20.12.05
Falou, mas falou pouco (RPS)
Pela primeira vez, o sr. Scolari explicou-se. Melhor: não se explicou, mas disse algo. Grunhiu qualquer coisa. Disse que Vítor Baía não vai à selecção por razões técnicas e de balneário.
É pouco. Era importante que o brasileiro fosse mais específico.
É que razões técnicas ninguém consegue vislumbrar. Eu, pelo menos, não consigo. Talvez um amigo meu que, para além de conhecer as balizas, é intelectual de esquerda consiga entender. Não há razões técnicas que tenham impedido Baía, nestes últimos quatro anos, de jogar pelo Porto e de ser Campeão Europeu, vencer a Taça UEFA e ganhar ainda vários títulos nacionais.
Mais ainda me interessava saber quais são as razões de balneário. Há outro amigo meu que deve estar completamente desiludido - ele atravessava-se pelo sr. Scolari, jurava ser impossível haver razões escondidas para qualquer veto a Vítor Baía. Afinal, há. Há razões extra-desportivas e o sr. Scolari devia explicar-nos quais, em nome da transparência. Sem o fazer, lança-se o nevoeiro e dá para começar a acreditar em tudo que se ouve. Por exemplo, na tese de que o veto a Baía parte de Luís Figo. Era um ou era outro e, neste caso, o outro tem a seu favor o valor dos contratos publicitários que consegue. E das percentagens que pode distribuir.
O sr. Scolari falou, mas falou pouco. Não basta a um treinador ser tecnicamente bom. Tem de ser um factor de transparência e de unidade. Esta não é mesmo a minha selecção.
É pouco. Era importante que o brasileiro fosse mais específico.
É que razões técnicas ninguém consegue vislumbrar. Eu, pelo menos, não consigo. Talvez um amigo meu que, para além de conhecer as balizas, é intelectual de esquerda consiga entender. Não há razões técnicas que tenham impedido Baía, nestes últimos quatro anos, de jogar pelo Porto e de ser Campeão Europeu, vencer a Taça UEFA e ganhar ainda vários títulos nacionais.
Mais ainda me interessava saber quais são as razões de balneário. Há outro amigo meu que deve estar completamente desiludido - ele atravessava-se pelo sr. Scolari, jurava ser impossível haver razões escondidas para qualquer veto a Vítor Baía. Afinal, há. Há razões extra-desportivas e o sr. Scolari devia explicar-nos quais, em nome da transparência. Sem o fazer, lança-se o nevoeiro e dá para começar a acreditar em tudo que se ouve. Por exemplo, na tese de que o veto a Baía parte de Luís Figo. Era um ou era outro e, neste caso, o outro tem a seu favor o valor dos contratos publicitários que consegue. E das percentagens que pode distribuir.
O sr. Scolari falou, mas falou pouco. Não basta a um treinador ser tecnicamente bom. Tem de ser um factor de transparência e de unidade. Esta não é mesmo a minha selecção.
Comments:
<< Home
Diz Zekez Carvalho: parece que eu sou o segundo amigo aludido por RPS neste post. Mas nunca me "atravessei" pelo Scolari, cuja vinda para Portugal in illo tempore lamentei, pois acho que uma selecção de um país deve ser treinada por um nacional desse país. Na altura RPS não entendeu assim, porque o que principalmente queria era que Manuel José não fosse o escolhido. Quanto a Baía, tentando perceber porque razão Scolari o não convocava pus a hipótese seguinte: quando chegou a Portugal teriam pedido, entre outras coisas, a Scolari para fezer uma certa renovação nos seleccionados; Baía fora um dos escolhidos, como João Pinto e Capucho, porque o Scolari tinha boa opinião do Ricardo, devido à exibição que ele fez num particular com o Brasil, que terminou 1-1, antes do Mundial da Coreia/Japão. E ele não ia convocar um jogador com o passado do Baía para o pôr a suplente. Depois, o desempenho de Ricardo no Sporting foi muito inferior ao dos seus tempos do Boavista, o Baía passou a merecer a titularidade na selecção mas o Scolari continuou a não o convocar por pura teimosia, devidodo às pressões do lobby portista e aos comentários soezes de Pinto da Costa. Fez mal a meu ver, porque o Baía é melhor que o Ricardo (com excepção das duas últimas épocas do Ricardo no Boavista, que coincidiram, com as duas piores épocas do Baía, em parte delas lesionado).
P.S. - Durante o mundial da Coreia/Japão RPS dizia que o titular deveria ter sido Ricardo e não Baía ... talvez porque ainda não começara a guerra surda Scolari- FCP
P.S. - Durante o mundial da Coreia/Japão RPS dizia que o titular deveria ter sido Ricardo e não Baía ... talvez porque ainda não começara a guerra surda Scolari- FCP
O guarda redes intelectual de esquerda acusa-se: mais valia o Scolari estar calado! Tanto o acossaram que ele se sentiu na obrigação de dizer que não só questões de carácter técnico levaram ao afastamento de Baía. E assim um assunto que está resolvido há 4 anos (sim, já antes de Scolari Baía não era convocado) continua a contaminar o ambiente em torno da selecção. Que é nossa mesmo que RPS não a queira. Doutro modo este post não fazia sentido!
PS Esta polémica só teve unma vantagem: lembrou que o afastamento de Baía não foi o único. Embora no caso de João Pinto se imagine que um murro num árbitro argentino seja motivo suficiente. Eu acho é que tantos anos de selecção, dois campeonatos do mundo, mereciam, ao menos, uma palavra clara!
PS2 No Jogo há uns senhores que todos os dias gostam de deitar gasolina para o assunto. Na falta der competência para falarem de futebol, apostam no "futebol" fora das quatro linhas...
PS Esta polémica só teve unma vantagem: lembrou que o afastamento de Baía não foi o único. Embora no caso de João Pinto se imagine que um murro num árbitro argentino seja motivo suficiente. Eu acho é que tantos anos de selecção, dois campeonatos do mundo, mereciam, ao menos, uma palavra clara!
PS2 No Jogo há uns senhores que todos os dias gostam de deitar gasolina para o assunto. Na falta der competência para falarem de futebol, apostam no "futebol" fora das quatro linhas...
Li os comentários de Zekez e de Mcjaku e acho que o que era bom era termos scolaris de borracha nas varandas de todas as casas portuguesas durante o mundial de 2006.
Enviar um comentário
<< Home