9.2.05

 

Charme em Xeque

Sintoma da falta de memória, a palavra "histórico" tornou-se um must da poeira mediática. Só que a História (h grande) prefere pó a sério, do que injecta peso ao passado.

Nesse sentido, a cimeira de Sharm-El-Sheik vale o que vale. Abbas e Sharon falavam ontem à tarde numa "nova era"para hoje de manhã. Mas o histórico do conflito joga contra os dois.

O Hamas continua guardião do status quo. Em privado, Israel confessa-se no mesmo sentido.

Talvez por isso não foi assinado qualquer documento de cessar-fogo.Talvez por isso os Mártires de Al-Aqsa o tenham quebrado num colonato judeu da Cisjordânia.

"Devíamos reunir mais" disse Abu Mazen a Ariel, que logo convidou Abbas para a sua quinta. É a crawfordização do processo de paz. À lareira, longe dos checkpoints e dos cintos de explosivos. Arafat deve estar a ver a sua História andar para trás.

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