9.12.05

 

Divagações linguísticas (RPS)

Um tipo a meu lado, no balcão do café, dizia, há pouco, que em certo e determinado momento tinha feito não sei o quê.
A expressão certo e determinado não é um pleonasmo? Redundante, pelo menos, é. Será uma figura de retórica? Ou de estilo? Não sei, mas acho que não tem estilo nenhum. Para mim, é pleonasmo e é dos que se ouve com mais frequência. Ainda assim, não com tanta frequência como aquele outro que ainda hoje ouvi numa rádio credível: planos para o futuro. Pergunta o jornalista: ... e planos para o futuro? Para o futuro? Para quando deveriam ser? Ouve-se a toda a hora.

Mas talvez esta expressão também não seja pleonástica. Ou não seja tão pleonástica quanto isso. É que eu olho para o meu futuro e não vejo um único plano. Já quando olho para trás, vejo o passado cheio de planos. Por executar.

Comments:
RPS: passa lá pela Coluna. Estão lá os golos da final de 74. Um deles [o decisivo...] foi marcado pelo "teu" Gerd Müller.
 
Até pareces um misto de Edite Estrela com Fernando Pessa... ;)

Abraço da Zona Franca
 
Subir para cima é um pleonasmo e muito usado!
 
Comento aqui o post anterior sobre futebol e os gestos de Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes.
De um modo geral concordo com o que dizes, RPS. Só que eu acho que cuspir para o chão é badalhoco.
 
mas a expressão que eu mais gosto é a do Guilherme Aguiar, presidente da junta de Arcozelo, ex-executivo da liga de clubes e comentador desportivo em part-time: " ...apenas e tão só"
 
Esta é, nitidamente, a posta de um gajo sem planos para o passado!
 
todos foram unânimes ...rsrsrsrs
jocas maradas
 
Bom é, como diz o poeta, as coisas acontecerem segundo os planos que a gente não fez.
Estou como tu: olhando para trás, vejo um cemitério de grande planos que nunca aconteceram
 
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