30.11.05

 

Com a boca cheia de ética (RPS)

Manuel Alegre é deputado. Tem, por isso, obrigações a cumprir - perante quem o elegeu, perante o partido em cujas listas foi eleito e perante todos os portugueses, já que é pago pelo Estado.

Manuel Alegre tem faltado ao trabalho nos últimos meses. Não está, por isso, a cumprir as suas obrigações. Nem sequer os serviços mínimos a que um deputado está obrigado: assistir às reuniões plenárias e levantar os nadequeiros nas votações.

Manuel Alegre é - com toda a legitimidade - candidato à Presidência da República. Ao contrário de Jerónimo e do demagogo-mor Louçã, não pode concertar as duas tarefas com o seu partido, porque o seu partido não o apoia. Acresce que, mesmo que fosse apoiado pelo PS, seria objectivamente, por questões de tempo, difícil conciliar as duas missões.

O que devia, então, fazer Manuel Alegre?
Tenho dado voltas à cabeça porque esta é uma das situações em que a resposta me parece tão óbvia que penso se não me escapará algum dado ou se estarei a ver mal o problema.
Não é óbvio que Manuel Alegre deveria suspender o seu mandato de deputado até às eleições e, não sendo eleito, regressar, depois, ao seu lugar?
Sinceramente, parece-me uma evidência. E é aquilo que eu esperaria de quem está sempre a encher a boca com a ética republicana.

Comments:
É um merdas.
O verdadeiro Manuel alegre é o Manuel que está ali em baixo.
 
concordo contigo
mas viver alegremente é assim alegre.mente
jocas maradas
 
Não batam no Nelito que ele anda a esgadanhar o aldrabão velho

"deixei os cofres cheios"...só se foi de ar lindo do rego

Chatear a porca ao bochechas é Serviço da República, caramba....ó homem...
 
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