21.3.05

 

um governo sobretudo verde - notas iniciais

Antes que comece o verdadeiro estado de graça, queria desfazer-me de algumas notas sobre Sócrates e a sua gente.

1. O chefe tentará provar que não é fotocópia. No estilo de sempre - lançando projectos que sejam de certa forma simbólicos de uma vontade política. Mas atenção, reflorestar não é plantar eucaliptos. Olhemos pois para as raízes e não para as copas.

2.O chefe olhará para o lado e descobrirá um gémeo. Caramba!, o Costa é um duplo do Sócrates.
Teimoso e muito pragmático, mais talentoso no verbo. O pacto foi muito bem urdido, até na forma como foram abordadas as razões que até agora terão afastado o homem dos holofotes. Costa sabe muito bem o que vale em Portugal.

3.A Coelho, o chefe entregou o partido e a quadratura do círculo. E a alma está no pacote ?

4.O maior problema de Freitas não será a relação com os americanos. Com franqueza - Washington está-se borrifando para o homem. Em D.C., Portugal é visto como um menino crescido e caladinho que só chateia a família quando deixa crescer um bocadinho o cabelo. O que é muito muito raro. Gama foi lá dar explicações sobre o chefe. Nada há a temer.

5. Tirando isso, Freitas fará no Governo o que quiser. Será incómodo se disser o que pensa, mesmo em circuito interno. É bom que o chefe saiba o caminho de Seteais. De resto, com Freitas no Governo, a poupança é garantida em pareceres jurídicos.

6. Sobre Ambiente, escreverei mais tarde. O resto, o resto logo se vê.

Comments:
Para mim, verdes-notas são os dólares
 
Partilho destas letras verde JPF! Logo se vê! Logo se verá.
 
Depois de alguns primeiros sinais que criaram esperança, o Governo começa a espalhar-se.
Sócrates vive obcecado com a ideia de fazer passar que não é Guterres nem Santana e, por isso, sem afirmar uma vontade própria, actua por simples contraposição aos seus antecessores. Guterres era todo diálogo e consenso, Sócrates é todo autoridade e teimosia. Santana era todo espalha brasas, Sócrates é todo reserva e comedimento.
No fim, acaba apenas por revelar falta de estilo e de personalidade.
Dois exemplos:
1- insistência em manter - contra o parecer da DGV e das polícias - a data prevista para a entrada em vigor do novo Código da Estrada não traduz a firmeza do líder, mas a teimosia do inseguro;
2- O anúncio isolado da intenção de reduzir a um mês as férias judiciais não confirma uma vontade esclarecida, mas proclama um chefe ignorante e demagogo.
Péssima estreia, péssima estreia - como diria o velho Afonso da Maia.
 
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