25.8.08

 

Memória da Senhora da Graça


 

Domingo Desportivo

O Domingo Desportivo regressou à RTP. Sem surpresa, com muita treta e pouco futebol. Mesmo não surpreendendo, lamenta-se.

24.8.08

 

Rússia

Excertos de um artigo de José Cutileiro, no Expresso.
- A Rússia está convencida que, se não atacar o mundo à sua roda, o mundo à sua roda a atacará a ela.
- O comunismo chegou e partiu, mas a Rússia é eterna.
- A História voltou, com tambores e cheiro a pólvora.

21.8.08

 

Sofá olímpico XIII (RPS)

É sempre bom ouvir Jorge Lopes a comentar atletismo na RTP.

20.8.08

 

Sofá olímpico XII (RPS)

Miss Kand ficou em 34º, mas era a melhor do heptatlo



19.8.08

 

Sofá olímpico XI (RPS)


Ela chegou muito mais longe que o pai, mas o pai sempre é mais giro.

16.8.08

 

Sofá olímpico X (RPS)

É impressão minha ou deixou de haver falsas partidas na natação? Porquê?

 

O sofá de Arlindo do Rego (RPS)

Mensagem sms que recebi hoje de Arlindo do Rego:
O português Obikwelo anuncia fim da carreira desportiva. O nigeriano retoma as obras. Agora, só corre para fugir da polícia e de skinheads. Pega ladrão, agarra o preto.

15.8.08

 

Sofá olímpico IX (RPS)

Ao contrário do meu amigo Funes, não me choca que o Estado subsidie atletas de alta competição.
Partindo do princípio que esses atletas trabalham seriamente, não me choca que cheguem a uma competição de alto nível e falhem. Desde que não se ponham com desculpas parvas, claro.
Entre o muito que me choca, está, por exemplo, o discurso que hoje ouvi ao atlteta português do lançamento do peso. Depois de uma actuação miserável, queixou-se do horário da prova: "de manhã, estou bem é na caminha". Fez dois lançamentos nulos e um terceiro de marca banal. Explicou: "ao terceiro lançamento, as minhas pernas já pediam para estarem esticadinhas na cama". Disse tudo isto com o ar de melhor disposição que se possa imaginar, depois de, na véspera, ter feito declarações que indiciavam estar a viver, na aldeia olímpica, um ambiente de passeio de finalistas do liceu. Terminou dizendo que estava "muito satisfeito", que "adorou" e que "foi espectacular".
Este atleta não merece, obviamente, um cêntimo de subsídio do Estado.

 

Sofá olímpico VIII (RPS)

