28.7.05

 

Thanks, Mr. Carrier (RPS)





A chuva e a descida da temperatura desta semana deixaram-me satisfeito. Perdoem-me os que estão de férias, mas com assumido egoísmo vos digo: antes esta semana do que nas três próximas.

A minha satisfação, contudo, não tem a ver com instintos invejosos para com aqueles que já estão de férias. A verdadeira causa da minha satisfação pelo facto do tempo ter piorado prende-se com o apaziguamento que isso provocou na guerra do ar condicionado que se vive diariamente no meu local de trabalho. Mas não quero falar disso.

Não. Não vou maçar-vos com a história do frio que uma colega sente e não suporta. Nem com as alergias de outra, com o mau feitio e espírito de contradição de uma terceira e muito menos com o culto de temperaturas tropicais que dá sentido à vida de uma quarta.

Menos ainda me apetece deter na oposição dos colegas homens. Não consigo compreender (deixa-me mesmo profundamente triste e pessimista face ao futuro do mundo) que humanos do género macho, pletóricos, na plenitude das suas capacidades físicas e mentais, tenham gargantas hipersensíveis, fossas nasais caprichosas ou receiem “pontadas nas costas”, o que quer que isso seja.
Não sei se inventam para me contrariarem ou se, na verdade, interiorizaram mesmo essas cismas.

O meu objectivo com este post é prestar homenagem ao senhor que está na foto ali acima. Chama-se Willis Carrier e é o responsável pela mais importante invenção do Homem, depois da roda: o aparelho de ar condicionado.

Foi em 1902 que Carrier, um engenheiro, então com 25 anos, formado pela Universidade de Cornell, inventou um processo mecânico para condicionar o ar.
A tentativa de resolver um problema específico – o excesso de humidade numa empresa gráfica – levou-o à descoberta ou à invenção que hoje nos permite manter um padrão elevado de qualidade de vida em época de canícula.

Willis Haviland Carrier nasceu a 26 de Novembro de 1876 e morreu a 9 de Outubro de 1950.
Uma destas datas - 26 de Novembro ou 9 de Outubro - deveria ser Feriado Mundial. Era o tributo mínimo que a Humanidade poderia prestar a este homem excepcional.

Thanks, Mr. Carrier!

Comments:
Persistem as guerras do ar condicionado por aí :-) A vida em sociedade tem destas coisas, ter de respeitar as obstinações dos outros, por mais que elas nos irritem. É a vida!!

BOAS FÉRIAS :-)
 
ainda bem que não falaste desse "get me out of this air condition nightmare"!
 
A verdade, ó RPS, é que também não é muito másculo andar a ligar o ar condicionado à mais pequena brisa de ar fresco ou ao mais insignificante bafejo de calor. Não devemos ser tão carrieristas!
 
1- Cale-se nobre pensador Aristóteles. Não pode falar de uma matéria sobre a qual não tem conhecimento. Deixe-se de filosofias à priori da experiência.

2- Para que fique bem claro: na primeira parte do blog, rps não está a falar de mim. Nesta matéria estou com o rps!
 
Pior do que a "guerra" do ar-condicionado é quando, por um simples acaso, se fala de uma pequena dor ou de um pequeno mal-estar! É ouvir para crêr a enxurrada de queixume que se segue...
 
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