pá.
Mando-te a comenda de Santiago de Espada pelo correio, pá.
E ficamos assim, pá. oK ?
Tás a ver, pá, no 10 de Junho já eu estou na sorna. De onde aliás, nunca saí...
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