31.8.05
Tempo Verbal
O pau da bandeira dos socialistas falou. Discursou como os grandes oradores. Brincou com o pretérito e o condicional, mas escondeu-se do futuro.
Na letra e na forma, foi uma manobra de mestre. Convenhamos que poucos políticos deste tempo conseguiriam exprimir a sua ambiguidade de forma tão notável. Cavaco, por exemplo, é mais fino, vai de tabu, em sussurro pelos outros.
Eticamente, Alegre foi baixo. Não foi capaz de dizer que não consegue, que não convence, que não vale nada no partido. Alguém que resiste é alguém que diz não. Ou sim.
Fica onde está, declama ele. Quiçá para um terrorismo light no partido.
A esquerda tem mais razões para estar deprimida.
O país então nem se fala.
Na letra e na forma, foi uma manobra de mestre. Convenhamos que poucos políticos deste tempo conseguiriam exprimir a sua ambiguidade de forma tão notável. Cavaco, por exemplo, é mais fino, vai de tabu, em sussurro pelos outros.
Eticamente, Alegre foi baixo. Não foi capaz de dizer que não consegue, que não convence, que não vale nada no partido. Alguém que resiste é alguém que diz não. Ou sim.
Fica onde está, declama ele. Quiçá para um terrorismo light no partido.
A esquerda tem mais razões para estar deprimida.
O país então nem se fala.
Comments:
<< Home
Mais um grande exercício de retórica. Como excelente estava o texto do Quadrado, há umas semanas, no Expresso. É nisso que o gajo é bom: retórica. Politicamente, é um palhaço. Sempre foi. E é um burguês arrogante, complexado de esquerda.
Enviar um comentário
<< Home