19.5.05
O inferno do desemprego (JCS)
Chegou ao fim um sonho, já em formato pesadelo. A vitória do CSKA, não me merece mais comentários. Nem a derrota do Sporting.
O país pode “adormecer” com estes episódios, depois de horas em filas de espera para comprar o “bilhetinho” para a “futebolada”. Agora sim, podemos voltar a pensar em coisas mais sérias.
Por exemplo que neste momento estão inscritas nos centros de emprego 412 mil pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Num país onde por regra os patrões são maus e os empregados piores, não há volta a dar. E para os que dizem que “há tantos trabalhos por aí, os malandros não querem é trabalhar”, há sempre quem contraponha com um “por este preço, faz tu”.
Quem ganha e quem perde?
A propósito, o site do IEFP apresenta actualmente uma enormidade de 375 ofertas de trabalho. Consultei uma dezena no distrito de Setúbal, uma península cronicamente em crise, cronicamente por medicar.
Há quem ofereça 1000 euros a um engenheiro civil com experiência e carta de condução para dirigir obras (a oferta melhor remunerada que vi em Setúbal). Há quem ofereça 450 euros a um cozinheiro com direito a um dia de folga por semana, 40 horas de trabalho e “alimentação em espécie” (a pior remunerada).
Já agora, se perderam tanto tempo para comprar o “bilhetinho” para a “futebolada”, gastem 10 minutos e passem pelo centro de emprego da vossa zona.
Consultem os anúncios, e decidam qual o pior. É grátis. E ao contrário do Sporting-CSKA, a diversão é garantida.
O país pode “adormecer” com estes episódios, depois de horas em filas de espera para comprar o “bilhetinho” para a “futebolada”. Agora sim, podemos voltar a pensar em coisas mais sérias.
Por exemplo que neste momento estão inscritas nos centros de emprego 412 mil pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Num país onde por regra os patrões são maus e os empregados piores, não há volta a dar. E para os que dizem que “há tantos trabalhos por aí, os malandros não querem é trabalhar”, há sempre quem contraponha com um “por este preço, faz tu”.
Quem ganha e quem perde?
A propósito, o site do IEFP apresenta actualmente uma enormidade de 375 ofertas de trabalho. Consultei uma dezena no distrito de Setúbal, uma península cronicamente em crise, cronicamente por medicar.
Há quem ofereça 1000 euros a um engenheiro civil com experiência e carta de condução para dirigir obras (a oferta melhor remunerada que vi em Setúbal). Há quem ofereça 450 euros a um cozinheiro com direito a um dia de folga por semana, 40 horas de trabalho e “alimentação em espécie” (a pior remunerada).
Já agora, se perderam tanto tempo para comprar o “bilhetinho” para a “futebolada”, gastem 10 minutos e passem pelo centro de emprego da vossa zona.
Consultem os anúncios, e decidam qual o pior. É grátis. E ao contrário do Sporting-CSKA, a diversão é garantida.
Comments:
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Quanto ao futebol, é a velha mentalidade portuguesa JCS ...
De resto, no emprego é complicado é ... mas mais vale fazer alguma coisa do que não ter nada para fazer.
De resto, no emprego é complicado é ... mas mais vale fazer alguma coisa do que não ter nada para fazer.
O que preocupa não são os chefes. São os outros os que se julgam chefes, e não têm competência sequer para estar empregados. E mais, há tanta coisa para fazer, sem ser trabalhar.
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