13.4.05
O Papa de Scolari (RPS)
No Telejornal de segunda, 11, fui informado por José Rodrigues dos Santos de que Luís Filipe Scolari defende a eleição de um Papa de transição. O seleccionador sugere mesmo um Papa da América Latina, sem especificar.
Seguiu-se a peça, baseada em declarações produzidas pelo seleccionador, numa entrevista a um qualquer programa desportivo. Cecília Carmo questionou Scolari sobre o conclave do Vaticano. E o homem respondeu.
Scolari tem direito, claro, a ter opinião sobre qualquer assunto, incluindo este. Acho normal que o dabata no seu círculo familiar, de amigos. Agora: o que poderá justificar o interesse noticioso das opiniões de Scolari sobre o conclave de cardeais?
Não sei como terá sido o resto da entrevista. Terá Scolari expresso a sua visão da Europa a 25? Terá verberado a revisão do Pacto de Estabilidade? Condenou o abate da frota pesqueira? Opinou sobre a venda de medicamentos de venda livre nos hipermercados? Analisou o “boom” nos mercados do petróleo? Provavelmente, não porque o Telejornal do Rodrigues dos Santos nada nos disse sobre isso.
Era bom que se perguntasse a Scolari quais as razões da não convocação de Vítor Baía. Tem todo o direito de não o convocar, mas era bom que respondesse porque nunca se explicou e porque há milhares de pessoas que (ainda) querem saber as razões.
Já não valeria a pena perguntar a Scolari porque nunca, em quase três anos, viu um jogo do Porto no estádio do Porto. Isso ele já explicou uma vez: porque é longe.
Quando é que este palhaço é corrido?
Seguiu-se a peça, baseada em declarações produzidas pelo seleccionador, numa entrevista a um qualquer programa desportivo. Cecília Carmo questionou Scolari sobre o conclave do Vaticano. E o homem respondeu.
Scolari tem direito, claro, a ter opinião sobre qualquer assunto, incluindo este. Acho normal que o dabata no seu círculo familiar, de amigos. Agora: o que poderá justificar o interesse noticioso das opiniões de Scolari sobre o conclave de cardeais?
Não sei como terá sido o resto da entrevista. Terá Scolari expresso a sua visão da Europa a 25? Terá verberado a revisão do Pacto de Estabilidade? Condenou o abate da frota pesqueira? Opinou sobre a venda de medicamentos de venda livre nos hipermercados? Analisou o “boom” nos mercados do petróleo? Provavelmente, não porque o Telejornal do Rodrigues dos Santos nada nos disse sobre isso.
Era bom que se perguntasse a Scolari quais as razões da não convocação de Vítor Baía. Tem todo o direito de não o convocar, mas era bom que respondesse porque nunca se explicou e porque há milhares de pessoas que (ainda) querem saber as razões.
Já não valeria a pena perguntar a Scolari porque nunca, em quase três anos, viu um jogo do Porto no estádio do Porto. Isso ele já explicou uma vez: porque é longe.
Quando é que este palhaço é corrido?
Comments:
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Já estou a ver o fim do conclave: habemus papam ! E salta da varanda um cardeal brasileiro com a bandeira do Vaticano numa mão e a do Brasil na outra. Um verdadeiro Luís Filipe Scolari de solidéu branco.
será porque o Baía não é candidato a Papa? Excepto para os que já o consideram o Papa dos garda-redes?...
Consensual, Funes?...
Não confundas a opinião publica com a opinião publicada - o todo com os engravatados do politicamente correcto e acesso fácil às TVs...
RPS
Não confundas a opinião publica com a opinião publicada - o todo com os engravatados do politicamente correcto e acesso fácil às TVs...
RPS
Meu caro RPS,
Recorda Jorge Luis Borges (sempre ele) que Billy the Kid - que ao deixar este mundo devia dezanove mortes à justiça, sem contar mexicanos - costumava fazer uma marca na sua pistola por cada homem que matava. Um dia, à entrada de um bar, matou um moreno. Alguém lhe fez notar que se esquecera da habitual marca na pistola:
- Não vale a pena - ripostou Billy - era mexicano.
Lembrei-me desta história, a propósito da consensualidade de Scolari. Toda a gente gosta dele. Os portistas não contam. São mexicanos.
Recorda Jorge Luis Borges (sempre ele) que Billy the Kid - que ao deixar este mundo devia dezanove mortes à justiça, sem contar mexicanos - costumava fazer uma marca na sua pistola por cada homem que matava. Um dia, à entrada de um bar, matou um moreno. Alguém lhe fez notar que se esquecera da habitual marca na pistola:
- Não vale a pena - ripostou Billy - era mexicano.
Lembrei-me desta história, a propósito da consensualidade de Scolari. Toda a gente gosta dele. Os portistas não contam. São mexicanos.
Salve JPF pela linguagem sacudida;
Ainda consegue surpreender...mas, e ainda bem que alguém o disse antes de mim: são MEXICANOS!
Ainda consegue surpreender...mas, e ainda bem que alguém o disse antes de mim: são MEXICANOS!
NUNO FERREIRA said...
"esse palhaço levou a selecção nacional à final do Euro 2004"
Pois foi. Jogava em casa, contra uma selecção que não valia nada, que já tinha estudado, porque tinha feito o primeiro jogo contra ela...
E PERDEU!
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"esse palhaço levou a selecção nacional à final do Euro 2004"
Pois foi. Jogava em casa, contra uma selecção que não valia nada, que já tinha estudado, porque tinha feito o primeiro jogo contra ela...
E PERDEU!
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