17.3.05

 

Se não fosse Hector Henrique...(MV)

“A coisa foi assim: eu arranquei atrás do meio-campo, do lado direito; pisei a bola, rodei e passei entre Beardsley e Reid. Nesse momento, foquei a baliza, embora ainda estivesse longe. Com um toque para dentro, passei pelo Butcher, e foi a partir desse momento que Valdano me começou a ajudar, porque Fenwick, que era o último, não vinha para mim! (...) Enfrentei-o, fintei para dentro e fui por fora, a descair para a direita... Fenwick deu-me um pontapé terrível! Eu continuei e lá tinha o Shilton à minha frente (...) Fiz assim, o Shilton engoliu a finta, engoliu-a... Então cheguei ao fundo e fiz tac, para dentro... (...) Eu tinha feito o golo da minha vida.


No balneário (...) o Negro Henrique, que estava a tomar duche, aproximou-se e disse-me: ‘Muitos elogios para ele, mas se não tivesse sido o meu passe, ele não fazia o golo.’ O filho da puta do Negro! Tinha-me passado a bola na nossa área!’”

“Eu sou El Diego” - Diego Armando Maradona (Oficina do Livro 2001)



Já que se introduziu aqui o tema da bola, aqui fica o meu caso. Lembro-me relativamente bem do Mundial 82, mas bem melhor do México 86, cuja mascote era uma malagueta com um sombrero e um grande bigode chamado Pepe. A respectiva caderneta também a tenho e completa. Nunca vi Pelé nem Eusébio a jogar. Vi Maradona jogar em Alvalade, quando o Nápoles jogou com o Sporting para a Taça UEFA. Não tenho dúvidas em dizer que foi o maior de sempre. O golo que Maradona marcou à Inglaterra em 86 é daquelas coisas que fazem as pessoas apaixonarem-se pelo futebol. Tinha 11 anos na altura. Fiquei agarrado. Mas se não fosse Hector Henrique a passar-lhe a bola...

Comments:
Um belo post.
Mas o melhor jogador de todos os tempos foi Garrincha, o Mané Garrincha. Já falei dele - e de uma fantástica biografia dele - nos primeiros tempos do fadofalado. Prometo voltar um dia destes.
RPS
 
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