11.8.05

 

Uma noite, para as câmaras, Bono caiu numa avenida de Berlim


Nunca fui grande fã do homem.
Aliás nunca fui um indefectível dos U2, apesar de ter muitos discos dos rapazes.
Mas concedo que esta é provavelmente a banda que mais tempo esteve no limbo de tudo.
Os U2 quase descambaram, lembrem-se.
A viragem de Achtung Baby e depois Zooropa foi a queda do muro para o grupo.

Wenders e Bono lembraram-me nos anos 90 como estive e estou ( e acho que estarei) apaixonado por Berlim.

Quando decidiram deitar abaixo o seu muro, aplaudi. Hoje – ou no domingo, tanto faz – já sei que o reconstruíram com a mesma pedra da destruição. Aprenderam essa lição muito antiga que Bowie ou Madonna conhecem de cor. Com os Stones descobriram que é possível utilizar quase sempre os mesmos materiais para fins perpétuos.
E é preciso estar vivo.

Mas uma noite, qual anjo Damiel, o MacPhisto espalhou-se no asfalto de Berlim voando da Siegesaulle.











Sete anos antes, dali avistei Berlim
Do Tiergarten ao Muro
Brandenburgo e tudo.

Depois, um dia, cinzento
como a Alemanha,
ele quase beijou uma cantora.

And, if you listen, I can't call.
And, if you jump, you just might fall.
And, if you shout, I'll only hear you.

If I could stay, then the night would give you up.
Stay, and the day would keep its trust.
Stay with the demons you drowned.
Stay with the spirit I found.
Stay, and the night would be enough.


Se há canção que lhes agradeço é Stay (Faraway So Close).

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