Mandei o Michel Phelps dar banho ao cão. O gajo estava a tornar-se chato de mais, sempre a insistir para que competisse com ele. Disse-lhe que não contasse comigo para o festim das oito medalhas. Não, não seria à minha custa. O gajo deve ser bicha - está só a pensar em medalhas, em correr, em treinar, tendo ali tantas nadadoras com aqueles braços enormes para nos abraçar, enquanto lhes acariciamos aqueles fantásticos ombros e os músculos tão bem desenhados nas costas.
Os meus olhos captaram, subitamente, a mancha verde-amarela. Eram as nadadoras da Austrália. Caminhei na contra-mão para que me vissem, até que ouvi o gritinho da Stephanie Rice, como se tivesse olhado para o placard e verificado que tinha batido mais um record do mundo. Largou do grupo, a correr para mim. Se tivesse algum dúvida, tê-la-ia perdido ali: ela também não esquecera Atenas e aqueles 400 estilos, iniciados de bruços, que fizemos juntos no apartameno da aldeia olímpica. "Leva-me daqui para fora, vamos", disse ela, dando-me a mão. "O carro está um bocado longe", avisei, remoendo ódio contra os seguranças chineses que não deixavam passar ninguém.
Estuguei o passo. Fazer aquela caminhada expunha-me e não queria por nada que a Federica Pellegrini me visse. Claro que gostava de repetir as nossas performances dos Europeus de Eindhoven, em Março deste ano, mas, ali em Pequim, tinha que optar e fi-lo certo de que será muito mais acessível ir aos próximos Europeus do que aos campeonatos da Oceânia.
Puxando-me o braço, travou-me a caminhada, voltou a beijar-me e disse: "Tenho uma surpresa para ti". Fiquei algo incomodado, não gosto de surpresas, deixam-me inseguro. Ela ria-se e, subitamente, vinda de não sei onde, aparece-me a Federica à frente. Abraçou-me e beijou-me - beijou um morto, pois fiquei petrificado - e, de seguida, prega ganda chocho à Steph. Riram, divertidas. "Desta vez, vais fazer uma estafeta", disse uma delas e só consegui balbuciar que numa estafeta tinham que ser quatro. Que não, alegaram, "fazes percurso duplo".
Mesmo com elas apranchadas a mim, estuguei de novo o passo, de modo a não ser visto por nenhum dos outros. Seria embaraçoso apanharem-me naquela circunstância. É que, de repente, estavam lá todos: Zekez e Funes ouviam, entediados, Arlindo do Rêgo a ler-lhes o Eclesiastes, Privada e Jorge C. debatiam, com empenho, um tema sem interesse, Patrícia M. fazia um discurso virulento contra o regime chinês, Mcjaku lia os "Cahiers du Cinéma" ou algo do género, Miss Woab, acompanhada de várias amigas, carregava uns cartazes para exibir numa vigília de protesto contra o facto das ginastas não puderem competir em argolas e no cavalo com arções e Everything trepava para o prémio da montanha, na sua bike, levantado do selim, com os glúteos empinados no fatinho de licra.
Apesar de ainda ténue, a luz do dia feriu-me os olhos estremunhados. A tv mostrava as habituais apáticas imagens de uma prova de vela com pouco vento. A custo, com dores nas costas e no pescoço, arrastei-me, de novo, do sofá para a cama. Felizmente, era fim-de-semana. Nem me preocupei em ver as horas.

14.8.08

 

Sofá olímpico VII (RPS)

Ouço muita gente queixar-se do fuso horário de Pequim. Dizem que não dá para ver nada dos Jogos Olímpicos. Discordo. Não dá para ver as transmissões que cá passam durante manhã, é certo, mas, se os Jogos fossem na Europa, não daria para ver as da tarde. Por outro lado, o fuso de Pequim permite-nos ver as transmissões da madrugada, o que é excelente.
Com o feriado de amanhã, colado ao fim-de-semana, vai ser um fartote! E ainda temos as transmissões da Volta a Portugal. É maravilhoso! Vou já comprar mantimentos para me meter em casa, três dias, colado ao televisor. Segunda-feira de manhã voltarei a ver a luz do dia.

12.8.08

 

Quiz da Volta (RPS)

Começa amanhã mais uma Volta a Portugal.
A prova é organizada por uma empresa cujo dono é também dono de uma equipa concorrente.
O facto inspira-me um quiz:

a) Qual é a equipa cujo proprietário organiza a prova?
b) Porque é que nunca ouviu falar nisso?
c) Que falatório teríamos por aí se a equipa em questão, sei lá, equipasse de azul-e-branco, por exemplo, e tivesse um dragão no alto do emblema?

 

Sofá olímpico VI (RPS)

Não se trata de qualquer tomada de posição política pacifista, mas modalidades como judo, boxe e, acima de todas, luta greco-romana são execráveis. Para mais, decidem-se por votos ou algo parecido, com pontuações dadas por júris. Ora, uma modalidade em que há pontuações não pode ser apaixonante. A que se vê melhor ainda é a ginástica. A dos homens. Na ginástica das mulheres, duvido das idades "oficiais" das atletas - 15, 16 anos, ouço dizerem os comentadores, enquanto no écran vejo miúdas de 10 ou 11.

 

Sofá olímpico V (RPS)

Isto de dois gajos saltarem juntos, com coreografia, para uma piscina parece-me muito abichanado.

