Fado Falado

E está dito o essencial.
Pedro Miguel Soares
 

Permito-me discordar.

Politicamente falando, o papel essencial de João Paulo II restringe-se à sua acção na queda do comunismo. E para a queda do comunismo, ele esteve um pouco como o General de Gaulle para a II Guerra. Teve um papel moral relevante, mas nada mais do que isso.
Decisiva, do meu ponto de vista, foi a acção de Ronald Reagan, ao forçar uma corrida para a qual a URSS já não tinha meios. E decisivo foi o acidente de Chernobil, ao tornal evidente e irrefutável (mesmo para os intelectuais do Ocidente que ainda não tinham querido ver) a podridão em que se havia transformado o socialismo.
João Paulo II tem certamente reservado um capítulo fundamental na História da Igreja e na História da Polónia. Na História Universal, porém, não merecerá mais do que duas ou três breves linhas.
 

Quem merece, então, Funes, mais do que três linhas?...
RPS
 

E os líderes mundiais dão de comer a alguém?
 

A avaliar pelo post o Wojtila só merece duas linhas...
 

Meu caro RPS, o verbo merecer foi talvez mal usado. O meu juízo não era de mérito, mas de facto. Previsivelmente, Karol Wojtyla não ocupará mais do que duas linhas nos livros de História.
Quem ocupará mais?
Não sei. Por boas e más razões, certamente Hitler, Estaline, Churchill, Reagan e Armando Aldegalega.
 

Creio que de momento o Papa João Paulo II é um sério candidato a ocupar tantas ou mais linhas quanto Churchill ocupa, por exemplo.
A história o dirá.
E concordo, por isso, com a curta afirmação de RPS.