3.7.05
Nó Cedo
Os Santos Populares são uma ciência exacta. Dê lá por onde der, é certinho acabar a noite a cheirar a sardinha ou a cantar uma marcha.
No caso de Santo António, mais certeiro não podia deixar de ser esse dito " Alfama a transbordar, mais dificil de... urinar!".
O assunto não é de choldra. Não está cá Dora Pê para nos explicar as contingências de satisfazer a bexiga feminina no meio da cidade. Mas posso testemunhar autênticas portagens à porta de cafés, onde a natureza humana pode libertar-se a um Euro.
Contudo aí começa a vigorar agora um apartheid muito comum na noite.
"Mija a menina que é menina, o senhor faça no pneu ou na esquina"
ouvi eu numa peixaria em after-hours, onde até no gelo desfeito do cherne se reflectia o olhar encarniçado dos anfitriões.
O nosso género está bem aviado. Elas já nos passam à frente - sem consumo mínimo- em mais portas que as que se contam em Évora.
Mas se o servicinho-feito-em-pé é uma coisa que se aprende de pequeno, já não se compreende por que razão não se generaliza na primária o ensino de uma das ferramentas mais útil do homem adulto.
Não, não estou a falar de aprender a torcer o pepino.
Simplesmente, com a bagagem de inglês que vamos dar às criancinhas, penso ser do mais relevante interesse pessoal embalar os portugueses de amanhã com um kit de técnicas para fazer o "nó da gravata".
Confesso que das coisas que não aprendi em pequeno ou jovem, é das que mais falta me faz.
Lembro-me sempre de um amigo meu ter sido salvo no fato do seu casamento por um grande actor português. E tenho memória do meu embasbaque face a teorias entre os homens da familia sobre o melhor nº de nós sobrepostos, o tamanho das gravatas e a cor das mesmas.
A dúvida assaltou-me de novo antes de entrar há dias para os estúdios da RTP no Lumiar.
Lembram-se deste duo e das suas gravatas ?
Saber fazer o nó de uma gravata é como tirar a carta de moto - pode nunca ser usada, mas dá sempre jeito.
No caso de Santo António, mais certeiro não podia deixar de ser esse dito " Alfama a transbordar, mais dificil de... urinar!".
O assunto não é de choldra. Não está cá Dora Pê para nos explicar as contingências de satisfazer a bexiga feminina no meio da cidade. Mas posso testemunhar autênticas portagens à porta de cafés, onde a natureza humana pode libertar-se a um Euro.
Contudo aí começa a vigorar agora um apartheid muito comum na noite.
"Mija a menina que é menina, o senhor faça no pneu ou na esquina"
ouvi eu numa peixaria em after-hours, onde até no gelo desfeito do cherne se reflectia o olhar encarniçado dos anfitriões.
O nosso género está bem aviado. Elas já nos passam à frente - sem consumo mínimo- em mais portas que as que se contam em Évora.
Mas se o servicinho-feito-em-pé é uma coisa que se aprende de pequeno, já não se compreende por que razão não se generaliza na primária o ensino de uma das ferramentas mais útil do homem adulto.
Não, não estou a falar de aprender a torcer o pepino.
Simplesmente, com a bagagem de inglês que vamos dar às criancinhas, penso ser do mais relevante interesse pessoal embalar os portugueses de amanhã com um kit de técnicas para fazer o "nó da gravata".
Confesso que das coisas que não aprendi em pequeno ou jovem, é das que mais falta me faz.
Lembro-me sempre de um amigo meu ter sido salvo no fato do seu casamento por um grande actor português. E tenho memória do meu embasbaque face a teorias entre os homens da familia sobre o melhor nº de nós sobrepostos, o tamanho das gravatas e a cor das mesmas.
A dúvida assaltou-me de novo antes de entrar há dias para os estúdios da RTP no Lumiar.
Lembram-se deste duo e das suas gravatas ?
Saber fazer o nó de uma gravata é como tirar a carta de moto - pode nunca ser usada, mas dá sempre jeito.
Comments:
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A Tua sorte é que tens por perto quem tenha carta de moto e saiba fazer um half windsor na perfeição.
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