11.8.08

 

Sofá olímpico IV (RPS)

Telma Monteiro explicou-nos que o seu fracasso em Pequim se fica a dever à obsessão das adversárias contra si e aos erros - premeditados - dos árbitros. Presumo que, como Scolari com o Chelsea, em pleno Europeu, a jovem Telma, em plenos Jogos, à socapa, negociou e assinou contrato com o FC Porto. É que, como todos sabemos e como dizem tantos amigos meus, quem se desculpa sempre com os árbitros para justificar derrotas são os gajos do FC Porto, esses bandidos filhos da puta.

10.8.08

 

Sofá olímpico III (RPS)

"Conheci-a" há poucos dias, numa longa reportagem de uma série que a RTP fez com vários atletas olímpicos. Telma Monteiro pareceu-me uma miúda como muitas outras: simpática, talentosa e esforçada na actividade desportiva a que se dedicou (judo) e portadora de alguns sonhos. Olímpicos. Nada de novo, portanto.
Como as restantes reportagens da série, a de Telma Monteiro carregava uma fortíssima carga de simpatia. Ou seja, não era "neutra": tomava o partido. Ela era enaltecida a um ponto para lá do razoável (aposto que Telma, se viu, não gostou). Em todo o caso, manteve-se o habitual registo disparatado, celebrizado pelos comentadores e locutores em jogos da selecção de futebol, que não querem deixar dúvidas sobre o seu apego à "equipa das quinas". (acharia sempre muito mais interessante uma reportagem sobre as fraquezas e defeitos da atleta e isso far-me-ia, muito provavelmente, simpatizar mais com ela).
A dado passo da reportagem, sucederam-se uns depoimentos de treinadores, dirigentes e especialistas da modalidade - uma série de personagens com ar sinistro, algo façanhudas, que, além dos elogios à atleta, destacavam a importância (eles dizem "mais-valia") de Telma representar o Benfica. E falavam insistentemente em "marca Benfica". Um deles, prevacendo a ousadia de algum tele-espectador cair na tentação da dúvida metódica, avançou, com ar triunfante, o argumento final, iniciado com uma pergunta retórica: "Ainda recentemente, na visita do Benfica ao Parlamento Europeu, quem foram os símbolos do clube que integraram a delegação?". Como a pergunta era retórica, deu a resposta: "O Presidente do clube, Luís Filipe Vieira, símbolo máximo da instituição, Eusébio da Silva Ferreira e... a Telma!". Para o figurão, tal como para os outros que grunhiram para o repórter, esse factor, só por si, garantia "um grande resultado em Pequim", "uma medalha, certamente", talvez mesmo "o ouro".
Hoje, ao acordar, soube que Telma Monteiro ficou em 9º lugar. Nada que me tivesse surpreendido. Confirmei a ideia que tinha: para ter bons resultados, há que escolher melhor as companhias.
Aposta: o próximo flop será o da Vanessa Venceslau.

 

Sofá olímpico II (RPS)

Ver, na tv, provas de tiro de carabina de ar comprimido a dez metros não é especialmente galvanizante.

9.8.08

 

Sofá olímpico I (RPS)

É insuportável o tom de voz de uma tal Helena ou Luísa Alvarez que faz (pobres) comentários às provas olímpicas de ginástica.

7.8.08

 

Dias Olímpicos (RPS)


4.8.08

 

Fora de entendimento (RPS)

O que pode levar um gajo que está em Espinho a ir dez dias para o Algarve? Ordens da mulher, claro. E o estipêndio sempre dá para arranjar poiso com alguns confortos... Ainda assim, foge ao meu entendimento. Como o outro, que, também por ordem da mulher, se meteu num avião com ela e os filhos para estar cinco dias em Palma de Maiorca. Também foge ao meu entendimento. A mulher alega que não o obrigou - contas de outro rosário.
Agora, o que foge completamente ao meu entendimento é o que poderá levar um gajo que está em Viana - em Viana, sim, essa terra fantástica, não é propriamente Espinho - a meter-se com a família - mulher, crianças, sogra - durante uma semana, numa apartamento de merda, em Armação de Pera ou lá o que é??!!

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